sábado, 2 de fevereiro de 2019

Venezuela. General de divisão da Força Aérea reconhece Guaidó como Presidente


534
6
Francisco Rodríguez diz que "este povo já sofreu demasiado" e assegura que "90% [das Forças Armadas] não está com o ditador, está com o povo venezuelano".
Francisco Estéban Yánez Rodríguez é também diretor de planificação estratégica do Alto Comando Militar de Aviação
Há mais um líder militar venezuelano a virar as costas a Nicolás Maduro e a declarar o seu apoio a Juan Guaidó, o autoproclamado Presidente da Venezuela. Depois do adido militar da embaixada venezuelana nos EUA ter reconhecido o jovem líder, chegou agora a vez de Francisco Estéban Yánez Rodríguez, que é general de divisão da Força Aérea.
Além de ser general de divisão da Força Aérea — o que o deixa apenas abaixo dos cargos de major-general e general —, Francisco Estéban Yánez Rodríguez é também diretor de planificação estratégica do Alto Comando Militar de Aviação.
O anúncio foi feito pelo próprio, num vídeo colocado nas redes sociais. “Hoje, com orgulho patriótico e democrático, informo-vos que desconheço a autoridade irritante e ditatorial do senhor Nicolás Maduro e reconheço o deputado Juan Guaidó como o Presidente interino da República Bolivariana da Venezuela”, disse, filmando-se a si mesmo.
“Este povo já sofreu demasiado”, lamentou o o general de divisão. Por isso, apelou aos militares que não se opusessem aos manifestantes anti-Maduro. “A transição para a democracia está eminente. Continuar a pedir às Forças Armadas que reprimam o nosso povo é continuar com as mortes por fome e doença”, disse. “Aos meus companheiros de armas peço que não virem as costas ao povo da Venezuela. Não reprimam mais.”
Francisco Estéban Yánez Rodríguez quis ainda assegurar que, ao contrário do que possa parecer, os militares não estão com Nicolás Maduro. “Nas Forças Armadas, 90% não está com o ditador, está com o povo da Venezuela”, disse o general de divisão.
E acrescentou ainda uma informação que atribuiu aos seus “companheiros democratas da divisão 4” da Força Aérea: “Dizem que  ditador tem todos os dias dois aviões prontos. Que se vá embora!”.

Agora que entramos em 2019...

...é bom ter presente o importante que este ano pode ser. E quando vivemos tempos novos e confusos sentimos mais a importância de uma informação que marca a diferença – uma diferença que o Observador tem vindo a fazer há quase cinco anos. Maio de 2014 foi ainda ontem, mas já parece imenso tempo, como todos os dias nos fazem sentir todos os que já são parte da nossa imensa comunidade de leitores. Não fazemos jornalismo para sermos apenas mais um órgão de informação. Não valeria a pena. Fazemos para informar com sentido crítico, relatar mas também explicar, ser útil mas também ser incómodo, ser os primeiros a noticiar mas sobretudo ser os mais exigentes a escrutinar todos os poderes, sem excepção e sem medo. Este jornalismo só é sustentável se contarmos com o apoio dos nossos leitores, pois tem um preço, que é também o preço da liberdade – a sua liberdade de se informar de forma plural e de poder pensar pela sua cabeça.
Se gosta do Observador, esteja com o Observador. É só escolher a modalidade de assinaturas Premium que mais lhe convier.

Sem comentários: