Já lá vai mais de uma semana enquanto um concidadão nosso está privado de liberdade, além-fronteiras, por sinal, e, por enquanto, em terras vizinhas regidas por “camaradas” nossos que, de resto, lhes ajudamos a encontrar a liberdade, se livrando do sistema do apartheid, sem, no entanto, as nossas autoridades se pronunciarem.
Nem uma palavrinha mesmo!
É verdade que não se trata do primeiro concidadão nosso a ficar aprisionado na vizinha África do Sul, nem será o último – acredito que depois da sua detenção, outros “anónimos” foram, também, detidos, o que é normal.
Só que o concidadão detido na semana passada em Gauteng, não se trata de um simples concidadão nosso, trata-se de um ex-governante e hoje nosso representante da “magna casa do povo”.
E também esse nosso concidadão não é um ex-governante qualquer, trata-se de um antigo ministro das Finanças da República de Moçambique, aparentemente tão imaculado que até já mereceu elogios e premiações pelo seu desempenho “brilhante e exemplar”.
Igualmente a mim causa espanto brutal o silêncio ensurdecedor das nossas autoridades relativamente a uma lista que está a circular de forma viral nas redes sociais, na qual aparecem nomes de dignitários concidadãos nossos, que alegadamente estão a ser buscados pelo conhecido Federal Bureau of Investigation (FBI).
É que, dessa lista, consta, inclusivamente, o nome do “filho mais querido” da “Pérola do Índico”, motivo mais que suficiente para, no meu modesto entender, as autoridades dizer algo ao “maravilhoso povo”, sobre veracidade ou não dessas informações.
Não seria a primeira vez que o nosso Governo reage a informações das redes sociais nem se trataria do primeiro Governo a agir como tal.
Quem de Direito deve nos libertar destas especulações todas que por enquanto pode estar a causar susto a pelo menos uma dezena de compatriotas nossos, já que dois deles por circunstancias diversas já estão “fora do baralho”.
REFINALDO CHILENGUE
CORREIO DA MANHÃ – 04.01.2019
Nem uma palavrinha mesmo!
É verdade que não se trata do primeiro concidadão nosso a ficar aprisionado na vizinha África do Sul, nem será o último – acredito que depois da sua detenção, outros “anónimos” foram, também, detidos, o que é normal.
Só que o concidadão detido na semana passada em Gauteng, não se trata de um simples concidadão nosso, trata-se de um ex-governante e hoje nosso representante da “magna casa do povo”.
E também esse nosso concidadão não é um ex-governante qualquer, trata-se de um antigo ministro das Finanças da República de Moçambique, aparentemente tão imaculado que até já mereceu elogios e premiações pelo seu desempenho “brilhante e exemplar”.
Igualmente a mim causa espanto brutal o silêncio ensurdecedor das nossas autoridades relativamente a uma lista que está a circular de forma viral nas redes sociais, na qual aparecem nomes de dignitários concidadãos nossos, que alegadamente estão a ser buscados pelo conhecido Federal Bureau of Investigation (FBI).
É que, dessa lista, consta, inclusivamente, o nome do “filho mais querido” da “Pérola do Índico”, motivo mais que suficiente para, no meu modesto entender, as autoridades dizer algo ao “maravilhoso povo”, sobre veracidade ou não dessas informações.
Não seria a primeira vez que o nosso Governo reage a informações das redes sociais nem se trataria do primeiro Governo a agir como tal.
Quem de Direito deve nos libertar destas especulações todas que por enquanto pode estar a causar susto a pelo menos uma dezena de compatriotas nossos, já que dois deles por circunstancias diversas já estão “fora do baralho”.
REFINALDO CHILENGUE
CORREIO DA MANHÃ – 04.01.2019
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