Oposição denuncia detenção, dois dias depois de Juan Guaidó ter dito estar preparado para assumir a chefia do Estado.
O presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Juan Guaidó, foi detido este domingo pelos serviços secretos, revelou a oposição. Acabou por ser libertado cerca de meia hora depois e ainda não se conhecem as razões para que tenha sido interpelado.
A detenção – que não foi confirmada oficialmente – acontece dois dias depois de Guaidó ter chamado "usurpador" a Nicolás Maduro e ter dito estar preparado para assumir a presidência do país. A oposição, que detém a maioria na Assembleia Nacional, não reconhece os resultados das eleições do ano passado ganhas por Maduro.
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Foi a mulher de Guaidó, Fabiana Rosales, que revelou na sua conta de Twitter a detenção.
O presidente da Assembleia dirigia-se para La Guaira, capital do estado de Vargas, de onde Guaidó é natural, onde ia participar numa reunião pública, quando o carro onde seguia foi interceptado por veículos do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin), descreveu um jornalista.
Na sequência da declaração de Guaidó, que pertence ao partido da oposição Vontade Popular, a ministra das Prisões, Iris Varela, ameaçou prendê-lo. "Guaidó, já tenho uma cela pronta para ti, com um uniforme", afirmou no Twitter.
O presidente da Organização de Estados Americanos, Luis Almagro, condenou o que qualificou como "sequestro" de Guaidó e pediu à "comunidade internacional" que trave "os crimes de Maduro e os seus lacaios".
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