SER PERFECIONISTA. E que dizer quando alguém está tão focado na sua própria performance durante o sexo que se esquece da pessoa que tem ao lado? «O segredo é descontrair, entregar-se à sintonia do momento e aproveitar as sensações pelo que são, não pelo que imagina que poderiam ser», aconselha Cristina Mira Santos. Acredite: mil vezes pior do que não ser acrobata é terminar a exibição com aparato na cama. Das urgências.
FAZÊ-LO CONTRARIADO. Na vida, nunca é boa política dizer «sim» quando só nos apetece gritar «não». Muito menos no que se refere ao sexo, avisa a psicóloga e coachersexual Cristina Mira Santos, para quem forçar o ato só nos fará associá-lo a desconforto e perda da ligação emocional. «É um ato a dois, têm de ser os dois a querer.» Muito diferente de se rezar para que o corpo responda em automático.
SEGUIR UM GUIÃO. E ainda por cima um guião enfadonho, que nem com pipocas lá vai. «Sabe quando o sexo parece acontecer ser sempre à mesma hora, na mesma posição, com a mesma sensação de “toca a despachar isto para irmos dormir”?», questiona Cristina Mira Santos. Pois não devia saber – ninguém devia. «É sinal de que está na hora de perder o medo de explorar o território corporal do outro», diz.
NÃO PEDIR O QUE SER QUER. É um dos principais culpados do tal guião aborrecido em que caem os casais, muito por vergonha do próprio ato em si, como se ele fosse obsceno e não sublime. «Muitos amantes não dizem abertamente o que preferem no sexo, do que não gostam, o que sentem, então sujeitam-se ao que têm até não dar mais», lamenta a psicóloga.
LUBRIFICAÇÃO A MENOS. Independentemente das razões por que as mulheres possam ter secura vaginal – cerca de 40 a 60 por cento sofrem dela devido a produção deficitária de estrogénio, amamentação, stress, infeções, falta de excitação, certos medicamentos, menopausa ou o que for –, usar lubrificante torna o sexo mais confortável. «Preliminares e masturbação são muito mais difíceis a seco», lembra a coacher sexual.
DORMIR POUCO. Falta de sono é má para o sexo e não só por se arriscar a adormecer em pleno ato. Um estudo da Universidade de Michigan, EUA, indica que cada hora que as mulheres dormem a mais significa maiores índices de lubrificação vaginal e vontade de se atirarem aos parceiros no dia seguinte. Outra pesquisa da Universidade de Chicago acrescenta que homens a dormirem menos de cinco horas por noite, durante uma semana ou mais, veem a testosterona baixar (e com ela a libido) para níveis idênticos aos de um homem 15 anos mais velho.
LEVAR TECNOLOGIA PARA A CAMA. E tecnologia daquela que não serve para brincar com o parceiro, bem entendido. Segundo um estudo conduzido em conjunto pelas britânicas University College e London School, as pessoas levam para o quarto tablets e smartphones, usam o Twitter e o Facebook, respondem a e-mails, e afastam-se cada vez mais do parceiro. Claro que este retribui com igual número de cliques.
COLAR-SE À PORNOGRAFIA. Por mais que seja adepto do género, convém não esquecer que a pornografia é sempre exagerada e impessoal, não uma referência do que um casal deve fazer na cama. «Ou calha estar ativado e lhe apetece ser lascivo no timing e na dose certos, ou querer copiar um filme porno série B à força pode arruinar o momento e outras coisas mais na relação», sublinha Cristina Mira Santos.
NÃO ESTAR PRESENTE. O mindfulness insiste na importância de se dar plena atenção ao aqui, agora, e os benefícios estendem-se ao sexo. «É fundamental perceber o toque dos diferentes materiais envolvidos no ato – cetim, renda, seda –, sentir a pele do outro no meio disto tudo», destaca a coacher sexual, para quem bom sexo pressupõe uma sedução prévia com beijos no pescoço, massagens, sussurros. Nada que se faça a pensar que ainda tem de ir lavar a loiça.
COMER MAL. Comida e sexo sempre estiveram ligados, a inspirar os sentidos, a menos que só ande a comer porcarias que lhe matam o desejo e a linha, alerta um estudo da Universidade de Duke, EUA. As conclusões revelam que cerca de 30 por cento das pessoas com peso a mais, ou obesas, têm complicações na vida sexual decorrentes de disfunção erétil (nos homens), dificuldades em atingir o orgasmo (nas mulheres) e fraco desejo sexual (em ambos).
SER PERFECIONISTA. E que dizer quando alguém está tão focado na sua própria performance durante o sexo que se esquece da pessoa que tem ao lado? «O segredo é descontrair, entregar-se à sintonia do momento e aproveitar as sensações pelo que são, não pelo que imagina que poderiam ser», aconselha Cristina Mira Santos. Acredite: mil vezes pior do que não ser acrobata é terminar a exibição com aparato na cama. Das urgências.
FAZÊ-LO CONTRARIADO. Na vida, nunca é boa política dizer «sim» quando só nos apetece gritar «não». Muito menos no que se refere ao sexo, avisa a psicóloga e coachersexual Cristina Mira Santos, para quem forçar o ato só nos fará associá-lo a desconforto e perda da ligação emocional. «É um ato a dois, têm de ser os dois a querer.» Muito diferente de se rezar para que o corpo responda em automático.
Apesar dos avanços médicos, científicos e ao nível da educação sexual, uma pesquisa recente descobriu que metade dos homens desconhece a localização exata da vagina. Más notícias para a saúde e o prazer femininos.
Texto de Ana Pago | Fotografias da Shutterstock
Não é propriamente como se lhes tivessem perguntado porque é que o conceito das órbitas de Bohr viola o princípio da incerteza, ao alcance de físicos quânticos e pouco mais. No caso, tratava-se apenas de saber se os homens seriam capazes de apontar, num diagrama, a localização exata da vagina. E metade chumbou no teste.
Foi esta a conclusão de uma pesquisa realizada pela organização não-governamental britânica The Eve Appeal, de combate ao cancro ginecológico, divulgada pelo jornal The Independent. Com tanto sexo que se faz e tanta informação disponível em plena era tecnológica, é preocupante este desconhecimento, que se reflete na saúde ginecológica.
Com tanto sexo e tanta informação, é preocupante ver como o desconhecimento atinge a saúde ginecológica.
«O corpo da mulher continua a ser um tema absolutamente tabu, envolto em mistério», explicam os autores do estudo, perplexos com a falta de consciência generalizada com que se depararam depois de entrevistarem dois mil britânicos, metade dos quais do sexo masculino.
Uma vez confrontados com um esquema simples do aparelho reprodutor feminino – que incluía outros órgãos como o útero, ovários, trompas de Falópio, endométrio ou cérvix, além da vagina –, apenas 50 por cento dos homens conseguiram identificar com precisão o canal que se estende do colo do útero até à vulva.
17% dos homens inquiridos não só não sabem nada sobre questões de saúde ginecológica, como acham que não precisam de ficar saber.
Mais grave ainda: 17 por cento dos homens inquiridos não só não sabem nada sobre questões de saúde ginecológica como não acham que precisem de ficar saber, por considerarem que pertencem exclusivamente ao foro feminino, onde devem permanecer sem grande alarido.
Metade assumiu também que não se sente à vontade para falar com a parceira sobre questões de sangramento, corrimento vaginal, relações sexuais dolorosas, nódulos, alterações de aspeto na região pélvica, mudança de hábitos urinários e outros, embora sejam muitas vezes sintomas de cancro ginecológico que podiam ser detetados mais cedo.
Em 2016, 44% das mulheres eram tão incapazes de identificar a sua própria vagina num diagrama quanto os homens.
«Os resultados da pesquisa revelam níveis baixíssimos de conhecimento quer nos homens, quer entre as mulheres», lamenta a diretora executiva da The Eve Appeal, Athena Lamnisos, que já em 2016 tinha apurado que 44 por cento das senhoras eram tão incapazes de identificar a sua própria vagina num diagrama quanto os cavalheiros.
O problema desta lacuna, diz, é que boicota constantemente a prevenção, em tempo útil, dos cinco tipos de cancro ginecológico (vagina, vulva, ovários, colo do útero e endométrio). É uma questão de vida ou morte. «A consciência ginecológica e a quebra de tabus são responsabilidades que nos cabem de igual forma a todos, homens e mulheres», defende a responsável da ONG.
E já que é de desconhecimento que falamos, mostramos-lhe na fotogaleria alguns dos erros mais comuns que arruínam o sexo. Afinal, no meio disto tudo, o prazer também é importante.
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