sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Cira Fernandes continua a trabalhar normalmente


Afinal Cira Fernandes – a antiga porta-voz do Serviço Nacional de Migração, SENAMI – não está detida em conexão com o caso dos 17 nigerianos portadores de vistos falsos, conforme foi tornado público na comunicação social. Ela continua a exercer normalmente as suas funções. De referir que os cidadãos de origem nigeriana também permanecem no país, ou seja, ainda não foram repatriados, segundo revelou Celestino Matsinhe, actual porta-voz do SENAMI, em conferência de imprensa realizada ontem em Maputo.

Matsinhe disse que os nigerianos que terão adquirido os vistos de forma fraudulenta ainda continuam em território nacional, porque o caso está a ser dirimido noutras instâncias. Quanto a Fernandes, o novo porta-voz garantiu-nos que aquela funcionária continua a exercer as suas actividades, apesar de ser a única arguida no processo dos vistos falsos."Caso existam provas do seu envolvimento, ela vai responder pelos dois processos: um administrativo e outro criminal, sendo que este último já está a ser tramitado pelo Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) e o administrativo encontra-se em fase de apuramento de provas”. 

Entretanto, em conversa com a “Carta”, Cira Fernandes não confirmou nem negou o seu envolvimento no crime. Quando questionada sobre se existem outros arguidos, tomando em conta que ela é uma funcionária do SENAMI afecta ao sector de relações públicas, ela não avançou detalhes. 

O SENAMI informou, entretanto, que 25 cidadãos estrangeiros foram repatriados no período de 5 a 11 do mês em curso. Dos visados, 23 (que foram repatriados na província de Sofala) têm nacionalidade malawiana e dois são congoleses. Estes últimos encontravam-se ilegalmente na província de Tete.  Na mesma ocasião foi-nos igualmente informado que o SENAMI deteve uma cidadã etíope por posse de visto falso, quando tentava entrar no nosso país através do Aeroporto de Mavalane.  O facto ocorreu no dia 9 do corrente, tendo sido lavrado um auto que foi submetido às instâncias competentes. (Marta Afonso e Omardine Omar) 
A verdade nunca Morre
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