Emília Moiane e Filipe Nyusi
Emília Moiane está cada vez a superar as minhas expectativas, não só como cidadão, mas como jornalista. Então há um texto sem autor a circular nas redes sociais com o título "Frelimo dividida ameaça a continuidade de Filipe Nyusi". O Gabinfo (que não é tido nem chamado no assunto) pensou que o texto fosse da Lusa. Telefonaram para a Lusa a perguntar de quem era o texto. A Lusa disse que não era da sua autoria. Então sugeriram a Lusa a emitir um comunicado a se distanciar do texto porque alegadamente estava a criar agitação nas pessoas. Então a Lusa que já teve problemas com as "valas comuns", decidiu acatar a orientação e publicou um comunicado a dizer que o texto não é da sua autoria. É pela primeira vez que isso acontece na Lusa, desmentir uma notícia que não publicou. Mas depois o Gabinfo pegou no comunicado que sugeriu a Lusa e fez o seu próprio comunicado, onde "apela a todos os órgãos de comunicação social e aos jornalistas a pautarem pela ética e deontologia profissional e a denunciarem todas as formas que manchem a profissão". Depois pegaram no texto do desmentido e telefonaram para o Notícias a obrigar o Director a colocar na primeira página de hoje.
Na verdade é a Emília a apelar aos jornalistas a não publicarem textos que manchem o Nyusi. As nossas instituições bateram o fundo do poço. Parabéns Emília Moiane. Consegues ser um embaraço não só para a comunicação social, mas para o próprio Nyusi que pretendes proteger. Acho que o próprio PR ao ter lido a notícia hoje no jornal, ficou na dúvida se o texto é da autoria do Notícias, do Gabinfo ou da Lusa. Ou uma "joint venture". Um verdadeiro embaraço.
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