terça-feira, 7 de agosto de 2018

Ossadas de Jonas Savimbi continuam “reféns” do MPLA


POLÍTICA
 
 03 de Agosto de 2018


Francisco Paulo


Líder fundador da UNITA faria hoje 84 anos se estivesse em vida. A direcção do 'galo negro' já encetou diligências para que o novo PR autorize a exumação para um funeral condigno, mas da Cidade Alta ainda não veio qualquer resposta
Jonas Malheiro Savimbi completaria hoje 84 anos se fosse vivo: nasceu a 03 de Agosto de 1934, na localidade de Munhango, na província do Bié. Passados 16 anos, a UNITA continua a reclamar das autoridades a entrega dos restos mortais do seu líder fundador para que a família e o próprio partido realizem um funeral à sua altura.
“Não sei se as autoridades angolanas, apesar de falarem de reconciliação nacional, não continuam a ver o doutor Jonas Savimbi como inimigo. Por isso é que fazem refém e engavetam os restos mortais do líder fundador da UNITA que precisa de um funeral condigno”, deduz Raúl Danda, vice-presidente da UNITA.
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Ainda assim, segundo informou ao Correio Angolense, várias actividades estão a ser realizadas pela UNITA para reflectir sobre a data natalícia de Jonas Savimbi, morto aos 22 de Fevereiro de 2002, nos  arredores do município de Lucusse, 150 km a sudeste de Luena, Moxico.
Raúl Danda informou, igualmente, que as autoridades nunca deram uma explicação plausível sobre este assunto, logo  a União para Independência Total de Angola e a família não conseguem a trasladação e exumação dos restos mortais de Jonas Savimbi para um funeral condigno.
De acordo com Raúl Danda, a questão não se põe apenas porque as ossadas de Jonas Savimbi continuam reféns do MPLA. “Enquanto lutador para independência deste país, ao lado de Agostinho Neto e Álvaro Holden Roberto [cuja data natalícia assinalou-se ontem, 2 de Agosto], precisa-se dar também dignidade a esta figura”, augura o político.
Segundo Danda, que também é deputado, o antigo Presidente da República nunca tomou uma decisão em relação à entrega das ossadas de Jonas Savimbi, mas augura agora maior abertura, patriotismo, humanismo e africanidade por parte do novo Chefe de Estado, João Lourenço.   
“Esta aproximação já foi feita pela direcção da UNITA junto do actual presidente João Gonçalves Manuel Lourenço. Daí que vamos esperar até recebermos uma resposta por parte do Executivo”, informou o vice-presidente da organização do “galo negro”.



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