quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Governo zimbabweano promete reprimir novas manifestações da oposição


Governo zimbabweano promete reprimir novas manifestações da oposição
Depois do anúncio dos resultados parciais que deram vitória ao partido no poder, Zanu-PF, na Assembleia Nacional, a capital zimbabweana , Harare, foi palco de manifestações que causaram pelo menos três mortes. Face a esse cenário o governo zimbabweano prometeu reprimir novas manifestações da oposição.
O ministro do Interior, Obert Mpofu disse que ações como estas não serão toleradas.
"A oposição talvez tenha interpretado a nossa compreensão como sinal de fraqueza e penso que estão a testar a nossa determinação, o que os pode levar a cometer um grande erro", sublinhou, citado pela DW.
O exército foi chamado a intervir e usou gás lacrimogêneo, jatos de água e disparos com balas reais para reprimir os manifestantes.
Face a esta situação o Movimento pela Mudança Democrática (MDC) reagiu através do seu porta-voz,  Nkululeko Sibanda, criticando a ação violenta dos militares.
"Vimos o envio de tanques militares e o disparo de munições reais contra civis sem motivo aparente", afirmou acrescentando que, é permitido aos civis exigir o respeito dos seus direitos de forma legal e que qualquer desordem pode ser resolvida pela polícia.
“Os soldados são treinados para a guerra. Mas estamos em guerra? Os civis são os inimigos do Estado?", acrescentou.
 
Por outro lado, o Presidente interino do Zimbabwe, Emmerson Mnangagwa, responsabilIza o MDC pela desordem em Harare.
"Consideramos o MDC e a sua liderança responsáveis por interromperem a paz nacional. Do mesmo modo, responsabilizamos o partido e a sua liderança por todas as mortes, ferimentos e destruição de propriedade durante esses actos de violência política", disse.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou aos líderes políticos e cidadãos do Zimbabué para que mantenham o controlo e rejeitem qualquer forma de violência.

Sem comentários: