24.08.2018 às 23h29
Ceglia desapareceu em março de 2015. Cortou a pulseira eletrónica que tinha no tornozelo e desapareceu com a mulher, os dois filhos e o cão. Foram encontrados no Equador
Paul Ceglia diz que assinou um contrato com Mark Zuckerberg, em 2003, que lhe dava metade dos planos do site que se viria a tonar um ano mais tarde no Facebook. A Justiça norte-americana decidiu: a sua história não é verdadeira. E o homem de 45 anos foi condenado por fraude e falsificação de documentos. Foi então que Ceglia fugiu. Agora, depois de três anos em fuga, foi apanhado pelas autoridades, no Equador, anunciou a polícia dos EUA esta sexta-feira.
Numa carta assinada pelo juiz Vernon Broderick é revelado que a detenção aconteceu esta quinta-feira durante a manhã, sendo esperado que brevemente seja presente a tribunal em Quito, capital do Equador. A informação não foi, no entanto, confirmada pelo advogado de defesa. “A ser verdade, fico aliviado”, disse Robert Ross Fogg, citado pela Bloomberg.
Paul Ceglia era um vendedor de granulado de madeira. Cruzou-se com Zuckerberg quando este ainda era um estudante da Universidade de Harvard. Na época, dizem os procuradores, assinaram um contrato em que Zuckerberg faria um serviço de programação para Ceglia. Foi apenas essa a ligação que tiveram.
No entanto, Ceglia assegura que foi assinado um documento em que 50% dos planos para a rede social lhe pertenciam. E, por isso, reclamou metade do Facebook – que atualmente, segundo a Reuters, vale 500 mil milhões de dólares, enquanto Zuckerberg tem, refere a “Forebes”, uma fortuna avaliada em mais de 64 mil milhões. No entanto, a Justiça considerou que a história de Ceglia não era verdadeira e foi acusado de fabricar e destruir provas.
Em novembro de 2012 foi formalmente acusado, e, em março de 2015, apenas a dois meses do seu julgamento num tribunal de Manhattan, desapareceu. Conseguiu cortar a pulseira eletrónica que tinha no tornozelo e fugiu com a mulher, os dois filhos e o cão.
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