CANDIDATOS FRACOS PARA UM MUNICIPIO FORTE:
Que futuro para a Cidade de Nampula num contexto da SEGUNDA VOLTA?
Por Euclides Flavio
Não restam dúvidas que os candidatos indicados pelos partidos políticos para a eleição intercalar na Cidade de Nampula são fracos, sobretudo tendo em conta os desafios que a autarquia da capital nortenha enfrenta neste momento.
Alias, é preciso recordar que em 2013 este mesmo assentamento viu-se obrigado a recorrer por esta via (eleição intercalar) para responder um incidente de gestão municipal, e teve como edil Mahamudo Amurane que por sinal tinha um perfil invejável e para redobrar respondia as expectativas dos Munícipes. Amurane em 2013, venceu as eleições de um município que estava nas mãos do partido que dirige Moçambique, há 42 anos, e que perdeu liderança da chamada terceira urbe mais importante do país.
Fazendo uma analise comparativa em termos do perfil dos candidatos é caso para dizer que estamos diante de concorrentes frouxos. Vamos aos factos:
Fazendo uma analise comparativa em termos do perfil dos candidatos é caso para dizer que estamos diante de concorrentes frouxos. Vamos aos factos:
1. Amisse Cololo, para ter visibilidade a nível daquela autarquia contou mais com a maquina partidária que a sua pujança em termos de perfil individual. Ele como aspirante não inspira confiança, não tem competência comunicativa e mostra-se muito atrelado ao partido. E mais, informações do corredor dão conta que foi ele candidato que teve mais gastos em termos de recursos matérias para vender o seu “bom nome” junto do eleitorado neste município. Não quero falar do seu manifesto pois, penso que é mais pobre que seu discurso politico.
2. Paulo Vahanle, candidato da Renamo, entrou no escrutínio no meio de incertezas. Alias, no primeiro dia da campanha chegou a dizer que se via em desvantagem face aos seus concorrentes directos pois, não estava preparado. A comunicação política e comunicação para campanha do concorrente em causa foi das mais pobres comparativamente a dos seus dois concorrentes directos. Ademais, Vahanle só ressuscitou quando o Líder da Renamo vendeu o peixe do seu “pupilo” numa teleconferência muito concorrida a nivel da cidade de Nampula. A intervenção do líder da perdiz e da máquina partidária foi determinante para a visibilidade do seu escolhido. Ou seja, foi um chek mat politico.
3. Carlos Saide; não restam duvidas que o contexto sócio-politico que caracteriza a cidade de Nampula desde o assassinato de Mahamudo Amurane, colocava-o em desvantagem face aos seus concorrentes directos sobretudo em comparação ao candidato da Renamo que partilha quase o mesmo eleitorado. Apesar de Saide ser um candidato jovem, ele viu-se numa desvantagem dupla: Saide não foi mais castigado pelo eleitorado em si mas sim pelo contexto. Segundo, mais do que enfrentar a desvantagem de conturbancia politica, o MDM mais uma vez, mostrou que não possui uma maquina partidária eficiente para gestão de crise. Portanto, desta vez não serviu de umbrella para o seu candidato, por sinal fraco também. Ou seja, o MDM na historia das eleições intercalares e não só sempre apresentou candidatos fortes em “em relação ao seu partido”.
QUE FUTURO PARA A CIDADE DE NAMPULA?
Dado aos desafios que o município da cidade de Nampula enfrenta neste momento, requer-se um edil muito forte para fazer face.
Ora, neste momento os resultados preliminares dão vantagem aos candidatos da Renamo e Frelimo, nomeadamente: Vahanle (40.16%), Frelimo (44.74). Portanto, haverá SEGUNDA VOLTA
.
Incertezas e nervosismo são marcas registadas no seio dos partidos que “irão disputar A SEGUNDA VOLTA no município da capital nortenha”. Porém, de todas as incertezas previstas até ao momento, a maior imprecisão está no posicionamento que o MDM irá tomar para a “entrega do seu eleitorado” que pelos resultados oscila em 9.5% e o seu posicionamento será determinante para se encontrar o próximo edil.
Ora, neste momento os resultados preliminares dão vantagem aos candidatos da Renamo e Frelimo, nomeadamente: Vahanle (40.16%), Frelimo (44.74). Portanto, haverá SEGUNDA VOLTA
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Incertezas e nervosismo são marcas registadas no seio dos partidos que “irão disputar A SEGUNDA VOLTA no município da capital nortenha”. Porém, de todas as incertezas previstas até ao momento, a maior imprecisão está no posicionamento que o MDM irá tomar para a “entrega do seu eleitorado” que pelos resultados oscila em 9.5% e o seu posicionamento será determinante para se encontrar o próximo edil.
E mais, o candidato da Renamo para vencer o escrutínio precisará muito do apoio do MDM, primeiro para oferta simbólica do seu eleitorado, segundo para suportar o candidato da Renamo num futuro breve a nível da assembleia municipal. Ou seja, tudo indica que haverá coligação entre a Renamo e o MDM naquela autarquia. A segunda volta provavelmente ira decorrer em Abril. Portanto, a gestão municipal sera de 5 meses.
Num quadro destes, podemos presumir que Cololo venha namorar o eleitorado de AMUSSI e da dona Mutoropa, se as dinâmicas assim o permitirem.
Todavia, o que é preciso constatar é que a política é sempre um campo submerso sociologicamente de muitas contradições e incertezas.
Todavia, o que é preciso constatar é que a política é sempre um campo submerso sociologicamente de muitas contradições e incertezas.
Por estas e outras razões podemos afirmar que a eleição intercalar e a de Outubro nesta cidade será um momento não só de tensão mas igualmente de redefinição das relações de poder seja no seio do campo político nacional e local bem como dentro dos partidos que estarão na disputa.
Neste termos, Nampula joga um papel duplo na contagem política, é maior círculo eleitoral enquanto província e uma autarquia relevante na geopolítica interna. Desta modo, este partido preparado para compactuar com todo tipo de jogo para recuperar terá de ser muito estratégica, pois, o futuro de Nampula esta sob fogo cruzado.
Neste termos, Nampula joga um papel duplo na contagem política, é maior círculo eleitoral enquanto província e uma autarquia relevante na geopolítica interna. Desta modo, este partido preparado para compactuar com todo tipo de jogo para recuperar terá de ser muito estratégica, pois, o futuro de Nampula esta sob fogo cruzado.
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