Investigações reforçaram suspeitas contra Temer, mas no campo da política, presidente ganhou força
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Mas os políticos já aproveitaram a controvérsia causada pelo autogrampo e pela participação de Miller como pretexto para tentar desacreditar todas as revelações. Se na primeira denúncia, quando não havia nada disso, Temer já conseguiu maioria (ainda que à base de liberação de emendas e distribuição de cargos), nada indica que agora não será ainda mais fácil impedir que a segunda prossiga para o STF.
Do lado de Temer, há, ainda, a recuperação da economia, que começa a dar sinais de mais vigor, e o transcorrer do tempo: já estamos em meados de setembro, e em poucos meses a discussão vai ser mais sobre quem vai estar no Palácio do Planalto a partir de 2019 do que se vale a pena tirar ou não o atual ocupante.
Assim, por mais forte que seja a segunda denúncia, o mais provável é que ela tenha o mesmo destino que a primeira. Temer vai entrar para a história como um dos presidentes mais impopulares da história do país, como o primeiro a ser denunciado no cargo, mas não como mais um que não conseguiu concluir o mandato. Deve ficar na cadeira até o final de 2018.
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