Na mesma linha que o ministro da Defesa, o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação também negou que Moçambique tenha comprado armamento à Coreia do Norte, mas admitiu a recepção de vários tipos de apoio, incluindo militar.
Oldemiro Balói começou por descrever como sendo históricas as relações entre Moçambique e Coreia do Norte. O chefe da diplomacia moçambicana lembrou que Pyongyang apoiou de forma activa a luta de libertação nacional, dirigida pela Frelimo. “Depois da independência, a Coreia do Norte manteve-se do nosso lado, mesmo nos momentos difíceis”, referiu.
Sem precisar as datas nem o tipo de apoio militar, Oldemiro Balói admitiu, porém, que quando Moçambique “ficou sem condições para resolver algumas situações de natureza militar, a Coreia do Norte foi dos países que estiveram do nosso lado”.
Além de não especificar o tipo de apoio militar que Maputo recebeu de Pyongyang, o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação não detalhou como se processou tal ajuda. “Foram impostas sanções à Coreia do Norte e nós, como membro das Nações Unidas, temos que cumprir aquilo que é determinado pelo Conselho de Segurança. Terá havido uma e outra desatenção, mas estamos no processo de rectificação de tudo o que essas sanções determinam”, explicou. Entretanto, Balói não deixou claro se a desatenção terá que ver com a aceitação do apoio, já que nega que Moçambique tenha comprado armamento à Coreia do Norte.
Apesar das sanções impostas pelas Nações Unidas e do isolamento da Coreia do Norte, o chefe da diplomacia moçambicana garantiu que o carácter histórico das relações entre Maputo e Pyongyang vai manter-se.
1 comentário:
Haverá problema se de facto tivemos apoio de Pyongyang? O importante é fortificar o nosso exército, não interessa a proveniência das armas, sejam de que país for, elas sempre matam! Agora, o ideal é que as armas não sejam usadas para destruir o mundo.
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