sexta-feira, 15 de setembro de 2017

A Democracia Adiada em Moçambique e em África Beira

  ` Ano XVII – Nº 3335 – Sexta-feira, 15 de Setembro de 2017 EDITORIAL EXTRA Democracia Adiada em Moçambique e em África Beira (O Autarca) – Celebra-se nesta sexta-feira (15) o Dia Internacional da Democracia, instituído pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para realçar a contínua necessidade de promover a democratização, o desenvolvimento, o respeito pelos direitos humanos e as liberdades fundamentais dos cidadãos. O título em epígrafe “Democracia Adiada em Mo- çambique e em África” é inspirado da última obra literária produzida pelo famigerado Jornalista, Escritor Moçambicano e proeminente colaborador do Jornal O Autarca, Noé de Nascimento Nhantumbo, facelido em Maio do ano em curso, na cidade da Beira onde existiu grande parte da sua vida. Tomamos a celebração do 15 de Setembro para mais uma oportunidade para reiterar a nossa solene homenagem a renomada celebridade que foi Noé de Nascimento Nhantumbo (NNN) em vida, e relembrar a sua nobre obra povoada de elevado espirito patriótico e de cidadania. Envolvido de um dom profético fazendo jus a razão de ter sido atribuído o nome de Noé, nome do herói bí- blico que recebeu ordens de Deus para a construção de uma arca para salvar a Criação do Dilúvio, preveu Noé Nhantumbo antes da sua morte deixar ficar aos moçambicanos, africanos e ao mundo inteiro, através da sua obra “A Democracia Adiada em Moçambique e em África” a sua visão política sobre a situação real e os constrangimentos que se vivem para o aprofundamento da democracia em Moçambique e em África, denunciando o “combino” existente entre a plataforma legislativa e o comportamento politico como sendo o principal factor que mina os esforços pela democratização, tendo como consequência directa ritmos de desenvolvimento e de participação limitados. Um ensaio polí- tico que se lhe recomenda a leitura. Frase: O pluralismo formal é uma realidade em Moçambique, mas de formalidade para a realidade há uma grande distância – Noé Nhantumbo (Março de 1959/ Maio 2017) SF Holdings, UM GRUPO COM ENERGIA MOÇAMBICANA CÂMBIOS/ EXCHANGE – 15/09/2017 Moeda País Compra Venda EUR UE 72.37 73.78 USD EUA 60.72 61.09 ZAR RSA 4.62 4.71 FONTE: BANCO DE MOÇAMBIQUE O Autarca – Jornal Independente, Sexta-feira – 15/09/17, Edição nº 3335 – Página 02/07 FONTE: INE – INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA – 10 DE FEVEREIRO DE 2017 Em uma entrevista concedida a VOA, pelo lançamento do seu livro, Noé Nhantumbo, no seu estilo característico peremptório, denunciou os políticos moçambicanos e africanos os quais têm ao longo dos anos tentando vender a imagem de que “somos” uma democracia enquanto na realidade isso não é verdade. “Como é que numa democracia, os conflitos persistem, as crises persistem e as hostilidades político-militares persistem?” – questionou Noé Nhantumbo, que apresentou a conclusão de que Moçambique e África vivem uma democracia adiada. Para o renomado Jornalista e escritor Noé Nhantumbo, o facto de Moçambique, à semelhança da maioria dos países africanos, realizar eleições regulares e ter um Parlamento, não significa necessariamente um grande avan- ço. “O pluralismo formal é uma realidade em Moçambique, mas de formalidade para a realidade há uma grande distância” – Noé Nhantumbo, citado pela VOA. Noé Nhantumbo sempre entendeu que Moçambique terá democracia quando o voto de cada moçambicano tiver valor, sugerindo que o caminho passa pela construção, entre os moçambicanos, da cultura de servir. Refira-se que ao adoptar a resolução sobre a institucionalização do 15 de Setembro – Dia Internacional da Democracia, a Assembleia Geral das Nações Unidas pretendeu reiterar que embora as democracias partilhem traços comuns, não há um modelo único de democracia e a democracia não pertence a nenhum país ou região; e reafirmar ainda que a democracia é um valor universal baseado na vontade, expressa livremente pelo povo, de determinar o seu próprio sistema político, económico, social e cultural, bem como na sua plena participação em todos os aspectos da vida. Fazendo paralelismo a celebração da efeméride ao contexto actual moçambicano, remete-nos a uma reflexão que sugere com firmeza sublinhar que não há democracia no mundo capaz de sobreviver num ambiente de ausência da Paz Efectiva. Ainda que surjam teóricos a defender que Moçambique não está em conflito, o nosso argumento é de que a Paz não pode ser uma aparência, ela deve ser efeciva e definitiva, porquanto representa o pilar fundamental que sustenta o exercício pleno da vida, incluindo a democracia. No actual cenário de crise de Paz, em Moçambique e em África no geral, não existe limite para determinar a quantidade de vezes que os moçambicanos, os africanos e as suas instituições devem falar e exigir a Paz. Convertemos a celebração do Dia Internacional da Democracia para abordarmos a Paz por compreendermos que a Paz é em si o bem mais precioso que falta neste momento aos moçambicanos e ao país, para continuar-se a construir e a promover um estado genuinamente soberano, uno, indivisível, próspero, desenvolvido e democrático onde predomina o respeito pelos direitos humanos e as liberdades fundamentais, com garantias de benefício e participa- ção de todos os cidadãos. Quanto mais vezes abordamos a Paz procura-se persistentemente despertar a consciência dos que tem o poder de devolver a Paz aos moçambicanos para o fazerem o mais rápido possível. Sempre que fôr necessário e, sobretudo, quando tivermos ocasião especial de abordar a Paz, como esta, o faremos com o máximo e o maior prazer da nossa existência. Renovamos a nossa ordem ao Presidente da Repú- blica, Filipe Nyusi, e ao líder da Renamo, Afonso Dhlakama, para que trabalhe; com mais seriedade possível para solucionar os problemas que minam a Paz em Moçambique. Encorajamos à todas forças vivas da sociedade, organizações sócio-profissionais, sindicatos, confissões religiosas, autoridades comunitárias e tradicionais, a comunidade em geral a continuar a lutar, levantando bem mais alto a sua voz com mensagens de exigência Paz efectiva e definitiva no país. Devemos todos aproveitar este momento que se aproxima para a celebração do Dia da Paz (04 de Outubro) para tornar mais o nosso grito pela Paz, a ver se a mensagem chega aos ouvidos dos detentpres do poder.■ (R) O Autarca – Jornal Independente, Sexta-feira – 15/09/17, Edição nº 3335 – Página 03/07 FONTE: INE – INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA – 10 DE FEVEREIRO DE 2017 Presidente do CPS da OAM defende aprovação urgente da Lei de Protecção dos Defensores dos Direitos Humanos Beira (O Autarca) – O Presidente do Conselho Provincial de Sofala (CPS) da Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM), o prestigiado Jurista da praça beirense Vicente Manjate, defendeu ontem, quinta-feira (14), na cidade da Beira, a necessidade urgente da aprovação de uma Lei especí- fica de Protecção dos Defensores dos Direitos Humanos no país. Vicente Manjate advogou a tese durante a palestra que proferiu subordinada ao tema “Reflexão sobre os Desafios dos Defensores dos Direitos Humanos”, inserida nas celebrações do 14 de Setembro – Dia do Advogado em Moçambique. O Chefe dos Advogados em Sofala lembrou que muitas das actividades dos Defensores dos Direitos Humanos não são do interesse próprio, são do interesse de outrém, cabendo ao Estado o dever de assegurar a protec- ção desses defensores e a criação de condições de trabalho, incluindo medidas legislativas, administrativas e outros passos importantes que devem ser dados em benefício dos Defensores dos Direitos Humanos. “É importante que haja de forma urgente a aprovação da Lei de Protecção dos Defensores dos Direitos Humanos, que vai assegurar que os beneficios, direitos, prerrogativas e imunidades dos defensores estejam em conformidade com a Declaração das Nações Unidas sobre esta matéria”. Refira-se que as Nações Unidas estão profundamente preocupadas com a deterioração das condições de trabalho dos Defensores dos Direitos vor dos defensores. O Presidente do Conselho Provincial de Sofala da Ordem dos Advogados de Moçambique explicou que apesar da Constituição da República de Moçambique (CRM) prever que todo o cidadão tem direito de defesa, assistência jurídica; não obstante a Ordem dos Advogados de Moçambique ter atribui- ções de defesa do estado de direito, dos direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos; e também ter ainda o Instituto de Assistência Jurídica (IAJ), uma entidade do Estado que promove a assistência jurídica gratuíta às pessoas carenciadas, é importante prover no “nosso” ordenamento jurídico uma legislação própria ou um centro de Defensores dos Direitos Humanos, com vista a estimular esta actividade sóciohumanitária. “Tem aparecido Activistas Defensores dos Direitos Humanos, cada um agindo de acordo com a sua profissão, e protegidos pelos próprios estatutos, mas falta ainda em Moçambique uma legislação entanto que tal que protege a todos os Defensores dos Direitos Humanos no país”. Destacado o papel do Jornalista na defesa dos Direitos Humanos Por outro lado, o Presidente do Conselho Provincial de Sofala da Ordem dos Advogados de Moçambique, Vicente Manjate, destacou o papel dos Jornalistas na promoção e defesa dos Direitos Humanos no país. Manjate congratulou a intervenção dos profissionais da comunica- ção social nesse domínio, tendo revelaVicente Manjate, Presidente do Conselho Provincial de Sofala da Ordem dos Advogados de Moçambique Humanos, incluindo Advogados, em Moçambique e em diversos países onde os Defensores dos Direitos Humanos sofrem vários tipos de perseguição e ameaça, havendo necessidade de os governos promoverem medidas que garantam a gestão desses riscos. Trata-se de uma preocupação global e o Jurista Vicente Manjate referiu que não basta o Estado assumir os compromissos internacionais sobre os deveres de promover, proteger, respeitar os Direitos Humanos sem tomar, internamente, medidas específicas a faNossos serviços: - Consultoria Ambiental - Planeamento Físico - Auditoria Ambiental - Consultoria em Minas - Consultoria em água e saneamento JOSÉ ZECA, Msc CONSULTOR BEIRA SOFALA Rua Comandante Gaivão N°160 PONTA-GEA Tel: +258 825782820 ,+258 845782820 Email: zezeca07@gmail.com, zezeca07@yahoo.com.br Our services: - Environmental consulting - Physical planning - Environmental audit - Minning consulting - Water and sanity consulting JOSÉ ZECA, Msc CONSULTOR BEIRA SOFALA Comandante Gaivão Road, N°160 PONTA-GEA Tel: +258 825782820 ,+258 845782820 Email: zezeca07@gmail.com, zezeca07@yahoo.com.br O Autarca – Jornal Independente, Sexta-feira – 15/09/17, Edição nº 3335 – Página 04/07 FONTE: INE – INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA – 10 DE FEVEREIRO DE 2017 do deste modo para a retracção da ocorrência de mais violações dos Direitos Humanos em Moçambique. “No nosso país temos exemplos de Jornalistas que já fizeram muito mais do que muitos Advogados na matéria de promoção e defesa dos Direitos Humanos” – sublinhou o Presidente da OAM em Sofala.■ (Chabane Falume) Continuado da Pág.03 do a sua dedicação abnegada na promoção da recolha de informações, desenvolvimento de pesquisas e divulga- ção pública das denúncias, contribuinO melhor advogado é aquele humanizado - Defende o Jurista Joaquim Pereira, na abordagem sobre “O Papel do Advogado na Garantia do Direito à Defesa” Beira (O Autarca) – O Jurista Joaquim Pereira defendeu ontem, quinta-feira (14), durante uma palestra que proferiu na cidade da Beira sobre “O Papel do Advogado na Garantia do Direito à Defesa” que o melhor (bom) advogado é aquele humanizado, que domina as ferramentas técnicas. Dissertando por ocasião da celebração do 14 de Setembro – Dia do Advogado em Moçambique, o casusí- dico destacou a importância de o Advogado que aceita uma determinada causa colocar-se inteiramente disponí- vel à mesma e preparar-se devidamente para reunir as ferramentas técnicas necessárias para conseguir defender cabalmente os interesses do seu constituinte. “É preciso que seja uma pessoa empática para com o seu constituinte, que consiga conversar com o constituinte, ouvi-lo atenta e genuinamente para perceber a situação dele. E este Advogado deve ser uma pessoa que defende, ainda que seja com unhas, garras e dentes, o interesse do seu constituinte que forjou convicção durante a conversa que decorreu entre ambas partes”. Falando para uma plateia replecta de Advogados, Advogados Estagiários e cursantes de Direito, na Sala Beira da Faculdade de Economia e Gestão (FEG) da Universidade Católica de Moçambique (UCM), na PontaGêa, o Jurista Joaquim Pereira ressalvou que o Advogado para garantir o diO Jurista Joaquim Pereira (a esquerda) durante a palestra moderada pela Dra Catarina Artur do PNDH (no meio) e a direita o Dr Vicente Manjante, Presidente do CPS da OAM Momento após o Dr Vicente Manjante Proceder a deposição de coroa de flores na Praça da Juventudem cidade da Beira As actividades alusivas a semana comemorativa do Advogado, na Beira, prosseguem nesta sexta-feira (15), com a promoção de uma palestra subordinada ao tema: “Os Servidores da Justiça e a Probidade Pública”, a ser proferida pelo Dr Justino Felisber-to, nas instalações da UniZambeze, no bairro do Matacuane. A semana encerra amanhã, sábado (16), com a realiza- ção de uma Caravana da Justiça que providenciará Assistência Jurídica à pessoas carenciadas no populoso bairro da Manga.■ (Chabane Falume) reito de defesa do seu constituente não pode ser um Advogado despreparado, muito menos desleixado. Explicou que é dever do Advogado, conforme estabelece o artigo 81 do Estatuto da Ordem dos Advogados de Moçambique, estudar com cuidado e tratar com zelo a questão que lhe seja incumbida, utilizando, para o efeito, toda a sua experiência e saber. “É somente assim que se pode garantir o direito efectivo à defesa dos cidadãos, dos nossos constituentes. Sendo assim, este será sim um bom Advogado e indispensável a Administração da Justiça, cumprindo plenamente o seu papel social” – concluiu Jurista Joaquim Pereira. Ontem de manhã, entretanto, os Advogados na cidade da Beira concentraram-se na Praça da Juventude, onde o Presidente do Conselho Provincial de Sofala (CPS) da Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM), Vicente Manjate, procedeu a deposição de uma coroa de flores em homenagem aos colegas perecidos. https://www.facebook.com/Jornal-O-Autarca-da-Beira-Mozambique-298173937184488/ O Autarca – Jornal Independente, Sexta-feira – 15/09/17, Edição nº 3335 – Página 05/07 FONTE: INE – INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA – 10 DE FEVEREIRO DE 2017 O Instituto Superior de Ciências e Tecnologia Alberto Chipande é uma instituição de ensino superior de Direito Privado, dotada de autonomia financeira, pedagógica e administrativa, juridicamente reconhecida pelo Decreto 27/2009 e publicado no BR nº 32 série I de 12 de Agosto de 2009. Tem a sua sede na Cidade da Beira - Sofala, Av. Correia de Brito nº 952 , e Delagações nas cidades de Pemba e Maputo. ISCTAC PROMOVE CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE CRIMINALÍSTICA E DIREITO PENAL Numa altura em que algumas cidades capitais estão a registar o recrudescimento de criminalidade, a Faculdade de Ciências Jurídicas e Criminais – FCJC do ISCTAC tem procurado soluções para fazer face a este mal. Atendendo que o aprimoramento da legislação é crucial para acompanhar a evolução cada vez mais galopante do modus operandi dos crimes, o ISCTAC, segundo o docente e investigador da Faculdade de Ciências Jurídicas e Criminais, Mestre Paulo Sousa, tem vindo desde 2010 a realizar congressos internacionais sobre criminalística, criminologia e direito penal. Nos congressos têm participado investigadores, dirigentes, organizações públicas e privadas e o público. Ao reunir esses diversos segmentos, os Congressos Internacionais de Criminalística têm como objectivos centrais estimular o debate em torno das mais variadas questões referentes ao Direito Penal, ao Processo Penal e à Criminologia, na sua maior parte decorrentes dos processos de reformulação do ordenamento jurídico moçambicano, mas também, e em significativa parcela, consequências da complexidade característica da sociedade actual, uma sociedade do risco, do consumo, da velocidade, da informação; enfim, uma sociedade complexa em que as ciências penais acabam por assumir um papel cada vez mais relevante. Os encontros, segundo o Mestre Paulo de Sousa, são caracterizados por acesos debates entre os congressistas a volta de temas em discussão, sendo que os discursos são marcados pela frontalidade e abertura no tratamento dos assuntos. Em todos os eventos foram priorizados pilares temáticos em torno dos limites do direito penal e suas implicações na investigação criminal; politica, lei e investigação criminal; as potencialidades e os limites da ciência na investigação criminal; desafios da criminalística no mundo das ciências jurídicas – uma visão técnico teórica; a investigação criminal e a legalidade da prática forense; a psicologia e sociologia forense; os ilícitos criminais ambientais e políticos; entre outros assuntos relevantes da área. As discussões em torno de tópicos específicos surgem no intuito de criar uma cultura de agentes tecnicamente inabilitados e capacitados em matérias de criminalísticas, visto que a sociedade contemporânea é dinâmica e os crimes acompanham esse desenvolvimento. Desta feita, o direito penal e o campo de investigação criminal devem se adequar a esta realidade. Caso contrário, há maior probabilidade de se viciar os resultados de corpio delito. O vício de corpo delito cria uma nulidade de acções de justiça criminal. A preocupação do ISCTAC é preparar futuros juristas criminais, procuradores criminais, advogado criminais, entre outros interessados pela justiça criminal. Fruto disso, os programas de graduação e Pós-Graduação em Ciências Criminais estão consolidados e possuem credenciais e referências nacionais e internacionais no estudo de excelência das ciências criminais, notadamente pela sua proposta de examinar a violência em sua forma mais ampla, não apenas sob a óptica do direito, mas, também, pela interface com outros campos de conhecimento das humanidades e da psiquiatria, ciente de suas responsabilidades frente ao momento de transformação e actualização dos sistemas jurídico-penais, que se apresenta como característica da sociedade contemporânea. Desde cedo, o ISCTAC pretendeu fomentar a troca de experiência entre pesquisadores moçambicanos e estrangeiros, procurando trazer ao público académico e profissional moçambicano as perspectivas e tendências da criminalista. Foi com plena consciência da necessidade e importância de se criar espaços propícios para troca de ideias e conhecimentos sobre o que acontece actualmente no âmbito das ciências criminais e sobre quais as perspectivas para o futuro próximo, que se buscou realizar os congressos internacionais de criminalística. Como resultado prático, desde 2010 até o momento, o ISCTAC já organizou quatro Congressos Internacional sobre Criminalística, sendo dois na cidade da Beira e outros dois em Maputo. Esses congressos produziram como resultados diversas publicações de artigos que podem ser lidos em 10 volumes da Revista Científica do ISCTAC e numa série de obras sobre direito penal, criminalística e criminologia.■ O Autarca – Jornal Independente, Sexta-feira – 15/09/17, Edição nº 3335 – Página 06/07 FONTE: INE – INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA – 10 DE FEVEREIRO DE 2017 Correspondênci@ Electrónic@ Por: JOZÉ LUZIA – Padre da Diocese de Nampula A propósito da morte do D. António Francisco dos Santos e a forte aproximação entre as cidades do Porto e da Beira “Morreu o Bispo do Porto, D. António Francisco do Santos. Importa salientar que a cidade do Porto, em Portugal, tem forte aproximação com a cidade da Beira, em Moçambique. O Porto e a Beira estão unificados através de um acordo de gemelagem e coincide as duas cidades são as segundas principais dos respectivos país” – li neste jornal. Mas, há mais motivos de contacto entre a Beira (Moçambique) e o Porto (Portugal) que vale a pena relembrar: - Do Porto era Natural o Primeiro Bispo da Beira, D. Sebastião Soares de Resende bem como o seu sobrinho, José Soares Martins (José Capela), 1º Administrador do jornal diocesano da Beira – Diário de Moçambique – que tantas “chatices” deu à Polícia Política colonial – PIDE; - Do Porto é natural o Arcebispo Manuel Vieira Pinto que foi Administrador Apostólico da Beira na fase da profunda ebulição que se seguiu à expulsão dos Padres Brancos em Maio de 1971. Entretanto, vivamos, agora, a Páscoa do querido Bispo António Francisco que cativava toda a gente pela sua simplicidade, sendo bem consequente com o coração do Papa Francisco, quando dizia e repetia: “Os pobres não podem esperar”... e “Precisamos de uma forma nova de ser líder e de ser protagonista, de ser governante e de ser responsável deste país ... É tempo de dizermos que há caminhos novos a percorrer... É tempo de dizermos "basta" ao sacrifício e ao sofrimento dos mais pobres e é tempo de dizermos que todos somos necessários para construir um futuro melhor em que as desigualdades sejam diminuídas e em que a justiça seja a resposta”. Para as gentes de Nampula e Moçambique deixo aqui mais um testemunho. Quando, em Fevereiro passado, perante a exiguidade de tempo e a sobrecarregada agenda eu lhe propus o lançamento do livro MANUEL VIEIRA PINTO - O VISIONÁRIO DE NAMPULA para esta altura, porventura no OUTUBRO MISSSIONÁRIO, ele reagiu prontamente como quem exprimia a urgência “Não P. Zé Luzia! Não adiemos, façamo-lo já! D. Manuel mereceo”. E assim aconteceu na emblemática Torre da Marca, paredes-meias com a Casa Sacerdotal do Porto onde o nosso grande Arcebispo Manuel está acolhido. E se o não tivéssemos feito em Fevereiro, graças ao seu empenho, já não teríamos a oportunidade de sentir o carinho, a gratidão e a ternura com que ele tratava e se referia ao nosso VISIONÁRIO como também mo exprimiu no seu recente email de 27 de Agosto passado: “Parabéns pelo interesse que é dedicado aos seus livros e pelo belo trabalho que realiza ao serviço da evangelização e da gratidão pela missão do senhor D. Manuel Vieira Pinto. Ainda hoje estive com ele na Casa Sacerdotal. Visito-o frequentemente”. Como não sentirmos, nós, os da Diocese de Nampula, uma profunda afeição por este pastor que ao nosso emérito Manuel dedicou tanta veneração! Tudo tornamos presente nesta Páscoa inesperada! Com uma profunda e incontornável consternação!■ Edilidade da Beira reúnese com o Parlamento Infantil Beira (O Autarca) – O Conselho Municipal da Beira (CMB) reúnese na manhã desta sextafeira com o Parlamento Infantil desta autarquia. O encontro a decorrer nas instalações da Associação Comercial da Beira (ACB) destina-se a prestação de contas por parte do excecutivo aos membros do Parlamento Infantil local. Trata-se de um exercício da democracia que já se tornou uma prá- tica regular, com eventos períodicos que tem lugar uma vez por ano.■ (R) O seu Diário Electrónico Editado na Beira O Autarca – Jornal Independente, Sexta-feira – 15/09/17, Edição nº 3335 – Página 07/07 FONTE: INE – INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA – 10 DE FEVEREIRO DE 2017 Vodacom MFW entra em cena e 15 com Milão Fashion Week. O Mozambique Fashion Week é o maior evento de moda nacional que ao longo de 12 anos tem trabalhado no ramo da moda, com o desejo de internacionalizar a moda moçambicana.■ (Redacção) Maputo (O Autarca) – Com vista a movimentar as diversas criações culturais e artísticas, mais uma vez, o Mozambique Fashion Week que caminha na sua 13ª edição, arranca entre os dias 1 e 10 de Dezembro próximo, no Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano, na cidade de Maputo. Neste momento, diversas ac- ções estão em curso para tornar o vento cada vez mais brilhante. Na presente edição, os principais desfiles contam com mais de 52 inscritos, nas diversas categorias, nomeadamente young designers, estilistas estabelecidos, estilistas pan-africanos, estilistas internacionais e DJ's nacionais e internacionais. Durante uma semana do evento cerca de 750 peças de roupas serão apresentadas. O processo de selecção de modelos já contou com 600 inscrições, dos quais 60 estão escolhidos e beneficiam de formação de dois meses. O primeiro grupo foi de adultos, cuja fase de apuramento ainda está em curso, enquanto isso, para o segundo grupo relacionado com crianças, a selecção está prevista para finais do mês em curso. Desde o seu lançamento, em 2005, o MFW aposta na descoberta de novos talentos, formação e divulgação de trabalhos de designers nacionais e internacionais, bem como iniciativas de responsabilidade social, com destaque para trabalhos desenvolvidos em 12 escolas e universidades de Maputo, através do MFW School. No âmbito de intercâmbio com outros eventos de moda, o MFW apoiou 22 estilistas moçambicanos para estabelecerem parcerias estratégicas na Europa, sendo 7 com Portugal Fashion Propriedade: AGENCIL – Agência de Comunicação e Imagem Limitada Sede: Rua do Aeroporto – Desvio 2141 – Casa 711 – Beira E-mail: oautarca@teledata.mz; oautarcabeira@yahoo.com.br Editor: Chabane Falume – Cell: 82 5984510; 84 2647589 – E-mail: chabanefalume08@gmail.com O Autarca: Preencha este cupão de inscrição e devolva-o através do fax 23301714, E-mail: oautarcabeira@yahoo.com.br ou em mão SIM, desejo assinar O Autarca por E-mail ( ), ou entrega por estafeta no endereço desejado ( ) Entidade................................................................................................................................................................................ Morada.......................................................... Tel................................ Fax .............................. 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