segunda-feira, 13 de março de 2017

“Só reconsidero a minha posição se Daviz Simango assumir a culpa e pedir desculpas públicas”


Mahamudo Amurane sente-se sem apoio da liderança do partido e coloca o lugar à disposição como candidato em 2018
A crise que abala o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), partido político com oito anos de existência e que surgiu de desinteligências no seio da Renamo, designadamente entre Afonso Dhlakama e Daviz Simango, mormente quando aquele preteriu este último como candidato à sua própria sucessão a edil da Beira, nas eleições municipais de 2008, parece ser muito mais profunda do que se poderia apressadamente cogitar. O presidente do Conselho Municipal da Cidade de Nampula (CMCN), Mahamudo Amurane, por via de quem a crise ganhou contornos públicos – quando, há pouco mais de um mês, expôs, em conferência de imprensa, estar desavindo com grande parte dos seus pares em Nampula e com a própria liderança do partido –, anuiu, última sexta-feira, na urbe de que é mayor, falar ao “O País” sobre a situação, tendo sentenciado: “Só reconsidero a minha posição se Daviz Simango assumir culpa e pedir desculpas públicas”.
Amurane diz ter decidido condicionar a sua reconciliação com Daviz Simango (e, por essa via, também com o MDM) à assumpção pública de responsabilidades por parte do presidente do partido e consequente pedido de desculpas à sua pessoa, por a fase mais crítica de ‘linchamento político’ à sua pessoa ter decorrido em público, primeiro, em sede de um encontro decorrido em Nampula, entre Daviz Simango e parte significativa dos membros baseados naquele província, e, seguidamente, por via de expedientes como cartas, incluindo uma à Igreja Católica na terceira maior cidade do país.
“Olha que esse encontro decorreu das 09h00 às 21h00, lá para o fim do ano passado, sem intervalo para o almoço, sendo que, do princípio ao fim, fui alvo de actos claros de difamação por parte de quase todos os que usaram da palavra, ante o olhar cúmplice de Daviz Simango”, sublinha o edil de Nampula, que é também membro da Comissão Política do MDM.
Embora a ida, dessa vez, de Daviz Simango a Nampula, depois de insistentes pedidos nesse sentido do delegado político provincial e do próprio Amurane, fosse para reconstruir a harmonia no seio do partido, o nosso entrevistado entende que “a forma como ele conduziu o encontro visava tudo menos o objectivo reconciliatório que lhe tinha sido solicitado”.
A desarmonia político-organizacional a que Amurane se refere tinha, por um lado, os responsáveis políticos de Nampula de nível central, nomeadamente, os deputados Ossifo e Fernando Bismarque, e, por outro, Amurane e o próprio delegado político provincial, com os demais membros como “mero capim do teatro das operações”, num contexto em que as competências deste último se achavam “absolutamente usurpadas” pela dupla Ossifo/Bismarque, “que opera em perfeita sintonia com Daviz Simango”.
“Política não é para crianças”
“Nesse encontro que decorreu das 09h00 às 21h00, Daviz Simango concedeu-me palavra lá para o fim, muito perto das 21h00, para que me pronunciasse face às acusações descabidas que me eram dirigidas, segundo as quais ‘eu não era fiel ao MDM’, ‘eu estava muito bem com a Frelimo’, ‘eu andava a perseguir e expulsar trabalhadores do CMCN que fossem membros do MDM’ e por aí além. A forma como eu reagi surpreendeu a todos, incluindo o próprio presidente do partido”, frisa Amurane.
O edil da terceira cidade politicamente mais importante do país conta que a sua reacção se resumiu ao seguinte: “Expliquei que o que fora sobre ele dito durante todo o encontro só mostra que não possui apoio da esmagadora maioria dos seus pares no partido, ao nível da cidade de Nampula, pelo que era melhor que o partido iniciasse, de imediato, o processo visando a escolha de um candidato para as eleições autárquicas de 2018, pois ‘eu não mudarei’, ‘continuarei a defender os interesses do Estado, dos munícipes, ao mesmo tempo que continuarei a expurgar os corruptos e todos os que violam a lei e as regras’. E deixei claro que a pessoa que for escolhida como candidato, ou candidata, por eu ter até sugerido que se ponderasse numa mulher, teria todo o meu apoio. E sugeri que, para que o partido não se visse enfraquecido, tudo o que foi abordado no encontro se limitasse à dimensão estritamente interna”.
Amurane refere que, fazendo uso da palavra depois da sua intervenção, Daviz Simango limitou-se, num tom de grande desprezo, a dizer que “‘a política não é para crianças; crianças não fazem política’. E assim terminou o encontro, tendo cada um partido para a sua casa ou para onde estava hospedado, pois já estávamos muito perto das 22h00”.
No dia seguinte, partiu-se para a cidade de Nacala-porto – para algumas pessoas a quinta mais importante sob o ponto de vista político, depois de Maputo, Beira, Nampula e Quelimane –, onde estava programado “trabalho político de rotina”, sob a superintendência de Daviz Simango. Mahamudo Amurane também fez parte da comitiva.
Notas do primeiro desencontro político entre Daviz e Amurane
Antes mesmo da desarmonia no seio do MDM em Nampula, que agora evoluiu para a dimensão de crise interna de âmbito nacional, terá havido, em sede de um encontro da Comissão Política daquela que é a “terceira força” no xadrez político doméstico, controlando três das cinco cidades politicamente mais importantes, um ‘desencontro político’ entre Daviz Simango e Mahamudo Amurane, designadamente em torno do que deve(ria) ser a posição do MDM quanto à forma de eleição de governadores provinciais.
Em Setembro/Outubro de 2016, a Comissão Política do MDM reuniu-se em Mumemo, no distrito de Marracuene, província de Maputo, com o objectivo cimeiro de elaborar propostas concretas de revisão constitucional, sendo que, em quase tudo, o consenso à partida era nota dominante, menos num ponto: eleição de governadores provinciais.
Nessa reunião da Comissão Política, ao que se seguiu o ‘encontro de quadros’, Daviz Simango fez saber que a posição do MDM era no sentido de a eleição ser indirecta. Ou seja, concorrem partidos apenas, sendo a estes que os eleitores votam, sendo que, na primeira sessão da Assembleia Provincial, se cuidaria de eleger o governador provincial, que, por maioria de razão, seria o do partido que tivesse maioria naquele órgão. Estar-se-ia, pois, em presença de uma eleição indirecta e não directa.
No seio dos integrantes da Comissão Política do MDM, manifestou-se, de imediato, apoio à modalidade adoptada, até que Mahamudo Amurane pediu a palavra, para dizer que não apoiava aquela forma de eleição dos governadores provinciais. Referiu que, para que os governadores provinciais tivessem maior legitimidade política, era “de longe melhor” que os mesmos fossem directamente eleitos, daí que recomendava o partido a considerar outra via (a da eleição directa).
Nenhum dos membros da Comissão Política do MDM apoiou o posicionamento de Amurane. Todos apoiaram a posição apresentada pelo presidente do partido, sendo certo que alguns o fizeram por via do silêncio. Luís Boavida, secretário-geral (SG) do MDM, usou da palavra para “dar substância” à modalidade avançada por Daviz Simango: “Por via da eleição indirecta, vamos ter, como partido, maior controlo sobre os governadores nas províncias em que ganharmos, diferentemente do que acontece agora nalguns municípios, em que o partido perdeu controlo”.
Amurane insistiu, aparentemente sozinho, na defesa de um modelo que adoptasse a eleição directa, com os demais a subscreverem a posição já avançada por Daviz Simango, sendo que alguns o faziam expressamente e outros de forma implícita. Seguidamente, partiu-se para um intervalo.
Durante o intervalo, Amurane abordou alguns pares seus na Comissão Política, designadamente, Venâncio Mondlane, Maria Moreno e Linete Olofson, tendo os dito que, pelas suas responsabilidades públicas e enquanto intelectuais, era suposto que se posicionassem e explicassem qual era a essência do que defendiam. Os três terão referido que, diferentemente do que Daviz Simango apresentou como posicionamento do partido (eleição indirecta), apoiam um modelo que privilegie a eleição directa.
No regresso do intervalo, antes de se avançar com o programa, Amurane pediu um ponto de ordem, mormente para reiterar o seu posicionamento e para solicitar ao presidente do partido que a discussão continuasse, uma vez que ainda não se achava esgotado o cerne da questão. Foi aí que Mondlane, Moreno e Olofson “ganharam coragem” e usaram da palavra, basicamente para defender que eram pela eleição directa.
O ambiente terá azedado de forma profunda, já com ‘duas alas’. Luís Boavida terá reiterado o seu apoio à eleição indirecta, supostamente para que o partido jamais perdesse controlo. No âmago das discussões, Lutero Simango, chefe da bancada do MDM na Assembleia da República e irmão mais velho do presidente do MDM, pediu a palavra, tendo, num tom diplomático e reconciliatório, precisado que era melhor que se parasse com as discussões e se adoptasse o modelo de eleição directa.
Daviz Simango acabou cedendo, abandonando, assim, a sua pretensão de o MDM defender a eleição indirecta. A terminar o encontro da Comissão Política, precisou, um pouco a brincar: “Noto que já temos candidatos a governadores provinciais”. Já no início da ‘Reunião de Quadros’, Daviz Simango retomou a mesma ‘brincadeira’ – “Noto que já temos candidatos a governadores provinciais” –, tendo Mahamudo Amurane, também a ‘brincar’, dito que se assumia como candidato à governador da província de Nampula.
Outro aspecto que pode ter colocado Amurane em rota de colisão com a liderança do partido tem que ver com o facto de o edil de Nampula ter declinado obedecer à “orientação superior” no sentido de construir a sede do MDM naquela cidade. Aliás, na conversa que connosco manteve, Amurane referiu ter recebido essa solicitação, que, para ele, não tinha como ser procedente. “Expliquei que não tenho como construir um edifício de um partido político, uma entidade privada, com fundos públicos. Não podemos pretender fazer o que dizemos combater”, enfatizou.
Tentativas de reconciliação
Duas semanas depois da incendiária conferência de imprensa de Mahamudo Amurane, a Comissão Política do MDM reuniu-se, em Nampula, com a preparação do próximo congresso do partido no topo da agenda. Amurane ‘gazetou’, não tendo, inclusive, ido ao Aeroporto Internacional de Nampula receber Daviz Simango. Em declarações à imprensa, os porta-vozes do partido referiram que a conferência de imprensa de Amurane não tinha sido objecto de discussão. Sobre a ausência daquele no encontro, foi dito que nada se sabia sobre as razões.
Amurane contou ao “O País” que Daviz Simango enviou “várias pessoas” a Nampula para o convencer a reconciliar-se com o partido, sendo uma delas Manuel de Araújo, presidente do Conselho Municipal da Cidade de Quelimane. A todos, Amurane tem-se mostrado irredutível, avançando uma única saída para o efeito: “Só reconsidero a minha posição se Daviz Simango assumir culpa e pedir desculpas públicas. Sem isso, continuarei concentrado no cumprimento do meu programa governativo, trabalhando para o desenvolvimento do município de Nampula”.
Outra personalidade que se tem empenhado no convencimento a Amurane é Lutero Simango, chefe da bancada do MDM na Assembleia da República e irmão mais velho de Daviz Simango. “Ele já conversou comigo ao telefone, por três vezes, eu sempre a reiterar o que exijo para que possa reconsiderar o meu posicionamento. E tem estado até a insistir nos contactos à minha pessoa, estando eu ocupado. Mas sem o que exijo, nada feito”, segredou-nos Amurane.
“Olha que a agenda de difamação não visava dispensar-me do partido, mas apenas me enfraquecer e tornar-me uma espécie de ‘cavalo de batalha’. Mas, antecipadamente, enxerguei isso e, quando menos esperavam, pus-me na dianteira, expondo a intentona de me tornar escravo. Não podemos construir um país digno com dirigentes escravos. Eu não compactuo com essa jogatina”, desabafa o edil de Nampula.
E se o desentendimento não for ultrapassado, que planos tem para o futuro? Perguntámos a Amurane, ao que respondeu: “Estou concentrado no cumprimento do meu plano de governação e não no futuro. Até porque, como bem sabes, o futuro a Deus pertence”.
Daviz Simango recusa companhia de Amurane
Depois que se regressou à cidade de Nampula, Amurane afirma ter dito ao presidente do MDM que iria, no dia seguinte, buscá-lo ao hotel, para o acompanhar ao aeroporto. “Ele disse que não deveria ir buscá-lo, pois eu tinha muito trabalho por fazer. Mesmo assim, no dia seguinte, fui ao hotel para o levar ao aeroporto. Ele reiterou que dispensava a minha companhia, pois eu tinha muito trabalho”, abre-se Amurane, para depois ajuntar: “No programa da visita do presidente (Daviz Simango) a Nampula, estava previsto que, no fim, mantivesse um encontro de balanço comigo. Mas isso não foi observado”.
Amurane conta que, algumas semanas depois, viajou para o Brasil, a trabalho, após o que rumou, já de férias, para Portugal, país no qual vivem os seus filhos, que lá frequentam cursos universitários. Conta que, durante a sua ausência, “as acções difamatórias à minha pessoa continuaram, desta vez até com cartas dirigidas à Igreja Católica, nas quais se dizia, de entre outros, que eu era um falso católico, que na verdade eu era muçulmano e que estava sempre nas mesquitas. Além disso, andou por aí um artigo, de um pseudo-analista, supostamente de fora do país, a dizer que eu era um infiltrado”.
O edil de Nampula e membro da Comissão Política do MDM diz que, em face de todas essas situações - que além de o “lincharem politicamente”, também se traduziam em “claras situações de difamação” - não lhe restava mais nada senão ele próprio defender-se publicamente, “reafirmando que continuaria implacável aos corruptos, que continuaria concentrado na gestão da cidade de Nampula com base no programa sufragado pelos munícipes e que expurgaria todos os corruptos da sua equipa, levando-os à justiça, para efeitos de responsabilização”.
Elisioísmo IV
Não gosto de comentar o que acontece nos partidos políticos moçambicanos. Mas o diferendo que opõe o edil de Nampula à liderança do seu próprio partido, o MDM, é bastante elucidativo da paisagem partidária moçambicana. A Frelimo parece levar a vantagem de ter no seu seio pessoas com autoridade historicamente adquirida, o que produz maior coerência na sua actuação. Isso é bom para a coesão do partido, mas mau para a mudança. A Renamo goza da mesma vantagem, só que por essa autoridade ser prerrogativa dum único indivíduo corre o sério risco de desintegração assim que esse indivíduo desaparecer. Já o MDM tem uma oportunidade ímpar para ser muito melhor, mas só se souber tirar as devidas ilações. Ao que tudo indica, a sua liderança prefere reagir aos problemas internos emulando o modelo autoritário da Frelimo e da Renamo quando devia reforçar os mecanismos de democracia interna para minimizar os efeitos nocivos de acções como as do edil de Nampula a quem o poder parece ter subido à cabeça ao ponto de, em consequência, até parecer estar disposto a destruir o próprio partido só para mostrar que tem razão. Depois de ler a entrevista que ele concedeu ao jornal “O País” fiquei com sérias dúvidas sobre a sua maturidade política.
Imtiaz Vala Os dois demonstraram incapacidade de resolverem assuntos em forum proprio,falta de lideranca e imaturidade politica!So gritam de dialogo e na pratica zero!Maus politicos e exemplos para seus seguidores...
Mussá Roots
Mussá Roots É...eles têm dois exemplos, de duas formas de estar distintas, uma assente na máquina, na "team" acima do individuo, e outra dependente do "carisma" do individuo que suplanta a equipa, o conjunto...devíam aprender, têm oportunidade de fazer melhor, sem serem "meio termo" entre essas duas, mas fazendo melhor...como? É que já não tenho capacidade de saber, talvez o professor,Elisio Macamo...
Elisio Macamo
Elisio Macamo eles têm que apostar mais na democracia interna. só isso é que vai dar mais força ao simango e minimizar os efeitos nocivos da actuação de gente que se esquece das suas origens. o edil de nampula é o que é por causa do mdm. ele tem que ter maior compromisso com o mdm, não consigo próprio. parece-me muito infantil insistir no pedido de desculpas por parte do chefe do partido como condição para regressar e fazer isso tudo em público. parece-me politicamente imaturo.
Mussá Roots
Mussá Roots É...essa de pedido de desculpas, também, pareceu-me coisa de "mimado", convencído.
Pior...fazer isso publicamente...aquela máxima de disciplina partidária da frelimo, pode não ser bem percebída, as vezes, por ser "Frelimo" e todo mundo, achar-se no direito de querer saber do que acontece lá, tudo...mas é prova, de maturidade, de ser adulto.

Aproveitando o assunto do dia:
Nunca escondi que desde que atingi a maioridade e gozo do meu direito constitucional de escolher os meus dirigentes políticos - esses que depois nos mandam manguitos - eu SEMPRE votei na Frelimo, Frelimo... e nos seus candidatos, e na pior das hipóteses, na Frelimo.
Ora, há algum tempo, suponho que tenha sido ano transacto, reconhecia numa publicação, o trabalho do MDM em Nampula, representado por seu edil, Mahamudo Amurane . Clubismo a parte, crise no papeis, querendo ou não, o 'gajo' está a transformar a cidade de cimento em um cartão de visitas à altura da nossa pequenice moçambicana. Vozes de bar dizem que num provável segundo mandato iria para a cidade da expansão, ali onde os munícipes vivem em guettos de luxo.
Ora, o bom do Amurane anda nervoso, e sinceramente não sei se com os corruptos do município de que tanto fala e expulsa, se com o MDM que diz que o abandonou por nao apoiar seus arranques anti-Estado, se com seu boss Simango que parece que lhe solicita luvas, ou se com a dama lá de casa. A única verdade é que o gestor de empresas está nervoso e bem.
Hoje o homem diz que "só um pedido de desculpas" daquele embaixador da Beira em Quelimane é que vai repensar nesse divórcio iminente. O mesmo que dizer "não me telefone, e sim, diga na imprensa que estás arrependido e com saudades", aí voltamos a mesa. Conhecendo o outro, e a língua daquele Carvalho que fala parece ser o próprio dono do MDM, posso crer que o divorcio tem tudo para se consumar. Aliás, a malta daqui da rede não perde tempo. Vejo por aqui postagens com cunhadas com "axinene arivava, não falha nada", Amurane não vai ferir o orgulho makua, alias, pode fundar um partido... ou se juntar ao "MAMO' saido do MDM, e outros apregoam que Davis não vai querer beliscar o orgulho ndau e se expor publicamente - os mais atentos devem se recordar que o homem conseguiu tirar da net por algumas horas aquela noticia que explodiu tudo isto, tudo para se retirar seu nome da noticia. Nada de etnizacao aqui, estou apenas a trazer o que se está a dizer por aí na rede.
Agora, no meio a isso, e porque o que interessa é o bem último para mim povo, e não o barulho deles, confesso que se Amurane não receber nenhum pedido de desculpas públicas, e decidir por uma candidatura independente, algumas coisas devem mudar e acontecer. Comecando por mim, acho que desta vez votava nele. Eu e muitos que gostam do bem comum e não dá conversa do vizinho, acredito que votavam nele.
Eu votava nele para edil, e votava na minha Frelimo de coração para voltar a ser a verdadeira fiscalizadora da accao governativa na assembleia municipal. É que é consensual que o homem está a fazer um belo trabalho, que merece continuar. Desde que conheço Nampula, este é de longe o melhor edil... em termos de realizações. Aqui não me interessa o barulho da casa do vizinho, desde que tal não belisque o bem comum.
________
1- Para sublinhar, e que nao me entendam mal, eu disse que votava bem mesmo na minha Frelimo, para dar suporte ao Mahamudo... Se bem que a minha Frelimo podia tomar uma postura pública inestimável não apresentando candidato, e apoiar uma candidatura independente deste... dava num grande trunfo, afinal, ano seguinte sera o grande barulho.
2- Kota Amurane, estou aqui a tentar te dar back up daqueles que os seus já não te dão, qualquer coisa já sabes, estou contactável 24/7.
Ergimino Mucale Divida-se o adversário, que a FRELIMO ganhará sempre.
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Salvador Mandlate
Salvador Mandlate Kkkkkkkkkk
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Salvador Mandlate
Salvador Mandlate Assino em baixo, esse e' o cara, conquistou os coracoes dos makuas
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Lenine Daniel
Lenine Daniel O melhor é mesmo esse, votar em quem desenvolve o município. Espero que os populares votem no trabalho e não nas "cores partidárias" que idolatram.
Avante Amurane!
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Jossias Ramos
Jossias Ramos Kkk!... 'Estas contactavel, mano?'. Eu tambem estou contactavel. Eh so lembrar-se que 'Laiko' maior parte das suas postagens aqui no fb.
Não há sopa para bêbados aqui.
Segundo o edil Mahamudo Amurane, o Município de Nampula foi burlado em cerca de dois milhões de meticais por um agente económico que se comprometeu em fornecer moto-contentores para a recolha de lixo nas zonas de difícil acesso. Trata-se de Inocêncio João Baptista Metilagem, proprietário da empresa Linex Business Investiments. Depois de saber que será processado, o referido empresário convidou um trabalhador sénior do município para terem uma conversa num bar da praça.
“Nós não brincamos em serviço, vamos processar a pessoa que levou o dinheiro dos munícipes, alegando que iria fornecer equipamento para ajudar na limpeza da cidade. [Ontem] ele veio pedir-me para lhe ajudar e eu disse que a única ajuda que podia dar é processar-lhe para ele crescer” (Mahamudo Amurane).
Não há sopa para bêbados aqui. – Co'licença!
Adaptado do jornal Ikweli.
Democracia hoye
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13 comentários
Comentários
Belizario Cumbe
Belizario Cumbe Um democrata deve estar aberto ao dialogo. Amurane está a mostrar precisamente o contrário. Não consigo compreender. Parecia um político equilibrado.
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Carlos Da Fonseca
Carlos Da Fonseca Gosto muito.
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Ariel Sonto
Ariel Sonto Mas, acho que Amurane está a ir longe, pá. Isso já me cheira a ameaça e sindromes de grandeza à mistura. Em outras linhas ele está a dizer: ou pede desculpas ou perde Nampula...tsc
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Carlos Da Fonseca
Carlos Da Fonseca Se for a favor do povo, Que mal tem?
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Ariel Sonto
Ariel Sonto A favor como?
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Carlos Da Fonseca
Carlos Da Fonseca Perder Nampula. Não é melhor Nampula com Amurane? Não é Amurane o transparente? Não é melhor servidor público?
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Ariel Sonto
Ariel Sonto O MDM perder Amurane e, por consequencia, Nampula... como edil ele eh optimo.
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André Cardoso
André Cardoso Exatamente esse o recado
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Maria Manjate
Maria Manjate Neste caso , acho k é preferível o MDM perder Nampula , de que sujeitar-se a chantagens do Amurane.
Ja imaginaram Deviz Simango, Boss fundador do MDM vir a público pedir desculpas a Amurane?
Aí sim,seria o fim da reputaçao de DS e o fim do MDM.
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Ariel Sonto
Ariel Sonto Que resolvam o assunto internamente. Cresçam, pa. Aprendam dos outros partidos. Tsc
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Taisse Sigaúque
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Beltrano Wakalungane
Beltrano Wakalungane Quando a honra vale mais do que o poder!
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Agostinho Augusto
Agostinho Augusto Continua a ser infantil
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Adriana Dos Santos
Adriana Dos Santos Opha!! Opha!!
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Benício Da Cruz Baulo
Benício Da Cruz Baulo Ele está agir de forma irreflectida. É certo que pode estar a defender causas nobres, mas até ao momento ele só está a falar sozinho e isso devia lhe chamar atenção. Por outro lado se a situação é insustentável porquê não assume de uma vez que esta de saída do MDM. Penso que as pessoas não podem querer ser maiores que as instituições que fazem parte, se realmente está lá porque se revê nas ideias do partido.
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Chaida Nicaca
Chaida Nicaca Kkkkkkkkkkkk 🙌🙌🙌🙌
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Maria Manjate
Maria Manjate Eu acho a atitude do Sr Amurane absurda e totalmente descabida. Está querendo voar muito alto com asas de cera.
Um cão nunca morde a mão k lhe dá de comer. Se ele acha k já nao se identifica com o MDM , basta afastar-se de mansinho. Querer desculpas públicas do Boss, awena , ele ja nao está bem de cabeça.
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Inacio Joao Madeira Madeira
Inacio Joao Madeira Madeira Cheira-me alguma agenda oculta por parte do Sr. Amurane, tinha até ao momento uma certa admiração pelo homen, mas este está querer remar para si um culto a sua personalidade e dedicação ao trabalho isso ja é vergonhoso para quem se dedica de alma e coração as causas nobres da Nação, Sr. Amurane se esqueceu que a vida tem altos e baixos e se quer estar sempre em alta vai correr riscos desnecessários frutos duma arrogância gananciosa.
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Eusébio A. P. Gwembe
Eusébio A. P. Gwembe Miller A. Matine, parece que tinhas razao, naquele dia. Dizem que o homem foi para la com uma missao. Um dos nossos :)
Olavo Victor
Kulupala Ngu Semba
Mussa Dramuce Mussa Dramuce
Didixo Taju
Didixo Taju A xinene. ..!
Tony Chambo
Tony Chambo Este (Mahamudo Amurane) vai "entornar" muita gasolina...
Didixo Taju
Didixo Taju Kkkkkkkkkkkkkk. ...haja tanta gasolina para entornar
Tony Chambo
Tony Chambo Pois é
Feliciano Metazama
Feliciano Metazama Ya, se não me pronunciar o meu querido amigo Ser-Huo não me vai chamar (também" laiko maning" teus comentários ....Kkkkk)
Helio Jeronimo Cossata
Helio Jeronimo Cossata Eu sublinho e assino como apologista do teu ponto de vista nesta publicacao. Ja chega, vamos porem da voto de confianca a quem tem vontade de trabalhar. Um Presidente como este no municipio e uma opsicao saudavel como maioritaria na assembleia, pode se construir um municipio invejavel, pois um municipio em desenvolvimento na sua plenitude total, esta directamenta ligado ao bem estar dos municipes. Sem querer agitar, MBA Ser-Huo, mas sao estas as diferencas que um academico deve fazer na sociedade. Obrigado
Emilio António
Emilio António Yaa, foste o primeiro a dar o backup! Outros de ca o olho tem apetites, também contactáveis a 24/7, kkkk
Abdul Magide Sidi Hassam Estou curioso em ver como vai acabar este braco de ferro...Amurane esta a por a fasquia muito alta. Mais certo é que o DS nao va pedir desculpas nenhumas e Amurane, querendo, vai ter que se candidatar como independente, porque nao estou a ver um outro partido disposto a ser puro e claro como ele deseja ser.
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Lito Salimo
Lito Salimo A derrota de Mahamudo nas próximas eleições, estava garantido com todo o nosso apoio"Nampuleses"
Porque nós conhecemos Amurane, não David! Cem Amurane MDM que esquece em Nampula!
Preferimos Apostar no outro partido. 


PENSE BEM
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Fernando Augusto Januario
Fernando Augusto Januario Lito Salimo, nao fala por Nampula, fala por si. Nampula com MDM mudou muito.
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Anselmo Acacio
Anselmo Acacio Na agricultura chamamos isso de PODRIDÃO DO CAULE que afecta milho por dentro só vês as canas a cairem sem saber que estão ruidas... Bem bem quem é problema é Amurane ou Simango ou a máquina MDM?
Lucyta Fumo
Lucyta Fumo Quando parece que finalmente estamos a caminhar rumo a uma alternativa em termos de partidos políticos e governação eis que vem a crise enfraquecer o MDM. se o MDM nao se cuidar, acabará com o pouco que o partido, o povo e a política em Moz conseguiu conquistar. Ao meu ver ao não lograr restituir a paz no seio do Partido, estão todos portando-se como "crianças na política". Como já referi todos saímos a perder mas principalmente o partido. Se todo desentendimento resumir-se em dissociação não vamos longe...
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Nelson Azarias Mazive
Nelson Azarias Mazive Esse gajo está a fazer sua manobra para fazer um partidinho dele!!!
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Shu'aibo Anli Antonio
Shu'aibo Anli Antonio Preferimos Apostar no outro partido
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Shu'aibo Anli Antonio
Shu'aibo Anli Antonio Nampula cem Amurane
MDM esqueci
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Santos Mutondo
Santos Mutondo Kkkkkk... Sua Excia. deste Erro...
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Victor Paulo
Victor Paulo Quer humilhar o presidente do MDM, não percebo as intenções deste gajo
Gosto · Responder · 25 min · Editado
Osvaldo Palha
Osvaldo Palha Ambicioso
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João Mussindo Mussindo
João Mussindo Mussindo K se dane ele...
Abdul Abibo
Abdul Abibo Os políticos já sabem porque.

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