SHOPPING HOSPITALAR
Ultimamente (e não sei quando é que foi melhor) ir a hospitais privados é como ir a supermercados. O comportamento é quase igual: muita papelada, cheio de “compras” e o relacionamento é justamente de cliente para vendedor. Para beneficiários de pacotes de assistência média, o cartão é mesmo cartão de crédito. Antes de qualquer procedimento, liga-se para apurar a cobertura. O exercício leva o mínimo de 15 minutos para cada chamada. E são no mínimo três procedimentos: consulta, análise e farmácia. Pelos meus cálculos, apenas essas três chamadas consomem uma hora de tempo no mínimo.
E depois segue um outro problema; o das prescrições médicas. Os médicos amiúde receitam medicamento de marca. Cyfenol, pain killer, etc., para se referir ao paracetamentol e por aí em diante.
Nos hospitais públicos, se não fosse o problema de percepção pública negativa do mau serviço (problema do utente) ou do sempre risco de calhar com estagiário e morrer por overdose ou falta de meios ou medicamentos, seriam os melhores locais para tratar de saúde.
Por exemplo, na minha vida contraí traumatismos que precisaram de uma pequena cirurgia. Na primeira vez fui a um hospital público. Desde o momento da chegada até ao procedimento final levei apenas 30 minutos. A segunda vez fui a um hospital privado e levei 4 horas. É verdade que no hospital privado tive que passar por exames preliminares (raios X e TAC), contrariamente ao hospital público que foram directos ao assunto. Coseram a ferida e puseram a andar.
Por exemplo, na minha vida contraí traumatismos que precisaram de uma pequena cirurgia. Na primeira vez fui a um hospital público. Desde o momento da chegada até ao procedimento final levei apenas 30 minutos. A segunda vez fui a um hospital privado e levei 4 horas. É verdade que no hospital privado tive que passar por exames preliminares (raios X e TAC), contrariamente ao hospital público que foram directos ao assunto. Coseram a ferida e puseram a andar.
A mensagem que pretendo aqui passar pode ser de difícil compreensão. Eu também não domino o negócio da saúde nem o sector, mas eis as minhas preocupações:
1. Como diminuir o tempo de espera e atendimento de pacientes em clinicas privadas? É que tanto os beneficiários de pacotes de assistência médica como não passam pelo mesmo procedimento enfadonho: muita papelada, consulta prévia da disponibilidade de médicos, etc.
2. Como garantir que o cidadão possa ter as opções nas prescrições médicas? Dez comprimidos de papacetamol podem custar tanto 20 meticais como 250. Sabendo que os beneficiários de pacotes de assistência medica têm limites, tal como um cartão de crédito, não seria bom que houvesse um dispositivo legal que oferecesse ao utente uma oportunidade de melhor gerir seu orçamento?
3. É minha sensação que os provedores de seguro de saúde exageram pela negativa nos serviços que prestam em pelo menos quatro níveis:
o Primeiro: no tempo de espera para autorização: na minha última consulta (três dias atrás), eu testei ligando para o meu provedor e levei 19 minutos. O homem da farmácia levou 15 enquanto a recepção levou 17.
o Segundo: amiúde, é normal chegar às farmácias ou clínicas e obter informações como a que segue “devido a problemas administrativos, não estamos aceitar beneficiários do serviço xyz”. Quando se procura saber, normalmente dizem que o Plano não pagou ou não paga há um tempo.
1. Como diminuir o tempo de espera e atendimento de pacientes em clinicas privadas? É que tanto os beneficiários de pacotes de assistência médica como não passam pelo mesmo procedimento enfadonho: muita papelada, consulta prévia da disponibilidade de médicos, etc.
2. Como garantir que o cidadão possa ter as opções nas prescrições médicas? Dez comprimidos de papacetamol podem custar tanto 20 meticais como 250. Sabendo que os beneficiários de pacotes de assistência medica têm limites, tal como um cartão de crédito, não seria bom que houvesse um dispositivo legal que oferecesse ao utente uma oportunidade de melhor gerir seu orçamento?
3. É minha sensação que os provedores de seguro de saúde exageram pela negativa nos serviços que prestam em pelo menos quatro níveis:
o Primeiro: no tempo de espera para autorização: na minha última consulta (três dias atrás), eu testei ligando para o meu provedor e levei 19 minutos. O homem da farmácia levou 15 enquanto a recepção levou 17.
o Segundo: amiúde, é normal chegar às farmácias ou clínicas e obter informações como a que segue “devido a problemas administrativos, não estamos aceitar beneficiários do serviço xyz”. Quando se procura saber, normalmente dizem que o Plano não pagou ou não paga há um tempo.
Ou seja, enquanto aos cidadãos e entidades não lhes falta o pagamento, esses provedores não honram os compromissos com as clínicas, em prejuízo do paciente que até não é actualizado dos centros médicos, farmácias e outros estabelecimentos para onde deve acorrer. Tudo é feito na hora, com consequências negativas aos utentes.
o Terceiro, sonegação da informação: aos beneficiários de pacotes de assistência médica, o negócio acaba sendo na essência entre as unidades sanitárias e farmacêuticas com o provedor: os preços apenas eles conhecem e negoceiam entre si. Ao utente apenas deve assinar.
o Quarto: nem sempre a consulta médica é consequente. Ou seja, depois de uma consulta se o médico lhe receitar vitaminas, o provedor da saúde pode não aceitar pagar; na infortuna situação de uma entorse e precisar de liga ou colar, o provedor pode não suportar; se for uma queimadura e precisar de uma pomada, o provedor pode achar que é um cosmético e, a dados preços, certos produtos deverão ser arcados pelo beneficiário. Ou seja, enquanto o plafom é monetariamente determinável (ou seja, o valor total de gastos que assiste à cada membro beneficiário e ao cartão integral por ano), já certos cuidados não são por estes suportados.
o Terceiro, sonegação da informação: aos beneficiários de pacotes de assistência médica, o negócio acaba sendo na essência entre as unidades sanitárias e farmacêuticas com o provedor: os preços apenas eles conhecem e negoceiam entre si. Ao utente apenas deve assinar.
o Quarto: nem sempre a consulta médica é consequente. Ou seja, depois de uma consulta se o médico lhe receitar vitaminas, o provedor da saúde pode não aceitar pagar; na infortuna situação de uma entorse e precisar de liga ou colar, o provedor pode não suportar; se for uma queimadura e precisar de uma pomada, o provedor pode achar que é um cosmético e, a dados preços, certos produtos deverão ser arcados pelo beneficiário. Ou seja, enquanto o plafom é monetariamente determinável (ou seja, o valor total de gastos que assiste à cada membro beneficiário e ao cartão integral por ano), já certos cuidados não são por estes suportados.
Existe aqui uma oportunidade para os nossos legisladores deitarem mão para disciplinar esses aspectos. O governo pode até achar isso assunto secundário, dado o seu enfoque em alargar o básico aos demais cidadãos pelo país fora; porém, a Defesa do consumidor, o parlamento e demais organizações de defesa do interesse público podem e muito bem rever a legislação e demais regulamentos para garantir pelo menos quatro respostas aos cidadãos.
1. Acesso total e tempestivo a informação actualizada, por parte dos provedores dos serviços de assistência médica em relação aos serviços em dia e os fora de serviço.
2. A possibilidade de o beneficiário poder optar entre medicamentos genéricos ou de marca como forma de melhor gerir o seu plafom.
3. Garantir que as clínicas tenham um mínimo corpo especializado permanente. É normal para uma mulher gestante ter que aguardar por um obstetra que “está a sair de casa”. Chamam isso de emergência e paga-se muito dinheiro por causa disso. Mas rigorosamente, para um centro médico que se preze, este serviço deveria estar em permanência! Tal como esses especialistas, existem também as clínicas cujos laboratórios só servem para fazer hemograma completo. Em caso de necessidade, submetem as amostra à outras clínicas ou laboratórios, encarecendo desnecessariamente o custo final.
4. Gerir as margens de lucro dos provedores dos serviços de seguro médico e encontrar mecanismos de bonificação aos que pouco fazem uso dos serviços.
1. Acesso total e tempestivo a informação actualizada, por parte dos provedores dos serviços de assistência médica em relação aos serviços em dia e os fora de serviço.
2. A possibilidade de o beneficiário poder optar entre medicamentos genéricos ou de marca como forma de melhor gerir o seu plafom.
3. Garantir que as clínicas tenham um mínimo corpo especializado permanente. É normal para uma mulher gestante ter que aguardar por um obstetra que “está a sair de casa”. Chamam isso de emergência e paga-se muito dinheiro por causa disso. Mas rigorosamente, para um centro médico que se preze, este serviço deveria estar em permanência! Tal como esses especialistas, existem também as clínicas cujos laboratórios só servem para fazer hemograma completo. Em caso de necessidade, submetem as amostra à outras clínicas ou laboratórios, encarecendo desnecessariamente o custo final.
4. Gerir as margens de lucro dos provedores dos serviços de seguro médico e encontrar mecanismos de bonificação aos que pouco fazem uso dos serviços.
Enquanto o meu apelo fica por analisar e responder, julgo também que a INAE deve passar por lá, juntamente com a inspeção médica. Aposto que algumas clínicas fechavam.
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