Movimentos que defenderam o golpe que destituiu a presidente
legitimamente eleita Dilma Rousseff vão voltar às voltam às ruas no
domingo em mais de 100 cidades do país para protestar contra as
propostas encabeçadas por lideranças do Congresso Nacional e do
Judiciário para a reforma política; manifestantes, que vão protestar
contra as pessoas que ajudaram a chegar ao poder, agora entendem que
eventuais mudanças no sistema eleitoral, como o voto em lista fechada e a
criação de um fundo público eleitoral, visam prejudicar os avanços da
Lava-Jato
24 de Março de 2017 às 07:05 // 247 no Telegram 
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As informações são de reportagem do Valor.
"A defesa da operação chefiada pelo juiz federal Sergio Moro foi o mote inicial para a convocação do protesto há pouco mais de um mês. O pretexto, na ocasião, era genérico e não tinha como alvo a reforma eleitoral. Até porque as articulações entre os líderes das maiores bancadas ainda estavam em fase embrionária. A oposição dos movimentos de rua às mudanças nas regras eleitorais ganhou corpo no último domingo após encontro entre os principais grupos.
Na reunião, ficou acertada a necessidade de afinar o discurso contra a lista fechada, a anistia ao caixa dois e a criação de um fundo bilionário para o financiamento de campanhas. Os manifestantes temiam um ato esvaziado sem uma agenda conjunta e pré-definida. O último protesto destes grupos, realizado em 4 de dezembro, teve menos adesões do que as edições anteriores, que chegaram a reunir até dois milhões de pessoas.
A partir da reunião dos manifestantes, a reforma política passou a ser apontada pelas lideranças dos movimentos de rua como uma ameaça à continuidade da operação sob responsabilidade de Moro. "Falar em apoio a Lava-Jato beira o pleonasmo. Trata-se da base da pirâmide. É algo tão óbvio entre praticamente toda a população que era capaz que os brasileiros deixassem de sair às ruas por isso", diz Carla Zambelli, líder do NasRua."
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