sexta-feira, 10 de março de 2017

Joana Simeão Projecto Politico Moçambique 1974

Impressionante! Até há poucos minutos e durante toda a minha vida, só havia visto por fotografias a Joana Simeão (que foi perseguida, "julgada" e assassinada pela Frelimo na altura da independência de Moçambique, acusada de traição). Acabo de ver este vídeo, onde ela aparece a falar. Fiquei atónito com a dicção, o sotaque e a assertividade do seu discurso. Falava português, na década de 1970, muito melhor do que homens e mulheres de então (e de hoje), nas figuras de topo da nossa elite política. Para além de ser muito bonita, evidentemente... Mataram-na porque tinha ideias próprias. Quanto desperdício.
Com a morte anunciada do sistema colonial, Jardim não era o unico a movimentar-se. Existiram outras forças que tentaram a sua oportunidade. Entre elas esta a...
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57 comentários
Comentários
Zenaida Machado
Zenaida Machado Ficaste impressionado por que ela falava portugues com boa diccao e era bonita??? Really?! Realmente, o paternalismo masculino em relaccao as mulheres, as vezes, consegue surprender-me.
Edgar Barroso
Edgar Barroso Zenaida Machado, tu é que queres ver as coisas com olhos full of bias... Eu estou a fazer um exercício de admiração, não de emancipação.
Zenaida Machado
Zenaida Machado Sim, sao olhos (femininos) de bias. Eh esse "exercicio de admiracao" mesmo que eh paternalista....O facto de admirares uma mulher negra por que "fala bem portugues" e "tem diccao".
Danilo da Silva
Danilo da Silva Preach sista .... Preach!!!!Ver Tradução
Alberto Samuel Maherero Tosh
Alberto Samuel Maherero Tosh Acho que ele disse também que a admirals pela "assertividade do seu discurso e por ter ideas ou convicções próprias, penso que isso significa muito. 

2- O belo deve ser apreciado, se já falava "bem" na altura (apesar dos obstáculos do contexto), é lin
da, pessoalmente não vejo where's the problem in doing so. Não consigo relacionar isso com machismo.

3- aquando do seu post sobre a MELANCIA DE MOZ disse que descordava dos métodos dela mas que apreciava o facto de ela ter "ideas próprias". Deve não ter importância por ter sido de mulher pra mulher... Otherwise seria "feminismo ".
Zenaida Machado
Zenaida Machado Eu nem sei de onde começo por responde - lo, oh Alberto. Já não tenho muita paciência com algumas coisas que as pessoas dizem só por dizer. Estou aqui a pensar se devo começar por lhe perguntar em que parte do meu comentário, leu a palavra "machismo".
Alberto Samuel Maherero Tosh
Alberto Samuel Maherero Tosh Eu ia também responder/esclarecer lhe a sua questão sem reservas não fosse a sua manifesta impaciência para com o que consideras "dizer só por dizer".
Zenaida Machado
Zenaida Machado Pronto, estamos "quites". Poupamos um ao outro. Bom fim de semana!
Homer Wolf
Homer Wolf A RTP-Africa ja' passou por diversas vezes...
Edgar Barroso
Edgar Barroso Não. Tu estás a inverter a hierarquia argumentativa, Zenaida Machado. Posso até redesenhar:

1. Dicção, sotaque e ASSERTIVIDADE do DISCURSO.

2. Competência linguística UNISSEXUAL.
3. Beleza ESTONTEANTE.
4. Ideias PRÓPRIAS.
Jeremias Chilaw
Jeremias Chilaw Ela era tudo isso mais alguma coisa, mas tinha um projecto politico irrazoavel e conflituoso. O pensamento dela girava em torno de construir um pais com base na mobolisacao das "mentes brilhantes" e representativas de todas as regioes do pais, mas a FRELIMO tinha que ser excluida do processo. Micambique era em 1974 um pais com 90% de analfabetos, sendo que os restantes 10% eram settlers e os assimilados e uns poucos ricos. Era com estes que ela queria governar o pais, vindo d Paris, onde ela tivera uma vida de rainha, quando os outros lutavam. Teria tido menos problemas se tivesse querido se juntar e nao confrontar os outros, provavelmente teria sido mais feliz. Ai onde estas, na biblioteca, presumo que haja uma seccao dedicada a lusofonia, podes ler mais sobre ela....
Abdul Karim
Abdul Karim Um processo de independencia gradual, menos "revolucionario" e sem traumas seria valido, pelo menos se considerarmos a alternativa que foi a guerra civil e os custos humanos, mais ainda a "nunca resolvida tensão político militar sempre actual" acompanhada dum 3 pior IDH do mundo. Acho. A questao ate nem 'e Frelimo de fora ou por dentro como poe o Jeremias L. Chauque, mas os resultados da realidade actual em comparacao a uma hipotese de ontem.
Joao Cabrita
Joao Cabrita Jeremias L. Chauque, o projecto de Joana Simeão não advogava a exclusão da Frelimo. O desdém com que você alude às "mentes brilhantes": não toma em conta os nomes. Sabe quem eram? Alguns nomes, apenas: Mário Machungo, Salomão Mungwambe, Luís Bernardo Honwana.
Aziza Throne
Aziza Throne Revoltante.. Estive no fim de semana com uma pessoa q a conheceu pessoalmente e cujo pai estava na mesma situaçao e que se safou pq o Guebusa devia lhe mtos favores.... Diz ela que era muito bonita mesmo e muito macua
Abdul Karim
Abdul Karim Eventualmente o pais seria diferente, se ainda viva.
Homer Wolf
Homer Wolf Uma mulher 'a frente do seu tempo...
Edgar Barroso
Edgar Barroso Pois. E se vestia muito bem, Aziza Throne. Aposto que as mamãs Graça, Marcelina, Maria da Luz e a actual lhe ficavam à anos-luz, comparativa e competitivamente. :)
Homer Wolf
Homer Wolf eh eh eh... as duas ultimas eram guerrilheiras, portanto usavam fardamento
Edgar Barroso
Edgar Barroso Kakakakakakakakakkakakakakakakah...
Aziza Throne
Aziza Throne Ai... Nao sabias que eram tuas mamãs kkkkkkkkk
Edgar Barroso
Edgar Barroso Mamã é uma forma de tratamento PATERNALISTA (segundo a IRMàZenaida Machado) muito usado em África, Aziza.
Zenaida Machado
Zenaida Machado 1) Nao sou tua irma, Edgar. 2) Eu nao disse que "mama" eh paternalista. Eu expliquei e muito bem o que eh paternalista no teu post. Se nao tens argumentos para mim, nao diz nada. Entenderei. Nao tentes eh brincar de fazer "pouco". Eu nao alimento besteiras.
Edgar Barroso
Edgar Barroso Zenaida Machado, ainda há pouco o Danilo da Silva te chamou de SISTER. Não reagiste desse modo. É só uma forma de tratamento. Estava a satirizar a cena. Relaxa.
Danilo da Silva
Danilo da Silva Definitely you did not grasp the meaning of "sista"... ShameVer Tradução
Edgar Barroso
Edgar Barroso Se não apanhei o espírito do termo, peço desculpas pela gaffe.
Ester Melo
Ester Melo A Joana Simeão foi professora de francês no Liceu Pero de Anaia na Beira . Tive o privilégio de conhecê-la pessoalmente, grande mulher
Abdul Karim
Abdul Karim Muito afrente Homer Wolf, ainda hoje 'e futuro :)
Luis Machanisse
Luis Machanisse Pesssoalmente tive a oportunidade de ler o livro "um homem uma causa" escrito por Bernabé Lucas Nkomo narrando a vida de Uria Simango e como tal de sua esposa,Joana Semeão.Penso que este livro traz consigo a verdadeira história do país,os massacres,as atrocidades,assassinatos cometidos por idealistas da frelimo.
Marcos Manejo Pakhonde Pakhonde
Marcos Manejo Pakhonde Pakhonde As vezes calar é melhor do que trocar olhos com bugalhos. Joana Simeao foi esposa sim,mas de quem? O Urias ou Nkomo? Reler o livro, é a solucao.
Jose Luis Freaq Son
Jose Luis Freaq Son Esposa de Uria Simango
Mario Albano
Mario Albano Sorry Joana Simeao não foi esposa do Uria Simango.
Marcos Manejo Pakhonde Pakhonde
Marcos Manejo Pakhonde Pakhonde Por isso perguntei la em cima. Seria novidade pk tao ai os Simangos que nunca envocaram o nome da suposta madrasta.
Omardine Omar
Omardine Omar A mulher do Reverendo Urias Simango era a professora Celina Simango.

Meu caro, se leste nao entendeste, entao veja as fotos no fim e leia atentamente o rodapé...ok
Celio Ismael
Celio Ismael Onde posso comprar esse livro? Luis machanisse. Na história de Moçambique que apredi na escola na decada 90 tanto urias como ela não sao mensionados pelo k me lembre. Venho a saber através de outros, alguns deles que viveram a epoca a existência de outros autores. Contaram me a história de uma tal dona Ana (portuguesa) se não me engano que combateu no norte de Moçambique o regime colonial ainda nos primórdios da luta. São factos interessantes.
Géssica Macamo
Géssica Macamo Quem é esta Zenaida Machado que mal conheço e já tem minha admiração....
Circle Langa
Circle Langa A última vez que vi uma mulher, na política, com essas qualidades, em Moçambique, foi exactamente neste video. Lol
Luis Machanisse
Luis Machanisse É uma pergunta meu caro
Carlos Nuno Castel-Branco
Carlos Nuno Castel-Branco É interessante que não há nenhuma discussão sobre o discurso dela, um discurso de compromisso com o colonialismo. A Joana Simeão foi professora no então Liceu António Enes (Francisco Manyanga, hoje) onde eu fiz,na época, o primeiro e segundo anos do primeiro ciclo do liceu (sétima e oitava classes). Ela era professora de português e de francês. Muitos homens a admiravam pela elegância e muitos estudantes achavam que ela era boa professora mas arrogante. Não foi minha professora mas tinha amigos que foram seus estudantes. Alguns dos professores portugueses tinham atitudes racistas com ela, mas às escondidas, porque receavam a confrontação intelectual com ela. Se não me engano, era a única professora negra naquele liceu naquela altura. Era uma pessoa intelectualmente forte, elegante e com um postura orgulhosa. Mas as suas ideias políticas, reflectidas neste vídeo, eram de compromisso com o colonialismo - uma independência gradual aceite nos termos do poder económico e político da época. Marcelo Caetano não era avesso a essa ideia de uma independência dentro de parâmetros neocoloniais e grandes capitalistas, como Jardim e Bulhosa, certamente apoiavam essa via. O mais interessante é que neste post ninguém discute isto. PS: apesar de não concordar com a perspectiva política que ela aqui apresenta, em parâmetros neocoloniais e elitistas, 1) não deixo de respeitar o seu carácter e altivez, e o seu nível intelectual; 2) não deixo de respeitar o seu direito às suas ideias, a exprimi-las e a lutar por elas; e 3) naturalmente, não concordo com o seu assassinato e condeno-o.
Iris Maria Monteiro
Iris Maria Monteiro Caríssimo nós não comentamos as ideias neocolonialistas ou próprias porque o facto de a conhecer surpreendeu nos nem sequer analizamos o discurso ou ideia hoje a conhecemos !!!! Pasma ! Vénia porque para ter o Moçambique que tenho hoje colonizado por todo tipo de ladrões chineses franceses barões de droga não seria melhor !!???
Abdul Karim
Abdul Karim Um processo de independencia gradual, menos "revolucionario" e sem traumas seria valido, pelo menos se considerarmos a alternativa que foi a guerra civil e os custos humanos, mais ainda a "nunca resolvida tensão político militar sempre actual" acompanhada dum 3 pior IDH do mundo. Acho. A questao ate nem 'e Frelimo de fora ou por dentro como poe o Jeremias L. Chauque, mas os resultados da realidade actual em comparacao a uma hipotese de ontem.
Carlos Nuno Castel-Branco
Carlos Nuno Castel-Branco Iris Maria Monteiro, o que eu disse no meu post acima é que os comentários anteriores não discutiam o conteúdo do discurso - discutir/debater/pensar nele e nas suas implicações e significado histórico na época. Cada comentário falava da dicção, beleza, etc., mas sem nenhuma discussão do próprio conteúdo do que ela dizia. Esse foi o meu ponto principal. O meu segundo ponto foi manifestar que embora eu discorde da abordagem dela e não veja como naquela época o que ela dizia podia ser realizado sem compromisso directo com o colonialismo, eu respeito o seu direito inalienável a pensar, exprimir e lutar pelo seu pensamento. Agora, o que a senhora está a dizer é que a situação hoje não é boa. Se é pior ou melhor do que seria se a Joana Simeão estivesse viva ninguém sabe e ninguém pode responder porque infelizmente ela não está viva. De todo o modo, ainda que a senhora pense que hoje vivemos uma situação neocolonial com o domínio da China e tal (a sua opinião), isso não invalida a crítica à natureza neocolonial do discurso dela. Se eu disser que o leão é carnívoro, não vale de nada (não clarifica nada) vir dizer que o tigre e o leopardo também são. É verdade que são, mas isso não esclarece nada nem invalida nada relacionado com a afirmação de que o leão é carnívoro. Do mesmo modo que dizer que a nossa situação hoje é neocolonial não invalida nem esclarece nada sobre a afirmação de que o discurso dela neste vídeo se situava marcadamente dentro de um parâmetro neocolonial e elitista. Posso discordar dela sem que com isso queira dizer que a situação hoje é boa nem que ela não tem direito à vida e à cidadania social e política como qualquer pessoa deve poder ter, e sem receios.
Carlos Nuno Castel-Branco
Carlos Nuno Castel-Branco Se olharmos para o processo histórico de então, temos algumas interrogações a considerar. Primeiro, o que causou uma "maior abertura" do regime colonial à ideia de uma independência controlada? Segundo, o que significava essa independência controlada para as grandes massas trabalhadoras? Terceiro, será que havia uma hipótese real de o colonialismo deixar de ser colonialista por si próprio, nas condições de Portugal? Se sim, então porque foi necessário o 25 de Abril e porque foi que mesmo depois do golpe dos cravos a questão colonial ainda foi disputada? Será que entre as forças políticas e económicas portuguesas havia pensamento comum quanto à questão colonial? Porque houve várias tentativas de contra golpe e de travar os processos conducentes às independências, tentativas essas feitas pelos proprios colonos e promovidas por parte do aparato económico, político e militar do regime fascista derrubado? Estou a fazer perguntas localizadas na história; e não estou a comparar ninguém com a frelimo nem a frelimo com ninguém.
Abdul Karim
Abdul Karim Olhando para o processo historico como o Professor poe, eventualmente uma independencia gradual poderia nao ser possivel, e se calhar a independencia total e completa teve que ser imposta. A questao que coloco 'e se nao haveria lugar para uma transicao menos traumatica ? 'E claro que eu andava de fraldas e chucha nessa epoca, mas dificil de digerir que o que hoje temos como realidade nao pudesse ter sido diferente.
Carlos Nuno Castel-Branco
Carlos Nuno Castel-Branco Não vejo como ir pedir a independência ao Marcelo Caetano e gerir Moçambique a partir de elites educadas, assimiladas, muitas das quais próximas do regime colonial, mesmo que nacionalistas, poderia ter levado a um Moçambique melhor para as massas. Não estou a dizer que a situação é boa (aliás, já nem o PR o diz), mas seria melhor como se os poderes económicos e politicos de então, aliados a elites locais, tivessem estruturado este país? E estaria mesmo aberta essa possibilidade? Talvez valha a pena pensar em algumas das perguntas que pus e tentar discuti-las. Dizer que hoje estamos mal pelo que todos os outros caminhos teriam sido melhores e eram viáveis na época não vale muito como argumento.
Abdul Karim
Abdul Karim Mas considerar que a saida que escolhemos e que nos trouxe onde hoje estamos era unica possivel, pode significar persistir no que de errado fizemos e como tal nao corrigirmos. O que por hipotese pode estar na na origem da "omnipresente" tensao politico militar. Nos temos que evoluir ao ponto de divergirmos sem violentarmo-nos, e sem arruinarmo-nos.
Adrian Magoo
Adrian Magoo Há exemplos desse modelo que ela defendia nas ex-colonias inglesas e algumas francesas. Umas tiveram uma trnsição pacífica e outras não. Mas como nao aconteceu, nao sabemos o que seria de nós.
Carlos Nuno Castel-Branco
Carlos Nuno Castel-Branco Abdul Karim, ninguém aqui disse que só havia uma saída. Além disso, seria bastante ingénuo argumentar que o estado em que o país está é directa e deterministicamente causado pelas decisões de 1974 sobre a independência nacional. Nos últimos 42 anos houve muitas mudanças e muitas encruzilhadas, cada uma das quais exigiu opções. Não existe uma história linear e deterministica. Então, pense nas questões que coloquei e tente debate-las. Neste momento a discussão anda à volta do impossível de determinar com opiniões sobre o assunto mas sem qualquer método de pensar nas questões.
Nuno Pires
Nuno Pires Também acompanhei o processo (vivia nessa altura em Moçambique, ainda que temporáriamente) e antes do 25 de Abril falava-se muito da "solução Spínola" a que se juntou a da "independência controlada", dada a impraticabilidade daquela. Mas isto era defendido por quem tinha grandes interesses em jogo, como Jardim a que outros deram voz como o caso de J. Simeão e não só. No entanto, para aqueles que hoje "choram" por não ter vingado esta última solução, que implicava a continuação do poder militar português, direi que após o 25 de Abril de 74, isso era de todo impossível de concretizar porque a juventude portuguesa, massacrada por 13 anos de guerra, consciencializou-se de que era uma luta inglória e pura e simplesmente recusou-se a embarcar e participar em actividades militares em Africa, nomeadamente, em Moçambique. Por muito que possamos condenar e eu condeno, o seu assassinato, Joana Simeão representava nessa altura interesses neo coloniais, alheios ao povo moçambicano. À distância, os mais novos não poderão ter uma noção do que isso representava no retrocesso da luta de libertação, mas era isso mesmo, uma "independência" cozinhada por forças coniventes com o regime colonial, o que à partida deixaria a FRELIMO de fora. Isso significava continuação de guerra, há que entender isso.
Abdul Karim
Abdul Karim Podera nao estar ligado ao processo da independencia nacional claro, se considerarmos que se impunha uma independencia completa. Quando falo correccoes dos erros passados, refiro me ao facto de continuarmos a ser um sistema intolerante ao pensamento divergente, que acredito estar na origem do actual clima de tensao politico militar, mesmo apos uma guerra de 16 anos. Ainda que independentes ha mais de 40 anos, passamos a vida aos tiros e a AKM continua nosso símbolo. A violencia, a intolerancia 'e que define a nossa historia, infelizmente.
Nuno Pires
Nuno Pires Moçambique seguia um rumo de progresso ao ritmo possível e foi o desencadear da guerra civil que atirou o país para o caos económico, já que foram destruídas, pela Renamo, infra-estruturas fundamentais ao desenvolvimento, de que ainda hoje se nota a sua falta.
Abdul Karim
Abdul Karim Claro Nuno Pires, mas nessa altura da destruicao de infrastruturas talvez erramos porque optamos pela violencia, e agora eventualmente persistimos no erro e continuamos a optar pela violencia. O discurso da Joana Simiao 'e pra mim ainda futurista porque considera uma transicao pacifica e sem traumas o que ainda "desconseguimos".
Iris Maria Monteiro
Iris Maria Monteiro Agradeço e entendo seu ponto de vista toda surpresa carrega consigo situações deste tipo haaaa afinal ?? Por isso a falta de atenção ao conteúdo acredito que todos nós com mIs atenção teríamos uma opinião a favor ou contra foi nos negada essa possibilidade como a ela foi negada a possibilidade de viver !!! Choca aflige aos 41 anos percebo que vivi uma mentira uma grande assassínio em massa da verdade o meu Pais está entregue a bandidos meus compatriotas bandidos que não fizeram outro que matar para escravizar pretos que exploram outros pretos sem Verhonh
Mauro Benedito Chilaule
Mauro Benedito Chilaule obrigado por partilhar este vídeo
Faruck Jussubo Daudo
Faruck Jussubo Daudo Grande mulher,estou sem palavras oque aconteceu com ela em ntelala
Ivan Maia
Ivan Maia A Joana Simeão foi professora de francês da minha mãe. E o resto não posso contar.
Mauro Benedito Chilaule
Mauro Benedito Chilaule não podes contar porque o que dizem sobre ela eh uma mentira, mas respeito a tua decisão.
Ivan Maia
Ivan Maia Pára de especular e não imagines coisas que não sabes. Não conto porque são coisas pessoais e nada de política. O país não anda por causa de "achar". Irritante.
Vassili Vassiliev
Vassili Vassiliev Um dia alguem contara em obra biografica. E justo.
Mugaza Waka Machel
Mugaza Waka Machel Eu tenho que admitir que não conheço a história do meu país. Agora até evito falar ou contar o que aprendi nos meus tempos do ensino primário. Prefiro me perder sozinho que levar minha família toda!
Iris Maria Monteiro
Iris Maria Monteiro Também me impressionou essa mulher pla positiva
Sura Rebelo
Sura Rebelo Vi o video faz algum tempo fiquei surpreendida pela positiva
José de Matos
José de Matos Eu sou desse tempo e recordo)me dela e dos sus discursos!Um dos muitos valores que a Frelimo assassinou!
Rábia Hafez
Rábia Hafez Sem dúvida uma grande representante de Moçambqiue,perda lastimavél.
Circle Langa
Circle Langa Luis Machanisse, a esposa de Uria chamava-se Celina e não Joana Simeão como referes no teu comentário. A menos que tenha sido amante e a história tenha decidido revelar hoje.
Juma Aiuba
Juma Aiuba Também senti o mesmo. Acho que tinham muito medo dela. A tipa era outro nível.
Luis Machanisse
Luis Machanisse Circle Langa, foi distracção da minha parte,grato.
Avelino Namarrocolo
Avelino Namarrocolo Vi o video, na verdade naquela altura ela ja era doutro nivel.
Kabengele Munanga
Kabengele Munanga Grande mulher e com objectivos claros.
Germano Milagre
Germano Milagre Assisti em Maio de 74 a um comicio dela ( o 2o a q fui na vida ) pois tivemos feriado no liceu p la ir kkkkkkkk mas na altura era tudo muito confuso para um jovem adolescente
Madisco Maleiane Acrisio
Madisco Maleiane Acrisio Boas pessoas se vao e ficam as mãs. Tudo isso é ganancia.
Julio Lacitela
Julio Lacitela Cuidado, nao podes PENSAR meu amigo!!
Aziza Throne
Aziza Throne Condenar a execuçao sumária da Joana Simião, caso que se deu há mais de trinta e tal anos e durante esse mesmo período .apoiar efusivamente os executores e em juízo de forma chorosa é incoerência senão mais. A não ser que, para alguns o assassinato de opositores seja justificável em nome da revolução e da "independência total e completa". Mesmo que hoje estejamos mais dependentes que nunca
Eusébio A. P. Gwembe
Eusébio A. P. Gwembe É interessante quando se lê comentários sobre um acontecimento havido há uma distância de três décadas. A leitura do seu julgamento, Edgar Barroso, confirma a opinião de que o mais difícil – contrariamente às aparências – é analisar os factos à luz do seu contexto. Naquele tempo, evocar o colonialismo como parceiro era uma afronta aqueles que tinham pegado em armas.
Edgar Barroso
Edgar Barroso Continua sendo um desperdício.
Eusébio A. P. Gwembe
Eusébio A. P. Gwembe Edgar Barroso, não creio que ela tinha as ideias próprias. Toda a documentação disponível mostra que era usada como porta-voz.
Edgar Barroso
Edgar Barroso Inclusive a documentação que diz que ela, a par de Joaquim Chissano e de Pascoal Mocumbi, fundou a Associação dos Estudantes Moçambicanos em Portugal (onde foi um dos membros mais sonantes)? Ela era politicamente muito mais avançada do que a maioria da elite política de então, man.
Eusébio A. P. Gwembe
Eusébio A. P. Gwembe Joao Cabrita penso que a questão tinha a ver com a forma como este apoio teria tido impacto nos moçambicanos. Sinceramente falando, a ideologia da autonomia progressiva era uma ideologia colonial, portanto, uma chamada à subserviência.
Edgar Barroso
Edgar Barroso Há exemplos de sucesso de "autonomia progressiva" em África.
Spirou Maltese
Spirou Maltese Penso que até o Mondlane de início achou que podia negociar com os portugueses antes de enveredar pela guerra.
Joao Cabrita
Joao Cabrita Não apenas de início, mas já depois da guerra, Sic Spirou. Em 1965, Mondlane e o governo americano elaboraram uma proposta que foi apresentada a Salazar em que a Frelimo defendia a integração de Moçambique - e das demais colónias portuguesas - numa "Comunidade Lusíada". Essa proposta não considerava sequer o estatuto de independência para as colónias. Salazar rejeitou a proposta. 

Um projecto neocolonial ? Que respondam os detractores de Joana Simeão.
Vassili Vassiliev
Vassili Vassiliev Factual. Vi brancos a dizerem que eram negros em comicios da FRELIMO...mas sabe, prof. Eusebio, eu penso que Joana causou aos frelimistas o mesmo que a Ivone Soares causa por conta da sua inteligencia e beleza. O que levou Joana para o cadafalso foi a cobardia dos ditos intelectuais que nao tinham argumento politico para contrapor aos dela. E para isso se serviram da forca bruta dos pensadores a martelo, manipulando-os para o desfecho tragico. A narrativa dos ultimos dias de Joana e cruel e nao se limita a sua incineracao numa vala comum. Muito antes disso lhe tinham partido os oculos (ela era miope como uma toupeira), o que a impediu de continuar a dar aulas de Frances as guerrilheiras que a mantinham captiva. Pois foi sempre essa, a resposta dela aos seus carrascos: - O INTELECTO!
Vassili Vassiliev
Vassili Vassiliev Cristaos-novos revelaram-se ainda mais papistas que o Papa durante a Santa Inquisicao.
Zeiss Lacerda
Zeiss Lacerda Esta é mais uma prova de que Moçambique já teve clareza no seu destino mas, penosamente, como até hoje, a mediocridade rouba espaço ao mérito e ao brio. Grande desperdício, apesar de achá-la mais para o lado do colonizador do que do seu povo. Ela propunha um outro modelo de independência, com certeza o seu fim trágico não se pode justificar por ser diferente no pensar.
Carlos Nuno Castel-Branco
Carlos Nuno Castel-Branco Uma das tristezas deste debate é que a discussão do discurso da Joana Simeão em 1974 está a ser feita em função das opiniões sobre a frelimo 42 anos depois. O discurso de Joana Simeão era de compromisso com o colonialismo e era um discurso de elites em busca de protagonismo histórico num contexto político, económico e militar concreto há 42 anos. Isso não quer dizer que ela devia ter sido assassinada ou, de alguma forma, excluída - nenhum cidadão deve se-lo. Também não quer dizer que a situação de Moçambique é boa ou que as opções pré e pós independência foram as melhores. Nem quer dizer que discordar do discurso da Joana Simeão significa concordar com o discurso dos que a assassinaram. É triste que em vez de tentarmos discutir o contexto e o discurso estamos a discutir as nossas raivas e ódios. Será que não conseguimos discutir um assunto pelo seu próprio mérito? O que nos diferencia desses que tanto odiamos que transformaram a história num conto de fadas que lhes é favorável? Este debate mostra demérito intelectual. Provavelmente este demérito é mais responsável pelo estado deplorável do país do que qualquer outro motivo. Mas cada um é livre de se exprimir como consegue e como entende, o que em si já é bom e deve sr defendido. Mas seria também bom se tentassemos elevar a qualidade do pensamento. Isto não quer dizer concordar comigo ou com alguém, mas tentar ter um método de análise que faça sentido histórico e que discuta as questões pelos seus méritos e não apenas em comparação com as nossas emoções pessoais.
Abou-Shakur Natooshi
Abou-Shakur Natooshi Verdade. Mulher macua, formada, inteligente e linda... Nao devia continuar entre os vivos porque faria sombra para Machel e seus sequazes. Uma afronta a hegemonia imposta por Gaza desde os tempos de ocupacao mercantil. Uma mulher macua letrada e que bateria de frente e em pe de igualdade ou ate superioridade com Machel (este que era tido como duro de roer pelos seus) constituia uma ameaca ao imperio de terror que acabava de nascer de parto prematuro e que necessitava de sacrificios humanos ao nao-deus do comunismo frelimal.
Zeiss Lacerda
Zeiss Lacerda Um modelo abrupto e agressivo de independência teve as suas vantagens mas temos que ter a cara lavada o suficiente para aceitar que até hoje estamos a pagar pelo preço da nossa "despreparação" para assumir o país ao nível de desenvolvimento que se encontrava. Não sei quais viriam a ser as consequências de uma independência gradual mas algo faz-me crer que tubarões incompetentes não chegariam ao poder devido à sua preparação apenas para a guerra e não para a gestão de uma nação e os filhos inteligentes da nação, muitos deles que não chegaram as matas assumiriam o poder por competência. Mas o destino quis assim. Podemos desenhar um novo futuro nos inspirando nesse passado conturbado.
Eusébio A. P. Gwembe
Eusébio A. P. Gwembe Edgar Barroso, digo que a Joana Simião era porta-voz porque acreditava mais no que as correntes pró-regime colonial advogavam, provavelmente em círculos em que ela mais frequentava. Na altura, a corrente da auto-determinação ou autonomia progressiva ou ainda a unidade na diversidade, defendia que tal se fizesse com Portugal e nunca contra Portugal. Joana representava a face negra desta corrente. Tendo em conta o comodismo a que esta corrente representava, possivelmente chegariamos até 1999 colonizados porque, como dissera Marcello Caetano, a 22 de Março de 1973 «não é que qualquer solução política corresponda a apressar a nossa saída numa terra em que a questão já não se põe em termos dependência ou independência, de unidade ou federação; põe-se em termos de pretos ou brancos; quer se fale em ´governo de Maioria` quer em ´regimes racistas`.
Vassili Vassiliev
Vassili Vassiliev V.Excia sabe que o que estavam em causa era muito mais do que isso. Estavamos em plena Guerra Fria e Simiao ja tinha escolhido o seu campo. Tempos virao, a medida que o pensamento politico dos ditos reaccionarios for conhecido, em que perceberemos que o que temos hoje em Mocambique como Partido FRELIMO, e um projecto politico que afina no diapasao dos ditos reaccionarios. Por outro lado, ha um outro factor a nao esquecer. Os primeiros governantes de Mocambique independente nao passavam de um grupo de jovens dos 25-35 anos, pontilhado aqui e acola com alguns cinquentoes formados nas tertulias marxistas de Paris. Eram absolutamente inexperientes.
Eusébio A. P. Gwembe
Eusébio A. P. Gwembe Sim, é exactamente a questão do campo. É esta a realidade escrita que não pode ser arrancada da História. Aquilo que Spínola apelou para lê-la com lágrimas de raiva e tirar dela as conclusões, por mais que nos custe. Começa por ai o nosso resgate.
Eusébio A. P. Gwembe
Eusébio A. P. Gwembe Falar dos julgamentos é um assunto alheio ao meu ponto de vista acima apresentado, Joao Cabrita. Culpar a Frelimo de nunca ter acreditado na democracia deixando de lado o muro de inflexibilidade erguido pelo regime colonial é ser desonesto para com a História e desonra àqueles que tombaram e àqueles que tinham suportado os anos de Luta. O problema para mim não reside na democracia, porque a História de África está cheia de regimes monopartidários que o tempo moldou. Para mim o ponto de fundo reside na visão de sociedade e sua relação com protagonismo político/dominação. Todos os acontecimentos subsequentes giram em torno disso.
Vassili Vassiliev
Vassili Vassiliev Esmiucie mais "protagonismo político/dominação" s.f.f
Eusébio A. P. Gwembe
Eusébio A. P. Gwembe Para mim, há que separar as coisas, Joao Cabrita. Por um lado, o pensamento político da Joana Simião e o seu enquadramento naquele contexto. Por outro, a prisão e posterior execução. Só assim evitaremos conflito animosidade interpretativa. Eu, até aqui, só tratei do primeiro caso, isto é, do pensamento político dela.
Eusébio A. P. Gwembe
Eusébio A. P. Gwembe Não encontro a lógica que, após a vitória armada de 10 anos, a Frelimo optasse por se submeter a eleições com risco de perdê-las. Também não encontro exemplo de movimentos libertários que tenham, logo, optado por eleições democráticas, como advogava Joana. Afinal, porque se havia lutado? Era para eleições? Claro que não. Que houve excessos inoportunos e exagerados, não nego. Sem eles, provavelmente se teria evitado a guerra fratricida que se prolongou por dezena e meia de anos. A Frelimo teve a oportunidade única de ser a mudança, se esse processo fosse concluído com êxito. Desvirtuou-se no fim, tal como disse, por causa da força de «lei de ferro da oligarquia», Joao Cabrita.
Eusébio A. P. Gwembe
Eusébio A. P. Gwembe Foram eleições organizadas pelo ocupante, pois não, Joao Cabrita? E como foi a saída do nosso ocupante?
Amilcar Machado
Amilcar Machado :) O sotaque da malograda compatriota está mais para angolana, não?
Vassili Vassiliev
Vassili Vassiliev Era o sotaque dos assimilados do Rovuma ao Maputo. Nao "ENXISTIA" outro...
Elvino Dias
Elvino Dias Lembram da atitude do porco Napoleão de Animal farm?
Gilder Anibal
Gilder Anibal OS PRONE INTELECTUAIS

A JOANA SIMÃO ERA UMA INTELECTUAL. PARABÉNS aos Macuas…!


É FÁCIL PERCEBER QUE, muitos que se fazem hoje (…) nada era em termos de intelectualidade. Por isso, estamos como estamos! 

ACHO que, a JOANA SIMÃO fazia parte dos seguintes intelectuais: EDUARDO MONDLANE, BRAZÃO MAZULA, FELIZBERTO MACHATINE, MÁXIMO DIAS, entre poucos...!

O QUE NÃO ENTENDO, é onde estavam aqueles que hoje os chamamos de SUA EXCELÊNCIA […]. Risos

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