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Cientistas britânicos comunicarão neste ano a data exata da revolta de máquinas. No Reino Unido será constituído um Centro para o Estudo do Risco Existencial (CSER, na sigla em inglês, Centre for the Study of Existential Risk) que investigará a possibilidade de criar uma inteligência artificial autossuficiente, as vias de desenvolvimento de nanotecnologias e o aquecimento global. Peritos da Voz da Rússia fazem seus prognósticos.
Dentro de 50 anos, o mundo pode tornar-se irreconhecível: as máquinas aprenderão a pensar sem a ajuda dos humanos.
Filósofos, astrofísicos e programadores britânicos, inclusive o cofundador do Skype, Jaan Tallinn, pretendem definir seriamente os riscos de a nossa civilização entrar num impasse, quando os humanos forem controlados por máquinas inteligentes. Tal variante de desenvolvimento dos acontecimentos é muito provável. Os militares utilizam há muito tecnologias próximas da inteligência artificial, por exemplo, aparelhos voadores não tripulados autônomos (drones) e sistemas de pontaria independentes. Daqui a algumas dezenas de anos, as máquinas aprenderão a pensar independentemente, afirma o redator-chefe da revista “Defesa Nacional” e perito militar, Igor Korotchenko:
“Já está sendo desenvolvida a aplicação de inteligência artificial em máquinas de combate. As funções humanas irão passar diretamente para o centro intelectual de sistemas de ataque. Por isso, nos próximos 50-60 anos poderão perfeitamente aparecer sistemas de armamentos baseados completamente em inteligência artificial. As decisões finais, se forem tomadas por máquinas, assentarão em algoritmos imprevisíveis. Por isso, é importante dividir nitidamente as funções a serem delegadas à inteligência artificial e as reservadas para oficiais e generais”.
O diretor do Centro de Projetos de Instrução de Skolkovo, Denis Konantchuk, destaca que sistemas de inteligência artificial estão sendo elaborados não apenas por militares, mas também por programadores e cientistas civis. Todas as grandes empresas de tecnologias de informação do mundo tentam desenvolver sistemas de pesquisa e de tradução on-line que pensam como homens. Esta será uma revolução cognitiva, considera o perito:
“Já existem tais cenários e respetivas premissas. Trata-se, em particular, de sistemas de tradução de textos. Atualmente, tais máquinas processam o significado de palavras e não o sentido de frases. Grandes corporações tentam conseguir que os sistemas de tradução analisem primeiro o sentido de frases e posteriormente traduzam. Esta é uma condição para o surgimento de inteligência artificial. Isso pode acontecer em 2020-2030”.
Dois peritos da Voz da Rússia esperam que a evolução da inteligência artificial decorra pacificamente. Mas, ao mesmo tempo, não se pode excluir que, numa dada altura, máquinas dotadas de razão e controladas por humanos se revoltem. Caso isso aconteça, os cenários de filmes “Exterminador” e “Eu, Robô” serão realidade.
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