RIA Novosti
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Uma nova epidemia de gripe começou nos Estados Unidos. Os ucranianos também receiam doença infecciosa com nomes americanos de Califórnia e de Wisconsin. Na Rússia, são preditos surtos de gripe na segunda metade de janeiro. A gripe, como continuação das festas de Ano Novo, torna-se uma tradição em muitos países do mundo. Com cada ano, a infeção traz novas surpresas.
Neste ano, a gripe já matou 18 crianças nos Estados Unidos. A doença desencadeou-se praticamente em todo o país. No estado de Massachusetts, por exemplo, já foi declarada uma situação de emergência na área da saúde pública.
Outros países não anunciam alerta por enquanto, mas também têm motivos de preocupação. Pode voltar o vírus H1N1, conhecido desde 2009 como gripe suína, que já causou a morte de quatro pessoas na Polônia e de duas pessoas na China. Um caso de doença foi fixado recentemente também na Ucrânia, mas a paciente, que apanhou a infeção, conseguiu superá-la. Médicos ucranianos advertem que seja necessário recear contágio não apenas do vírus tipo A (Califórnia). Serão ativos também o tipo B (Wisconsin) e mais um representante do tipo A (Vitória). Mais de 1,5 milhões de pessoas adoeceram com gripe e doenças respiratórias agudas na Ucrânia. Especialistas prognosticam um número maior de doentes no ano em curso, do que na temporada epidemiológica passada.
Entretanto, não há razões para falar de uma reincidência da pandemia de 2009, que matou 18,5 mil pessoas, disse à Voz da Rússia Igor Nikonorov, colaborador científico do Instituto de Investigação da Gripe de São Petersburgo:
“Os vírus da gripe mudam constantemente. Aparecem novas estirpes dos vírus. Mas o sistema internacional de supervisão permite descobrir o aparecimento de novos vírus numa etapa precoce, ainda antes da eventual epidemia. Com base nestes dados são elaboradas vacinas, chamadas de atuais”.
A vacinação é o principal meio de proteção contra vírus. Na Rússia foram administradas mais de 37 milhões de vacinas sazonais, inclusive em cerca de 13 milhões de crianças. Este processo decorre sobretudo dinamicamente a partir de 2009, diz Alexei Beliaev, colaborador científico do laboratório de etiologia e de epidemiologia da gripe do Instituto de Investigação de Virologia do Ministério da Saúde da Rússia:
“As vacinas contemporâneas inativadas contra a gripe, autorizadas para a aplicação e divulgadas amplamente na Rússia, contêm antígenos do vírus da gripe A/Califórnia/7/2009 e A/Vitória/361/2011. Quanto à gripe B, o B/Wisconsin/1/2010 e os vírus análogos também entram na vacina contra a gripe recomendada em todos os países do hemisfério setentrional para a utilização na temporada epidemiológica de 2012-2013”.
O limite epidemiológico ainda não está ultrapassado na Rússia. Mas as próximas semanas podem ser as mais complexas para médicos, perigosas para pacientes e rentáveis para farmácias. Guennadi Onischenko, chefe dos Serviços Sanitários da Rússia, prognostica um crescimento do número de doenças no país no fim de janeiro, quando crianças voltarem a escolas.
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