Ministério da Saúde desmente Associação Médica de Moçambique.
Martinho Dgedge, director nacional dos recursos humanos e, ao mesmo tempo, porta-voz do Ministério da Saúde, diz que a informação avançada ontem, pela Associação Médica de Moçambique, não constitui verdade. “Dos 1 270 médicos existentes no país, apenas 10 por cento é que não foram trabalhar”.
Martinho Dgedge, director nacional dos recursos humanos e, ao mesmo tempo, porta-voz do ministério da Saúde, diz que a informação avançada ontem, pela Associação Médica de Moçambique, não constitui verdade. “Dos 1 270 médicos existentes no país, apenas 10 por cento é que não foram trabalhar.”
O Ministério da Saúde afirmou, ontem, não ser verdade que 90 por cento dos cerca de 1 200 médicos existentes em todo o país aderiram à greve, tal como avançou a Associação Médica de Moçambique ao nosso Jornal.
O director nacional dos Recursos Humanos do Ministério da Saúde reiterou que apenas 10 por cento do pessoal médico é que faltaram ao serviço, mas também alguns destes já começaram a regressar ao trabalho.
Entretanto, a fonte reconhece que as ausências de alguns médicos estão a criar embaraços no funcionamento normal dos serviços de saúde.
“Naturalmente que num e outro sítio houve dificuldades, mas a informação que o Ministério de Saúde tem, e que é a mais credível, que, aliás, pode ser confirmada nas unidades sanitárias, indica que mais de 90 por cento dos médicos estão a trabalhar”.
O Hospital Central de Maputo é que mais se ressentiu da ausência dos médicos. Mais de 70 médicos aderiram à greve, mas o ministério tenta desdramatizar a gravidade do assunto. Diz que são médicos de pós-graduação e estagiários que ainda estão num processo de formação. Diz ainda que nem são todos que alinham na ideia da greve.
“O Hospital Central de Maputo tem perto de 200 médicos em processo de aprendizagem, mas só cerca de 70 é que não foram trabalhar. Isto revela que nem são todos estes que se estão a ausentar”, explicou Dgedge.
Na província de Tete, num universo de 45 médicos, quatro é que não foram trabalhar. Na zambézia, Martinho Dgedge diz que ninguém aderiu à greve. Já em Inhambane, não revelou o número, mas assegurou que os grevistas estão a regressar aos seus postos de trabalho.
Grevistas serão punidos
Mais uma vez, o Ministério da Saúde reiterou que a greve dos médicos é ilegal, portanto, os que não vão trabalhar são considerados faltosos.
“Para nós, eles (os grevistas) são faltosos...Estão a faltar ao serviço”, disse Dgedge, acrescentando, logo a seguir, que o Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado é claro quanto às medidas a tomar, e toda a gente sabe o que será feito.
Para assegurar os serviços nos locais onde houve ausências, explicou que o Ministério da Saúde contactou com o seu homólogo da Defesa para apoiar em pessoal médico militar.
“Naturalmente que o Misau não podia ficar alheio à esta situação. Tinha que encontrar mecanismos para melhorar a prestação de serviços de saúde. São estes médicos militares que estão a assegurar nalguns sectores”.
Oito médicos aderem à greve no Hospital Geral José Macamo
No Hospital Geral José Macamo, na cidade de Maputo, oito médicos não foram trabalhar, pelo menos, até ao meio dia de ontem, revelou ao nosso Jornal a directora daquela unidade sanitária, Leila Monteiro.
Monteiro reconhece que a ausência daquele pessoal traz consigo enormes constrangimentos para o outro pessoal que se vê obrigado a fechar buracos, mas assegura que, mesmo assim, todos os serviços estiveram a funcionar sem grandes sobressaltos.
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