A Junta Nacional de Salvação da Renamo é uma formação recém criada pelos ex-generais e oficiais superiores, combatentes, membros fundadores, deputados da Assembleia da República no activo e reformados, civis que trabalharam na clandestinidade durante a Guerra bem como outros membros e simpatizantes da Renamo que desejam ver a Renamo no Poder e, actualmente, como uma oposição credível e construtiva. É uma formação que foi criada na Beira entre 20 e 21 de Janeiro de 2006.
- A Junta tem como objectivos, unir todas as ideias singulares de todos os membros e combatentes da Renamo sobre as formas viáveis de como a Renamo possa obter vitória nas próximas três eleições.
- Garantir a democratização interna da Renamo. Garantir que haja eleições internas democráticas e transparentes.
- Na Renamo qualquer membro deve ser livre de concorrer para órgãos de direcção com estrita observância dos estatutos e regulamentos internos.
- Garantir que Renamo seja uma força política isenta de pressões externas e que respeite os direitos humanos.
- Garantir que a Renamo seja uma força política de consenso nacional e de alternativa ao poder com credibilidade nacional e internacional.
- Garantir que a Renamo seja uma forca política orientada para o desenvolvimento nacional e unidade nacional e não tentar distrair a opinião pública usando Guerra psicológica, Tal como a conferência de antigos guerrilheiros a ter lugar em Quelimane.
- Garantir que em Moçambique haja uma oposição construtiva e evitar que voltemos ao mono-partidarismo.
- Acabar com a desestabilização do povo que Dhlakama tem protagonizado nos últimos 27 anos.
- Obrigar a Renamo a pôr termo às ameaças de retorno à Guerra.
A Junta foi formada para a solução de vários desmandos protagonizados pela liderança da Renamo:
1. A não explicação dos motives das tês derrotas eleitorais limitando-se apenas a evocar a fraude eleitoral.
2. Falta de transparência na utilização de fundos doados pelo governo: quotizações de membros, doados por partidos amigos bem como de pessoas singulares.
3. A não transparência nas eleições internas a todos os níveis.
4. Expulsões sem regras de alguns membros influentes do partido.
5. Tribalismo como o que acaba de acontecer em Nampula.
6. Promoções com base na tribo.
7. Paradeiro dos fundadores da Renamo.
8. Há falta da história da Renamo. Até quando?.
9. Desrespeito para com os fundadores, guerrilheiros, membros na clandestinidade.
Como é que uma pessoa pode se declarar de um pai sem que tenha filhos? Da mesma maneira, como pode alguém ser pai da democracia sem seguir os princípios democráticos. Usando dinheiro do partido para fins próprios. Dirigir o partido como se fosse uma empresa privada. Mesmo na empresa privada há regras de jogo que devem ser cumpridas. Que pai da democracia é que nomeia os seus quadros via fax como sempre tem acontecido? Exemplo concreto acaba de acontecer em Nampula. Que pai da democracia que apenas pretende ser presidente de Sofala?
No entanto, a JNSR não pretende usar violência nas suas acções. Nem obrigar a aderência ao movimento a quem não quer. Pode ser membro da JNSR aquele que quer ver Moçambique com uma oposição credível, construtiva, independentemente da sua cor, filiação política e religiosa.
Gostaríamos também de esclarecer que não são planos da JNSR levantar questões posteriores aos Acordos de Roma.
Queremos ir ao poder unidos como partido Renamo.
(Redacção)