segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Como foi possível a diferenciação salarial no sector público em Moçambique?

Por Egidio Guilherme Vaz Raposo

 A termos que procurar culpados, encontraríamos em Joaquim Chissano, antigo presidente deste país, o maior culpado pela diferenciação salarial na função pública nos últimos 30 anos.
E não precisa de muita elaboração. É só revisitar os critérios de fixação salarial no tempo de Samora Machel, que eram fundamentalmente horizo...ntais em termos de estratificação, não havendo diferenças assinaláveis entre os trabalhadores do Banco Central por exemplo com o sector do Comércio e Indústria.
A desregulamentação da económica criou situações onde cada dirigente do sector conseguia negociar salários especiais para o seu pelouro, em coordenação com a Presidência da República, os parceiros económicos e o próprio ministério/sector. Foi assim por exemplo, que Mario Mangaze então Presidente do Tribunal Supremo conseguiu assegurar “salários dignos” para os magistrados judiciais; Adriano Maleiane para os trabalhadores do Banco Central, Tomaz Salomão/Luísa Diogo para o Ministério das Finanças, etc.
A vigência de grandes projectos como o da modernização das alfândegas e todo sistema tributário; projecto do Banco Mundial para o sector da Justiça e outros, fizeram com que a pouco e pouco e de forma despercebia fosse criadas condições para a diferenciação salarial sem precedentes na função pública, de tal sorte que se tornara quase que impossível voltar aos salários anteriores após o fim do projecto/programa. Joaquim Chissano e sua equipa não tiveram o poder suficiente de parar com tamanho assédio dos técnicos em conluio com os seus doadores. Chegamos onde chegamos.
O argumento central para tais sindicâncias girava em torno da necessidade de “reter” quadros competentes por forma a levar a bom porto os processos de reforma. TOP-UPS foi o chavão então usado, para justificar os suplementos remuneratórios que trabalhadores de entidades inteiras beneficiavam. Vide por exemplo a antiga ANFP, autoridade nacional da função publica que depois se transformou em ministério da função publica e sua UTRESP.
A entrada do novo timoneiro da nação, Armando Guebuza não mudou muita coisa. Pelo contrário. Agudizou a noção clientelista do Estado, sofisticando os métodos de punição e redistribuição das benesses, concentrando tantos privilégios em mãos restritas. Por exemplo, vocês sabiam a maioria dos directores nacionais não têm assistência médica e medicamentosa enquanto os ministros tem até para seus sobrinhos? Lá onde estes têm direito resulta de arranjos internos, fruto de algum senso de humanidade de cada timoneiro do sector.
A governação de Armando Guebuza também caracterizou-se pela distribuição clientelista de cargos de direcção, porem, não executivo. Por exemplo, está agora na moda ser “representante do Estado” ou Presidente não-executivo ou administrador não-executivo, em representação do Estado nas empresas públicas. Por exemplo, Margarida Talapa na mCel, Teodoro Waty nas LAM, Mateus Katupa na Petromoc. Estes ai não fazem mais nada senão sentar e beneficiar de infindáveis vantagens económicas e, no momento exacto, ajudar no financiamento de actividades político-partidárias.
Estamos a falar aqui de um sistema injusto, concentrador do poder em mãos já abastadas; de um sistema que não redistribui, pelo contrário, promove e perpetua a exclusão social e económica. É um sistema que não promove a competência nem a competitividade mesmo dentro do próprio partido, mas que pelo contrário, é arauto do conformismo (a aceitação do que existe); do situacionismo (a celebração do que existe), do cinismo (o conformismo com má consciência) bem como do seguidismo; do monolitismo cínico e acima de tudo, de prisioneiros de consciência.
Os salários são apenas ponta de iceberg de uma desigualdade social que reina na função pública. Se o país é pobre é importante que se reveja na sua condição de pobre, adoptando uma postura redistributiva consentânea com o seu estatuto social.
A emancipação da função pública através da sindicalização parece-me quanto a mim uma oportunidade a não perder se quisermos iniciar um debate esclarecedor sobre a redistribuição da renda. Reside no Estado como maior empregador a força motriz capaz de revolucionar a relação entre governadores e governados.
Pela equidade salarial e de benefícios sociais e económicos na função pública, para que não sejam criadas ilhas e classes dentro da mesma família de servidores públicos.
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  • Livre Pensador Egidio Guilherme Vaz Raposo voce sabe muito bem que essa foi UMA IMPOSIÇÃO dos que financiam o OGE. Assim como, também haviam sugerido a comissão dos 20% para aumentar a produtividade nos projectos de capacity building. O Governo, como aluno obediente, cumpriu. E o Governo, hoje, como aluno repetente, esqueceu...
  • Ivan Amade Bom artigo, mas vamos ao facto do artigo: o que é que o ilustre Egidio critica ou protesta? 1. Desigualdade salarial? - isso por se só não deve constituir problema...cada um com a sua sorte e seu trabalho! 2. Salário e regalias altas? - mas uma vez esse por se só esse não deve ser problema, se eles trabalham e trazem frutos ao Pais porque não bons benefícios.... 3. Salários Baixos e falta de regalias? - se todos tivermos salários altos Já imaginou o efeito económico disso?See Translation
  • Helder Bacar É o poder (FLM) da actualidade. Capitalista ao extremo. Segredadora ecomica, promotora da exclusao em todos termos. Resumimdo. COMEM ETRE ELESSee Translation
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo Livre Pensador, de facto as imposições eram feitas mas do nosso lado era só cumprir, esquecendo o estado como um todo. Se os outros sectores iniciarem seus processos reivindicativos isto se torna numa Guiné Bissau!See Translation
  • Nelson Mazibe sofrendo na pela , mesma categoria mesma funçãa instituição diferente uns recebem mais em relação aos outros. fundamento?! capacidade do dirigente negociar , como o meumnao tem tou tramado...
  • Stiven Ferrao Caro Ivan Amade.tenho a dizer apenas que os teus argumentos são muito simplista.Elabora um pouco mais!See Translation
  • Rildo Rafael Caro Ivan Amade! Tudo bem! Acho que o Egídio não crítica a desigualdade salarial mas sim procura compreender quais são os critérios que definem a tabela salarial na função pública? Formação académica, experiência profissional, produção e ou produtividade do cada sector? Ivan Amade! Imagina se todos nós tivermos a questão da sorte que tanto defendes estava tramada! Em políticas públicas não se faz apelo a sorte como o Ivan pretende. Exemplo: ATM não produz! Eles recolhem! Quem produz somos nós todos. Ninguém nasceu com salário alto na função pública! A redistribuição equitativa deste salário deve ser muito clara e bem definida, sobretudo na função pública para não criar equívocos! Com o teu argumento corremos o risco de criar “filhos de Abel e filhos de Caim”. O exercício que Ivan deve fazer é imergir para a compressão das políticas e estratégias onde assenta a justificação do salário na função pública e não apelar a factor sorte na sua análise. O Egídio procura fazer a contextualização da génese da diferenciação salarial em Moçambique! Acho importante fazer esta leitura para se poder fazer paralelismo com outros demais sectores da função pública.
    Como afirma Lazaro Mabunda no seu artigo no jornal o “O País” “ (…) O argumento de que determinada classe profissional ou sector é mais produtiva (metem mais dinheiro) ao Estado do que a outra, por isso, mereça melhor salário, não me parece uma justificação convincente, nem argumento lógico. Os magistrados têm melhores salários neste país, mas não são tão produtivos à semelhança dos médicos. Para mim, a produtividade do sector não pode ser usado como critério, porque, para esses sectores serem produtivos, precisam de outros sectores como o de saúde, assim como o da educação, segurança, etc. O que quero defender é que a produção e a produtividade não podem ser critérios, justamente porque há sectores que não metem dinheiro no Estado, mas garantem a estabilidade do sistema social e político. Os médicos, a Polícia, os militares, os enfermeiros, os tribunais, entre outros sectores são tão importantes quanto as autoridades bancárias e tributárias. Sem os médicos, sem a polícia sem os militares e sem os tribunais, sem os professores, as autoridades tributárias, bancárias, entre outras, que são bem compensadas, não podem funcionar devidamente. Essas autoridades precisam de outros sectores para funcionarem (…)” (Lazaro Mabuda, (http://www.opais.co.mz/index.php/opiniao/86-lazaro-mabunda/23742-os-medicos-e-os-agitadores-profissionais.html)
    Imagina que o Estado comece a fazer uso do factor sorte para a justificação da diferenciação salarial na função pública! Melhor optar por uma justificação criteriosa que tome em conta as políticas públicas e as estratégias definidas.
    E em outro momento Lazaro Mabunda Afirma que “(…) Pareceu-me que o Governo se esquece de que o Estado é um sistema, daí o seu funcionamento pleno depender do funcionamento pleno de todo ele, não de apenas um ou poucos sectores. O que o Estado deve fazer é moralizar todos os sectores para o bom funcionamento de um todo, não os discriminar em função do contributo financeiro do sector para o Estado (...) (Mabunda (http://www.opais.co.mz/index.php/opiniao/86-lazaro-mabunda/23742-os-medicos-e-os-agitadores-profissionais.html).
    Um abraço!
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  • Ivan Roberto A greve dos medicos é a face visivel do problema e o Governo tem de aumentar salario para toda funxao publica e nao somente para este grupo, todos os sectores sao importantes para o Estado funcionar.See Translation
  • Edgar Kamikaze Barroso O Ivan Amade trabalha no Banco, hehehheheheheheheh...See Translation
  • Edgar Kamikaze Barroso Ele vai dizer sozinho, hehehehehehheheh...See Translation
  • Bayano Valy hehehe sabem, em algum momento devemos começar a declarar possíveis conflitos de interesse quando entramos num debate sob risco de sermos mal percebidos....See Translation
  • Emmy Senda Penso que o Governo não tem que se concentrar em aumentar salários mas em reformular todo o sistema financeiro precário que temos, desde o mecanismo fiscal ao de redistribição da renda. O Governo tem que dinamizar o sector privado para alimentar a nossa economia, de forma a termos mais instituições privadas no processo de produção, que empregarão mais pessoas e que, per si, garantirão uma contribuição fiscal sustentável ao Estado, tanto por via do imposto empresarial como do individual. Assim, o Estado terá capacidade suficiente para manter a sua estrutura, que na verdade deve ser de suporte e que não confundamos com produtivo. Contudo, o problema real é nosso, de alguns com capacidade de liderança mas que n sabem ser governamentáveis e de outros que não sabem escolher os seus governantes.See Translation
  • Bayano Valy não percebi Emmy Senda. enquanto não se dinamiza o sector privado vai se fazendo o quê mesmo?See Translation
  • Emmy Senda Se optarmos em fazer intervenções tópicas entraremos num sistema de caos em que todos os sectores se acharão injustiçados e com as mesmas necessidades que os outros. Aqui a questão é de um sistema de injustiças e não de uma injustiça localizada só aos médicos. Provavelmente o sistema de caos já deve ter iniciadoSee Translation
  • Edgar Kamikaze Barroso Bayano Valy: "em algum momento devemos começar a declarar possíveis conflitos de interesse quando entramos num debate sob risco de sermos mal percebidos."

    Kakakakkakakkakakakakakkakakakakakkakakakkakakakakakakakakah...
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  • Bayano Valy então Emmy Senda, achas que não se deve fazer nada para resolver o problema dos médicos? temos que esperar até quando?See Translation
  • Edgar Kamikaze Barroso Antonio Sousa, gostaria muito de ver a tua opinião sobre este assunto. Tu és da área. See Translation
  • Emmy Senda Penso que é possível encontrar-se soluções que possam mudar o cenário de injustiça de que os médicos sofrem, melhorando algumas condições que possam aliviar essa precariedade e que possam dar alguma garantia para dar lugar a essas mudanças sustentáveisSee Translation
  • Rui Purrula O governante que tomar a iniciativa de reformular os salários, tendo em vista a adequação a realidade do país, será um herói para os descontentes e os mais se ressentem com este problema e, na mesma senda, será muito vaiado e, quem sabe, marginalizado pelos seus camaradas. Sabemos que em países como nossos os salários são coisas muitos sensíveis quando se trata da sua redução. Chamaria também o exemplo de Portugal nesse capítulo dos cortes e reduções salariais.See Translation
  • Juma Aíuba Bom artigo, caro Egídio. Ao senhor Ivan Amade pouco a dizer. Infelizmente, há pessoas que pensam que estão onde estão porque são melhores que as outras que estão em baixo. Infelizmente, mesmo!See Translation
  • Bayano Valy podes sugerir algumas dessas soluções Emmy?See Translation
  • Jose Zibias Sem comentários Sr. Ivan Amade... a que rever urgentemente a politica salarial para todos os funcionários da função publica, concordo plenamente com as brilhantes observações do Egidio Guilherme Vaz Raposo!See Translation
  • Emmy Senda O nosso problema é que tanto o Governo como as entidades fiscalizadoras da governação são personalizadas e não institucionalizadas, têm sempre características do indivíduo que lidera. Por essa razão nunca conseguimos superar determinados problemas básicos. Portanto, o mais sensato seria abrir um debate entre a classe médica, Governo e entidades da sociedade civil para buscar soluçõe tópicas viãveis e sustentáveis. Se eu propusesse alguma solução estaria a personalizar as coisas, seria a ideia de Emmy Senda e não de parte da sociedade civil.See Translation
  • Bayano Valy "O nosso problema é que tanto o Governo como as entidades fiscalizadoras da governação são personalizadas e não institucionalizadas, têm sempre características do indivíduo que lidera." Emmy acho que este é o sumário de uma passagem do que o Egidio escreveu. identificado um dos problemas....

    mas hoje estamos no oitavo dia, creio, da greve e ainda nada se fez. de que sociedade civil falas? essa toda supina e desdentada? que o governo pague os médicos
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  • Chacate Joaquim Egidio Guilherme Vaz Raposo, Yshiiiii... Finalmente dos criticos deste Pais alguem aparece a criticar o XIBALO na funçao Publica!!! Bayano Valy o que esta a acontecer no nosso pais 'e inaceitavel, o povo ha muito ja devia mandar o Governo resolver este problema o mais urgente possivel. Ninguem contesta o jogo do Governo? Os trabalhadores da Fuçao Publica ve impavidamente os seus direitos laborais a serem beliscados, num pais que se bateu com o Salazar para Libertar a Terra e Homem mas uma parte de nos continua explorado a elite impoe tudo neste sector!!!See Translation
  • Emmy Senda Sem dúvidas Bayano que é preciso fazer algo que melhore a satisfação dos médicos. Na sua opinião pagar. Mas a reivindicação que está a ser feita não é somente salarial, mas de um conjunto de condições que dignificariam o seu trabalho. Resolver imediatamente só isso não vai necessariamente mudar todo um conjunto de necessidades, como a situação de trabalharem 3 turnos consecutivos (nem que paguem esses turnos a qualidade de serviço continuará comprometida), o facto de não terem certas condições básicas de trabalho (material de trabalho, sobretudo nos distritos) e outras. Isso vai resolver por um tempo minúsculo o problema dos médicos, mas não o seu fundo. Como dizia no princípio, a concentração deve ser na mudança estrutural do nosso sistema financeiro e de redistribuição da renda, porque se a situação continua assim o encadeamento de greves como estas será efémero e cíclico.See Translation
  • Aguinaldo Mariano Bravo.Ja ha um tempo que aguardava um reves do egidio apos ultima publicacao corelacao as reivindicoes dos medicos que culminou em greve.Alias,se hoje procura culpados percebe-se que alguma luta tinha que haver.E luta eh luta egidio,guerra eh guerra..See Translation
  • Bayano Valy eu penso que no mínimo pagassem os médicos, deixavam de lado (por ora) a questão de outras condições, EmmySee Translation
  • Emmy Senda Desde que esses aspectos e toda a reflexão para a mudança estrutural do nosso sistema não entrem na gaveta, porque depois emergirão os professores e depois o pessoal do tesouro (que todo mundo erroneamente pensa que ganha bem como os da AT e BM) e tantos outros da Função PúblicaSee Translation
  • Livre Pensador Outra coisa, estou com a sensacao que, caso a AMM aceitasse os termos do Governo - i.e. aumentos miseraveis dos salarios - esta polemica desapareceria instantaneamente do Facebook...
  • Emmy Senda Com toda certeza Livre Pensador, ningém comenta nada sobre onde não há discórdia.See Translation
  • Livre Pensador Ou seja, em nome da paz social, que sejamos todos igualitariamente miseraveis. Sendo assim, porque nao se propoe a diminuicao dos salarios da AT, BM e magistradura para assim podermos "nivelar" por baixo? Acho que todos os "caranguejos" viveriam felizes para sempre!
  • Emmy Senda Infelizmente a lei não prevê isso, corte de salários. Porém, corte de subsídios e regalias é bem possível. Mas será provável. Que se provoque a discussão.See Translation
  • Livre Pensador As leis modificam-se, para isso que e existem maiorias parlamentares...
  • Mazoio Luis Os funcionarios. Publicos sempre pensaram k o estado lhes fazia um favor empregando os num pais com milhoes de desempregados cada vez mais qualificados.resultado: 2-nunca ninguem de forma veemente exigiu a sindicalizacao da funcao publica.2-nunca ninguem de forma aberta questionou as desigualdades salariais entre os funcionarios dos diferentes sectores.3-no ambito de alguns chefes confudirem reivindicacao com oposicao (renamo) os trabalhadores do estados so se lembram de reividicar direitos na barraca ou no churrasco entre familia de confianca.por isso chegaram aki onde estao hoje:bajuladores,sem sindicato,sem direito a greve e infinita e eternamente agradecidos pelo pouco k o estado da.See Translation
  • Livre Pensador Ora ai esta sr. Mazoio Luis. Talvez mudem de opiniao quando o Estado for definitivamente terceirizado com PPPs...
  • João Guilherme Hummmm Livre Pensador, diminuir os salarios da magistratura?restaria uma miseria mais do que ja e.As magistraturas so recebem um salario elevado como se diz, porque os outros nao recem quase nada.Na verdade, os magistrados tem muitas regalias, mas so no estatuto e so ai, so nao reivindicam por uma razao que nao te vou dizer aqui ou se calhar esperam pela regulacao do direito a greve ka ka ka ka ka ka ka....See Translation
  • Livre Pensador Na verdade, eu queria ver aqui mais abstracao, do que emocao na analise do Egidio Guilherme Vaz Raposo e dos demais. Como diria o ditado, no capitalismo, existe distribuicao desigual da riqueza. E no socialismo, existe a distribuicao equitativa das miserias. O que li aqui, e tao somente um revivalismo dos manuais socialistas, que ja experimentamos e cuja ineficiencia nao duvidamos. Logo, nao e solucao. Mas como somos academicos, temos a prerrogativa das abordagens teoricas, facamos um exercicio abstracto da baixa de salarios para um nivel equitativo de miserias, para termos o cenario de partida. E depois, vamos escalpelizar, sector por sector. Por exemplo, oico falar aqui da Autoridade Tributária AT, mas talvez nao se saiba que o vencimento desta e variavel e de acordo com o merito, se bem que nem sempre esse "merito" seja criterioso. Mas isso, nunca aconteceu no BM e nem na magistratura. Por exemplo, algum juiz/procurador recebe mais ou menos em funcao do numero de julgamentos/processos que despacha por mes? Por ultimo, voltando a Autoridade Tributaria, a cada ano, as metas de arrecadacao sao elevadas e os seus funcionarios orientados para cumpri-la, pois se nao o fizerem, os salarios poderao ser revistos pela tutela. Bem diferente do resto da Funcao Publica, nao e? Agora, ainda no campo das hipoteses, imagine impor isto a certos ministerios - bem conhecidos pelo seu abstensionismo? Olhe, o da Educacao, por exemplo? Reflictamos.
  • Antonio A. S. Kawaria Tudo isso eu não sabia, caro Egidio Guilherme Vaz Raposo e agradeco-o pela informacão.See Translation
  • Ivan Amade Caros, quando deixamos de discutir a "discussão" e queremos discutir o "discutidor", só criamos mais discussão. simples, eu disse: Bom artigo, mas vamos ao facto do artigo: o que é que o ilustre Egidio critica ou protesta? 1. Desigualdade salarial? - isso por se só não deve constituir problema...cada um com a sua sorte e seu trabalho! 2. Salário e regalias altas? - mas uma vez esse por se só esse não deve ser problema, se eles trabalham e trazem frutos ao Pais porque não bons benefícios.... 3. Salários Baixos e falta de regalias? - se todos tivermos salários altos Já imaginou o efeito económico disso?..................alguém aqui quer discutir a discussão ou o discutidor? abraçosSee Translation
  • Livre Pensador Eu é que não sei o que você deseja discutir. Se a discussão, se o discutidor ou se você próprio. Coloque-se na pele de um ministro das finanças a quem é dito que todos os funcionários, em função do seu diploma, passam a receber por igual. Mas para tal, todos os salários devem ser baixados até ao escalão mais baixo de cada categoria. Vamos, pegue na calculadora e apresente os seus "resultados económicos". Depois, apresente os seus "impactos sociais e outros". E no final, diga-nos a que conclusão chegou.
  • Ivan Amade Livre Pensador, kakakakak......kakakaaaa, se eu fosse ministro das finanças primeiro resolveria todos os meus "pobremas" , depois os "pobremas" da MINHA família alargada, depois dos amigos, depois meus amigos virtuais, depois meus camaradas do partido, etc.... e o Povo, o funcionários público, só se em último! Quem manda eles me votarem? Isto é, quem lhes disse para votarem no meu partido!?See Translation
  • Livre Pensador Que belas amizades que você tem Egidio Guilherme Vaz Raposo. Vou postar a sua carta no Marcação Cerrada para aprofundarmos esta questão. Abraço.
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5 comentários:

Anónimo disse...

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