Fontes de inteligência norte-americanas citadas pela NBC confirmaram a notícia, sem dar detalhes
Hamza bin Laden, filho do terrorista Osama bin Laden e considerado uma figura chave da Al Qaeda, está morto, disseram fontes do Governo norte-americano na quarta-feira a vários meios de comunicação dos EUA, sem esclarecer quando e como isso ocorreu. Em fevereiro, Washington ofereceu uma recompensa de até um milhão de dólares (3,8 milhões de reais) a quem fornecesse informações sobre seu paradeiro, alegando que em várias ocasiões ele ameaçou uma vingança contra os Estados Unidos pela morte de seu pai, mentor dos atentados de 11 de setembro de 2001.
Segundo o jornal The New York Times, a operação teve lugar em algum momento durante os dois primeiros anos da Administração Trump (de janeiro de 2017 a janeiro de 2019), ou seja, antes da oferta da recompensa. As fontes não identificadas acrescentam também que os EUA tiveram um papel não especificado nesse assassinato.
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Forças especiais norte-americanos mataram Osama bin Laden em 2011 no Paquistão. Seu filho Hamza, que hoje teria 30 anos, seguiu os passos de seu pai no grupo terrorista fundado pelo militante saudita em 1988 para lutar então contra a presença soviética no Afeganistão. Ele conviveu com o pai até a época do 11 de Setembro, preparando-se para quando chegasse o momento de assumir o leme da Al Qaeda. Era o 15º filho de Bin Laden, mas também seu predileto, como revela o fato de que pessoas próximas se dirigiam a ele como Abu Hamza (pai de Hamza), honra normalmente reservada ao primogênito.
A emissora NBC, primeira a dar a notícia, informou no começo da tarde que os serviços de inteligência norte-americanos tinham dados sobre a morte do jovem, e mais tarde fontes do Governo a confirmaram, embora sem fornecer mais detalhes. Questionado sobre o assunto, Trump, normalmente falastrão, mostrou-se muito sucinto: “Não quero fazer comentários a respeito”, declarou duas vezes.
A Arábia Saudita tinha cassado a cidadania de Hamza neste ano, depois da oferta de recompensa por parte dos EUA. Não se sabe qual foi seu paradeiro nos últimos anos, mas alguns especialistas em terrorismo islâmico o colocavam à frente do grupo Ansar al Furqan (“Partidários do Critério”), atraindo jihadistas para a Síria. A CIA já matou outros filhos do Bin Laden: Saad, em 2009, e Khalid, em 2011.
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