segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Mulher que tentou raptar bebé terá vigiado o hospital. “Queria um menino ou uma menina”, disse à PSP


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A mulher que terá tentado raptar uma bebé no sábado terá vigiado as rotinas do Hospital de S.João nos dias anteriores. Ouvida pela PSP, deu poucas justificações. Avó descreveu momento.
Mulher não chegou a tentar sair com a bebé do hospital, passou-a para as mãos de um primo da criança antes de sair do quarto
JAM/LUSA
A mulher que terá tentado raptar uma bebé no último sábado no Hospital de S. João, no Porto, foi parca em palavras quando foi ouvida pela PSP, como já escreveu o Observador. Mas segundo o Jornal de Notícias, nesse mesmo interrogatório, a mulher terá feito um desabafo: “Queria um menino ou uma menina“. A frase dá força à tese de tentativa de rapto e a investigação, que segundo o mesmo diário, acredita que a mulher vigiou o hospital nos dias anteriores para preparar a melhor altura para o rapto.
No momento em que a mulher tentou levar o bebé estavam vários familiares na sala. A avó da bebé, ouvida pelo Jornal de Notícias e pelo Correio da Manhã, conta que a alegada raptora começou por dizer que a bebé “era muito linda e perguntou se lhe podia pegar”. A avó, de acordo com o mesmo relato, “achava que a nora a conhecia” a mulher e acedeu ao pedido. “Na minha educação, dei-lhe a menina para o colo“, disse a avó da criança.
A mulher esteve uns minutos com a bebé ao colo na conversa com a avó, mas quando entrou o pai da criança entrou no quarto acompanhado de outros familiares a alegada raptora ficou perdida. Começou a justificar-se e a dizer que era médica e andava a fazer uma visita pelos doentes, mas rapidamente colocou a bebé nos braços de um primo mais velho da criança. De seguido, pegou numa mochila e num casaco que tinha pousado e saiu do quarto. O pai, que já estranhara a presença daquela “médica”, alertou a segurança do hospital, que a seguiu e não a deixou sair do hospital. A raptora acabou detida. “Foi um grande susto“, desabafou a avó da bebé também em declarações ao Jornal de Notícias.
Há ainda algumas dúvidas sobre as motivações da mulher e sobre os níveis de segurança (há dúvidas sobre se a bebé teria ou não uma pulseira eletrónica, por exemplo). A investigação prossegue.

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