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A Constituição da República reconhece no artigo 74º a importância dos partidos políticos ao referir no número 1 do mesmo artigo que: os partidos políticos expressam o pluralismo político, concorrem para a formação e manifestação da vontade popular e são instrumento fundamental para a participação democrática dos cidadãos na governação do país.
A mesma Constituição, no artigo seguinte-75º diz muito mais: Na sua formação e na realização dos seus objectivos os partidos políticos devem, entre outras (i) defender os interesses nacionais, (ii) contribuir para a formação da opinião pública, em particular sobre a grandes questões do país (isto não pode ser, de forma nenhuma confundido com desinformação/contra-informação que andam a fazer por via da comunicação social que vive dos nossos sacrificados impostos), (iii) reforçar o espírito patriótico dos cidadãos e a consolidação da Nação moçambicana.
Ora, lendo a Constituição da República vemos claramente que a Frelimo tem responsabilidade de defender os interesses do país em primeiro lugar, o que implica que deverá tomar medidas contra todos aqueles integrantes das suas fileiras que contrariam estes deveres. Ao longo dos anos, depois da morte de Samora Machel, quantos criminosos de colarinho branco foram protegidos? Quantos foram responsabilizados de facto pelos seus crimes? Quando é que a Frelimo, enquanto partido político veio publicamente dizer que se distanciava dos que defraudaram o antigo Banco Austral? Quando é que a Frelimo se distanciou do Ministro que andou a exigir pagamentos ilícitos dos Aeroportos? Quando é que a Frelimo se distanciou do rombo nos aeroportos? Quando é que se distanciou dos rombos no CPD? O rombo com alguma pitada a Hollywood no FDA? Dos rombos em várias empresas públicas? Quantos envolvidos nesses casos foram suspensos e/ou expulsos do partido? Nunca ouvi nada.
No caso das dívidas, que é a gota de água, os 144 deputados da Bancada Parlamentar da Frelimo votaram a favor da sua legalização por via da integração na Conta Geral do Estado. Como puderam tomar tal decisão estas individualidades que, formalmente, representam os mais de 28 milhões de moçambicanos, mesmo sabendo que o orgão soberano que eles integram/compõem foi ignorado, numa clara violação aos princípios de separação e interdependência de poderes, consagrados no artigo 134 da Constituição da República, no processo de contratação da dívida? E no processo de aprovação da legalização da ilegalidade, ouvimos os membros da Frelimo na AR fazerem ovações ao Governo por ter cometido tal ilegalidade. Lembrando que estas pessoas se guiam pela famigerada Disciplina Partidária e não pelo patriotismo/interesse público/sentido de estado, ou seja em primeiro lugar defender os interesses do seu partido.
No post anterior, eu questionava onde estão as reservas morais da Frelimo, algumas das quais o Sr Mavie cita numa publicação na qual problematiza o meu posicionamento sobre a culpabilização da Frelimo sobre o caos ético-moral em que o país está envolto, que exacerba o ambiente para a corrupção. Sei que algumas dessas pessoas estão resignadas, porque são literalmente ignoradas, mas isso não basta. Com o seu legado, as utopias que criaram e fizeram os nossos pais acreditarem e engajarem-se para lutar por este país, muitos dos quais abriram mão dos seus sonhos para viabilizar o projecto de construção do país, não podem simplesmente resignar-se. Devem distanciar-se dos criminosos que tomaram de assalto o vosso partido que Governa este país desde a independência e, porque o vosso partido controla o aparato estatal, eles assaltaram todo o Estado, também. São criminosos de toda a natureza, que basta soltarem umas moedinhas, tornam-se privilegiados e com poder, até, para mandar demolir residência do humilde e trabalhador cidadão, tendo a Polícia a proteger os seus interesses e a Procuradoria a abster-se, porque elegadamente são graúdos/ gente grande. Isso não pode ser!
Quando num país, que se considera Estado de Direito Democrático, existem os intocáveis, os graúdos que amedrontam advogados, procuradores, juízes, o que esperam? A culpa de quem é?
Não me vou alongar mais. Entretanto, gostaria de sublinhar que o exemplo vem de cima, de quem tem autoridade. Este já não é o tempo de façam o que eu digo, o exemplo fala mais que milhões de palavras. Que exemplos temos estado a mostrar à sociedade? Que não precisa trabalhar-faça uma grande bolada, assegure, epenas, que não seja apanhado e se for oh... o problema é seu. Cuidado do Chang, foi apanhado! Não, temos de mostrar que o trabalho dá dignidade, que roubar é mau e ninguém vai proteger ladrões e muito menos de colarinho branco-a China os combate da pior forma e somos familiares com o método- embora discorde dele. É justo criar um ambiente em que cada um possa emprestar o seu talento, saber e tudo que puder para gerar riqueza lícita para si e para o país, e sem andar a dever favores a ninguém.
Temos uma longa marcha no processo de reconstrução deste país. Vamos começar agora por cortar as folhas tortas da árvore? Vamos alinhar o tronco com exemplo para que as suas ramificações sejam de normalização da sociedade. Essas ramificações gerarão filhas íntegras. Os frutos, oh serão o trabalho, o compromisso de cada um de nós pelo progresso deste país, fundado na integridade e interesse público. Estes frutos são suculentos. O adubo é o sacrifício de todos. A árvore pode, ainda, dar uma sombra que permita que ninguém tenha falta de comida em casa e, de bacela, virá aquela frescura que tanto precisamos nesta nossa terra bastante tropical: a paz.
Se a Frelimo não é partido político, multipliquem por zero tudo que disse neste post e no outro, eu me redimo e peço desculpas aos seus membros e simpatizantes!
A Constituição da República reconhece no artigo 74º a importância dos partidos políticos ao referir no número 1 do mesmo artigo que: os partidos políticos expressam o pluralismo político, concorrem para a formação e manifestação da vontade popular e são instrumento fundamental para a participação democrática dos cidadãos na governação do país.
A mesma Constituição, no artigo seguinte-75º diz muito mais: Na sua formação e na realização dos seus objectivos os partidos políticos devem, entre outras (i) defender os interesses nacionais, (ii) contribuir para a formação da opinião pública, em particular sobre a grandes questões do país (isto não pode ser, de forma nenhuma confundido com desinformação/contra-informação que andam a fazer por via da comunicação social que vive dos nossos sacrificados impostos), (iii) reforçar o espírito patriótico dos cidadãos e a consolidação da Nação moçambicana.
Ora, lendo a Constituição da República vemos claramente que a Frelimo tem responsabilidade de defender os interesses do país em primeiro lugar, o que implica que deverá tomar medidas contra todos aqueles integrantes das suas fileiras que contrariam estes deveres. Ao longo dos anos, depois da morte de Samora Machel, quantos criminosos de colarinho branco foram protegidos? Quantos foram responsabilizados de facto pelos seus crimes? Quando é que a Frelimo, enquanto partido político veio publicamente dizer que se distanciava dos que defraudaram o antigo Banco Austral? Quando é que a Frelimo se distanciou do Ministro que andou a exigir pagamentos ilícitos dos Aeroportos? Quando é que a Frelimo se distanciou do rombo nos aeroportos? Quando é que se distanciou dos rombos no CPD? O rombo com alguma pitada a Hollywood no FDA? Dos rombos em várias empresas públicas? Quantos envolvidos nesses casos foram suspensos e/ou expulsos do partido? Nunca ouvi nada.
No caso das dívidas, que é a gota de água, os 144 deputados da Bancada Parlamentar da Frelimo votaram a favor da sua legalização por via da integração na Conta Geral do Estado. Como puderam tomar tal decisão estas individualidades que, formalmente, representam os mais de 28 milhões de moçambicanos, mesmo sabendo que o orgão soberano que eles integram/compõem foi ignorado, numa clara violação aos princípios de separação e interdependência de poderes, consagrados no artigo 134 da Constituição da República, no processo de contratação da dívida? E no processo de aprovação da legalização da ilegalidade, ouvimos os membros da Frelimo na AR fazerem ovações ao Governo por ter cometido tal ilegalidade. Lembrando que estas pessoas se guiam pela famigerada Disciplina Partidária e não pelo patriotismo/interesse público/sentido de estado, ou seja em primeiro lugar defender os interesses do seu partido.
No post anterior, eu questionava onde estão as reservas morais da Frelimo, algumas das quais o Sr Mavie cita numa publicação na qual problematiza o meu posicionamento sobre a culpabilização da Frelimo sobre o caos ético-moral em que o país está envolto, que exacerba o ambiente para a corrupção. Sei que algumas dessas pessoas estão resignadas, porque são literalmente ignoradas, mas isso não basta. Com o seu legado, as utopias que criaram e fizeram os nossos pais acreditarem e engajarem-se para lutar por este país, muitos dos quais abriram mão dos seus sonhos para viabilizar o projecto de construção do país, não podem simplesmente resignar-se. Devem distanciar-se dos criminosos que tomaram de assalto o vosso partido que Governa este país desde a independência e, porque o vosso partido controla o aparato estatal, eles assaltaram todo o Estado, também. São criminosos de toda a natureza, que basta soltarem umas moedinhas, tornam-se privilegiados e com poder, até, para mandar demolir residência do humilde e trabalhador cidadão, tendo a Polícia a proteger os seus interesses e a Procuradoria a abster-se, porque elegadamente são graúdos/ gente grande. Isso não pode ser!
Quando num país, que se considera Estado de Direito Democrático, existem os intocáveis, os graúdos que amedrontam advogados, procuradores, juízes, o que esperam? A culpa de quem é?
Não me vou alongar mais. Entretanto, gostaria de sublinhar que o exemplo vem de cima, de quem tem autoridade. Este já não é o tempo de façam o que eu digo, o exemplo fala mais que milhões de palavras. Que exemplos temos estado a mostrar à sociedade? Que não precisa trabalhar-faça uma grande bolada, assegure, epenas, que não seja apanhado e se for oh... o problema é seu. Cuidado do Chang, foi apanhado! Não, temos de mostrar que o trabalho dá dignidade, que roubar é mau e ninguém vai proteger ladrões e muito menos de colarinho branco-a China os combate da pior forma e somos familiares com o método- embora discorde dele. É justo criar um ambiente em que cada um possa emprestar o seu talento, saber e tudo que puder para gerar riqueza lícita para si e para o país, e sem andar a dever favores a ninguém.
Temos uma longa marcha no processo de reconstrução deste país. Vamos começar agora por cortar as folhas tortas da árvore? Vamos alinhar o tronco com exemplo para que as suas ramificações sejam de normalização da sociedade. Essas ramificações gerarão filhas íntegras. Os frutos, oh serão o trabalho, o compromisso de cada um de nós pelo progresso deste país, fundado na integridade e interesse público. Estes frutos são suculentos. O adubo é o sacrifício de todos. A árvore pode, ainda, dar uma sombra que permita que ninguém tenha falta de comida em casa e, de bacela, virá aquela frescura que tanto precisamos nesta nossa terra bastante tropical: a paz.
Se a Frelimo não é partido político, multipliquem por zero tudo que disse neste post e no outro, eu me redimo e peço desculpas aos seus membros e simpatizantes!
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