quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Eleições intercalares. Senado republicano, Câmara dos Representantes democrata - como aconteceu

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

Eleições intercalares. Senado republicano, Câmara dos Representantes democrata - como aconteceu

Projeções confirmam as sondagens das últimas semanas: o Partido Republicano mantém a maioria do Senado, mas perde a liderança na Câmara dos Representantes para o Partido Democrata.
Assembleia de voto no estado do Maryland, um dos 50 onde se elegem novos representantes esta terça-feira
AFP/Getty Images
Histórico de Atualizações
  • Com alguns votos ainda por contar, mas com as respetivas maiorias asseguradas — democrata na Câmara e republicana no Senado —, deixamos aqui as contas neste preciso momento e fazemos um pequeno balanço destes resultados eleitorais.
    Na Câmara dos Representantes, os democratas têm neste momento 220 lugares assegurados, dois acima do necessário para ter maioria na câmara baixa. A vitória representa, para já, uma subida de 27 lugares para o Partido, que podem ainda aumentar (há 18 lugares ainda por apurar). Os republicanos têm atualmente 195 representantes.
    No Senado, as contas estão nos 51 lugares para os republicanos, o que significa que têm pelo menos uma diferença de um senador que lhes garante a maioria e essa diferença deve aumentar. Os democratas estão nos 46 lugares e faltam apurar apenas três. Os democratas perderam pelo menos dois lugares e podem perder mais — no Arizona, por exemplo, a republicana Martha McSally está à frente por 1% quando estão 99% dos votos contados.
    Mais congressista menos congressista, certo é que o controlo das duas câmaras já está claramente definido. Os norte-americanos falaram e preferiram uma mudança na câmara baixa — mas não só permitiram aos republicanos manter o controlo do Senado, como os presentearam com uma subida no número de senadores.
    O acompanhamento do Observador destas eleições intercalares fica por aqui. Muito obrigada por ter estado connosco.
  • Donald Trump considera-se responsável por vitória republicana no Senado. “Dos 11 candidatos por quem fizemos campanha, 9 ganharam”, resume

    O Presidente Donald Trump reagiu esta tarde oficialmente aos resultados das eleições intercalares numa conferência de imprensa recheada de apelos ao bipartidarismo, mas pontuada por ameaças de não colaboração caso os democratas avançem com uma investigação sobre o alegado conluio russo. Confrontado com a possibilidade, o Presidente não só se irritou como protagonizou um momento de alta tensão com o repórter da CNN.
    Pode ler aqui o relato desta conferência, que durou mais de uma hora.
  • Barack Obama diz que "mudança não vem numa eleição só. Mas começou agora"

    O ex-presidente dos EUA Barack Obama emitiu um comunicado a congratular os eleitores que foram às urnas esta terça-feira em “número recorde”. Segundo Obama, “a mudança que precisamos não vem com uma eleição apenas — mas é um começo”. “Na noite passada, votantes de todo o país começaram essa mudança”, escreveu.
  • A ameaça de Trump aos democratas na Câmara dos Representantes

    Donald Trump acordou cedo e, como de costume, foi ao Twitter reproduzir o seu estado de alma. Desta vez o alvo foram os democratas que reconquistaram a maioria na Câmara dos Representantes. A eles, Trump diz que “não pensem que vão gastar dinheiro dos contribuintes a investigar” a administração da Casa Branca. Caso o façam, Trump responderá na mesma moeda: “Seremos forçados a considerar investigar-vos, ao nível do Senado, pela divulgação de informação classificada e muito mais”.
    “Dois podem jogar o mesmo jogo”, termina.
  • Trump volta ao Twitter para festejar "Grande Vitória"

    Todos festejam vitória: os democratas por terem recuperado a maioria na câmara baixa, embora sem uma margem tão grande como a que gostariam, e os republicanos por terem reforçado a maioria que já tinham na câmara alta, o Senado. Na última hora, Donald Trump voltou ao Twitter para festejar aquilo que diz ter sido uma “Grande Vitória”.
    Para aqueles que não nos deram o devido crédito nestas eleições intercalares, Trump pede que se lembrem apenas de duas palavras “Fake News” (notícias falsas).
    Àqueles que trabalharam com Donald Trump na campanha eleitoral para as intercalares, “defendendo as nossas políticas e princípios”, Trump diz que “estiverem muito bem”. Aos outros, os que não estiveram com ele, “digam adeus!”. “Ontem foi uma Grande Vitória, e tudo debaixo da pressão de meios de comunicação social hóstis”, escreve.
    Trump diz ainda que recebeu muitas congratulações pela “Grande Vitória” da noite passada, incluindo de nações estrangeiras (e amigas). E anuncia que dará uma conferência de imprensa na Casa Branca pelas 11h30 (16h30 em Lisboa).
  • Georgia em vias de ir a uma segunda volta em dezembro

    Entretanto, na Georgia, onde a vitória do republicano Brian Kemp é dada como certa, a democrata Stacey Abrams continua a recusar conceder. Abrams exigie a recontagem de todos os votos, depois de ter havido vários problemas com as urnas e uma vez que a votação aparece bastante renhida: 50,5% contra 48,6%. Se os resultados de Kemp ficarem abaixo dos 50% poderá ser pedida uma nova votação naquele estado.
    A Georgia, juntamente com a Florida e o Texas eram os estados norte-americanos onde os democratas mais fichas apostavam. Isto porque era nesses três estados que corriam as principais três estrelas do partido democrata nesta eleição: Beto O’Rourke (para senador do Texas), Andrew Gillum (para governador da Florida) e Stacey Abrams (para governadora da Georgia). Os três foram derrotados.
  • No capítulo das análises, fomos ver o que dizem os editoriais dos principais jornais norte-americanos, apesar de terem ido para as gráficas antes de estar completa a contagem dos resultados. Do Washington Post ao New York Times, passando pelo Wall Street Journal, os editoriais concordam numa coisa: a prometida “onda azul” não foi um tsunami, mas se os democratas legislarem “sabiamente”, podem frustrar ambições de Trump. Ou podem mesmo ressuscitar alguns republicanos que não são da ala Trump e dividir o partido republicano por dentro.
    Leia aqui:
  • Governador do Nevada é o democrata Steve Sisolak

    Com os votos todos contados também no Nevada, está confirmado que o democrata Steve Sisolak vence a corrida para governador daquele estado contra o desafiador republicano, Adam Laxalt. Sisolak teve 49,78% dos votos, enquanto o republicano teve 45%.
    A última vez que o estado do Nevada foi governado por um democrata foi em 1999, com Bob Miller, pelo que os últimos três governadores foram sempre do partido republicano.
  • Câmara dos Representantes: depois das projeções, democratas garantem maioria com votos escrutinados

    Conforme já indicavam as projeções, os democratas já conseguiram o controlo da Câmara dos Representantes, chegando aos 218 congressistas necessários para ter a maioria.
  • Senado: democratas roubam senador no Nevada

    Aqui está um resultado em contra-ciclo: a candidata democrata no Nevada, Jacky Rosen, vence a corrida para o Senado, retirando assim o lugar ao seu adversário e atual senador, o republicano Dean Heller. Até agora, a maioria dos casos de estados que mudaram de um partido para o outro no Senado foram na direção oposta, com os republicanos a ficarem com lugares que até agora eram democratas — como aconteceu no Missouri, Dacota do Norte e Indiana.
    Ainda assim isto não é suficiente para travar a já certíssima vitória dos republicanos no Senado.
  • As primeiras vezes destas eleições: mulheres, gays, negros, muçulmanas...

    Estas eleições ficam marcadas por várias estreias, entre o primeiro governador abertamente gay e as primeiras congressistas nativo-americanas. Há também o recorde de congressista mais nova de sempre.
  • No Twitter, Trump cita antigo assessor de Nixon, que diz que o Presidente é um "homem mágico"

    Entretanto, Donald Trump voltou ao Twitter. E, desta vez, fê-lo para escrever mais alongadamente do que já o tinha feito no único tweet desta noite eleitoral até agora. Só que, na altura de escrever, preferiu citar o suposto comentário de Ben Stein, autor do livro “The Capitalist Code” e antigo escritor de discursos dos presidentes Richard Nixon e Gerald Ford.
    “Só houve 5 vezes nos últimos 105 anos em que um Presidente em funções ganhou lugares no Senado num ano que não é de eleições [presidenciais]. O senhor Trump tem magia. O tipo tem magia a saltar-lhe das orelhas. Ele é incrível a conseguir votos e a fazer campanhas. Os republicanos são incrivelmente sortudos por terem-nos ao seu lado e fico impressionado com o quão bem se deram. É tudo magia de Trump, Trump é o homem mágico. Incrível, ele consegue ter os media todos contra ele, atacam-no todos os dias, e depois saca estas vitórias enormes”, citou o Presidente.
    E momentos depois deste tweet, voltou a citar outro comentário a seu favor, desta vez de David Asman, apresentador da Fox News. A citação é esta: “Como é que os democratas respondem a isto? Pensemcomo a posição dele [de Donald Trump] comos republicanos melhora — todos os candidatos que ganharam hoje. Eles perceberam o quão importante ele é, por tudo o que ele fez na campanha por eles. Eles devem-lhe as suas carreiras políticas”. E o comentário de Trump a isto é simples mas direito: “Obrigado. Concordo!”.
  • Georgia: democrata Stacey Abrams não reconhece derrota e exige contagem até ao fim

    A democrata Stacey Abrams não reconheceu a derrota, exigindo uma contagem dos votos até ao fim, depois de ter havido vários problemas com as urnas e também acusações de supressão do direito ao voto de minorias. “Garanto-vos que vamos contar os votos até ao fim”, disse a candidata. “Numa nação civilizada, a maquinaria da democracia devia trabalhar para todos em todo lado e não apenas em certos sítios e num certo dia.”
    Ainda assim, houve partes do discurso de Stacey Abrams em que a derrota foi assumida, mesmo que só como possibilidade.”Hoje fechámos o espaço entre o ontem e o amanhã, mas ainda temos alguns quilómetros para avançar”, disse. “Isto é uma oportunidade para mostrarmos ao mundo quem somos. Porque na Geórgia os direitos civis sempre foram uma questão de vontade e uma batalha pelas nossas almas. E, porque temos lutado esta luta desde o seu começo, aprendemos uma verdade fundamental: a democracia só funcoina quantor trabalhamos por ela, quando lutamos por ela e quando a exigimos.”
  • Emenda anti-aborto aprovada no Alabama

    Além da composição do Congresso e dos governadores, os norte-americanos votaram também em emendas e alterações legislativas locais. Um dos resultados mais relevantes será a introdução de uma emenda anti-aborto na Constituição do estado do Alabama. Com 86% dos votos contados, é já certa a vitória do ‘sim’, com quase 60% dos votos, a um novo texto que reconhece e apoia os direitos e a santidade da vida do feto, sublinhando que a Constituição não prevê o direito ao aborto nem obriga a que ele seja financiado.
  • Nancy Pelosi, líder dos democratas na Câmara: "Iremos tentar o bipartidarismo"

    A líder dos democratas na Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, já reagiu aos resultados deste noite. Num discurso em Washington D.C., entrou ao som de Tina Turner (“Simply the Best”) e plantou-se no pódio com os dois netos debaixo dos braços. O discurso foi de quem reclama vitória, é certo, mas, talvez reconhecendo que sem o controlo do Senado qualquer oposição feroz está condenada à partida, estendeu a mão aos republicanos.
    “Graças a vocês, amanhã será um dia novo na América”, começou por dizer a democrata, dirigindo-se aos voluntários das várias campanhas democratas. “Queria também agradecer aos nossos dinâmicos candidatos que trouxeram a câmara de volta ao povo americano”, acrescentou.
    Daí para a frente, a candidata deixou claro que esta é uma vitória para os democratas, que irão assegurar os “pesos e contrapesos” do sistema, vigiando a presidência de Donald Trump. E depois deixou promessas: foco no Obamacare e no sistema de saúde, com “medidas sérias para controlar os preços dos medicamentos”; um programa de construção de infraestruturas profundas (uma promessa eleitoral de Trump que ainda não avançou); e um combate à corrupção, roubando o slogan ao Presidente de “esvaziar o pântano”.
    Depois de elencar três objetivos com margem para compromissos ao centro, Pelosi deixou claro que os democratas irão “tentar o bipartidarismo”. “Todos já tivemos que chegue de divisão. O povo americano quer paz, quer resultados”, declarou, prometendo “unidade para o país”.
  • Senado: republicano Josh Hawley rouba lugar aos democratas no Missouri

    A CNN acaba de projetar a vitória do republicano Josh Hawley no lugar de senador do Missouri. Este é um resultado particularmente importante porque quem sai derrotada é a atual senadora, a democrata Clair McCaskill.
  • Putin perde controlo da Câmara dos Representantes...

    … calma, calma. É uma piada do Borowitz Report, a rubrica de notícias satíricas da New Yorker. Ainda assim, tendo em conta o desfecho destas eleições, a possibilidade de uma influência russa não deverá ser tão discutida e alvo de queixas dos democratas como em 2016.
  • Kellyanne Conway desvaloriza perda da Câmara e aponta o dedos aos democratas na imigração

    A Casa Branca começa a reagir aos resultados. Agora foi a vez de Kellyanne Conway, principal conselheira de Donald Trump, que tentou valorizar a vitória no Senado e desvalorizar a perda do controlo na Câmara dos Representantes.
    “[Donald Trump] não repete a História, ele desafia-a. É bastante assinalável em termos históricos que, dois anos depois de ter feito História de uma maneira enorme, ter agora aumentado [o número de membros no] Senado”, disse Kellyanne Conway. Segundo a conselheira, o Presidente terá instado a sua equipa a garantir que o Senado se mantivesse republicano. “Temos de garantir o Senado. Queremos pessoas que votem por uma agenda que se concentre numa economia explosiva e em paz e prosperidade.”
    Sobre a Câmara dos Representantes, Kellyanne Conway oscilou entre o discurso de apelo ao bipartidismo e o da responsabilização dos democratas por decisões futuras.
    “Temos demonstrado que damos prioridade a temas onde conseguimos ter apoio dos democratas”, disse. “Ele [Donald Trump] provavelmente vai ter mais senadores do seu lado, mas talvez ganhe votos democratas, que ele acolhe sempre bem.”
    Depois, apontou o dedo aos democratas, sobretudo aos que retiraram lugares a republicanos, já por precaução. “Os congressistas democratas vão ter de perguntar a eles próprios o que é que os seus eleitores lhes pediram para fazer. E eu garanto que não lhes pediram que obstruíssesm e resistissem e dissessem “alto!” a cada momento, ou que tentassem um impeachment ou uma investigação”, disse.
    E tocou ainda no tema da imigração, tão falado nos últimos dias, depois de o Presidente ter cavalgado a ideia de que os EUA estavam a ser invadidos por uma caravana de migrantes que, na verdade, está a semanas, talvez um mês, de chegar às fronteiras norte-americanas. “Em grande parte, o Congresso vai ser responsável pelo que acontecer no futuro quanto às políticas de imigração para os EUA”, avisou.
  • Trump: "Sucesso tremendo!"

    E Donald Trump acaba de escrever no Twitter, depois de se saber que não ia haver discurso do Presidente dos EUA esta noite. “Sucesso tremendo, esta noite. Obrigado a todos”, escreveu.
    O sucesso, diga-se, não tão tremendo quanto isso. É verdade que os republicanos ganham no Senado — e até conseguem ficar com mais senadores, segundo as projeções — mas perdem a Câmara dos Representantes. Esta mudança na dinâmica legislativa dos EUA é significativa, com Donald Trump a ter o caminho mais difícil em temas como a imigração (sobretudo na questão da construção do muro) ou no Obamacare.
  • Donald Trump não irá prestar declarações esta noite

    A CNN avisa que a Casa Branca decidiu que o Presidente não irá falar esta noite. Reação oficial de Trump, portanto, só amanhã. A não ser que o Presidente decida tweetar entretanto — teremos de esperar para ver.
  • Câmara dos Representantes: CNN projeta maioria democrata

    Era mesmo disto que falávamos na anterior entrada deste liveblog: os democratas vão conseguir a maioria na Câmara dos Representantes, retirando-a assim das mãos do Partido Republicano.
    A projeção é da CNN, que há momentos também previu que o Senado continuará nas mãos do Partido Republicano.
  • Governadores: Florida é dos republicanos

    A CNN prevê que o governador da Florida será o republicano Ron DeSantis, que gozou do apoio claro do Presidente Trump, derrotando por curta margem o democrata Andrew Gillum. Vitória importante para os republicanos a nível local, que seguram assim o Executivo daquele estado.
  • Câmara dos Representantes: democratas roubam mais dois lugares aos republicanos e ficam perto da maioria

    A CNN acaba de projetar a vitória de dois democratas na Câmara dos Representantes, ambos no estado de Nova Iorque: Anthony Brindisi, do 22º distrito; Antonio Delgado, do 19º.
    Não só ganham o lugar, como o roubam a congressistas republicanos. Ora, com isto, os democratas ficam cada vez mais perto de reconquistarem a Câmara dos Representantes. Para lá chegarem basta apenas virar 4 distritos republicanos a seu favor. Com as urnas por fechar em sítios como Washington, Oregon, California e Idaho, muito dificilmente escapa aos democratas.
  • Câmara dos Representantes: democratas "viram" três distritos

    Sean Casten no 6º distrito do Illinois, Betsy Londrigan no 13º distrito (também do Illinois) e Ann Kirkpatrick no 2º distrito do Arizona são vitórias importantes para os democratas na Câmara, já que são lugares que até aqui estavam ocupados pelos republicanos — a projeção da CNN diz que o conseguiram fazer.
    Os democratas precisam assim de “roubar” mais seis lugares para passarem a ter o controlo da câmara baixa — e manter os lugares que já são seus. E, recorde-se, ainda faltam fechar muitas urnas e contar-se muitos votos, alguns deles em zonas fortemente democratas como a costa oeste.
  • Confirma-se a tendência: democratas viram lugares na Câmara, republicanos no Senado

    O FiveThirtyEight está a destacar um dado importante que pode ilustrar bem a tendência destas eleições intercalares: até agora, todos os lugares “roubados” a outro partido na Câmara dos Representantes foram conseguidos por candidatos democratas. No Senado, a tendência é oposta — todos os lugares “virados” foram para republicanos.
  • Senado: Ted Cruz ganha no Texas à tangente e garante maioria dos republicanos

    A CNN está a projetar a vitória do republicano Ted Cruz no Senado, depois de uma corrida bastante renhida contra o democrata Beto O’Rourke.
    Com isto, a CNN passou a projetar a vitória dos republicanos no Senado — um cenário que, para quem tem acompanhado o desenrolar desta noite, está longe de ser uma surpresa.
  • Sarah Huckabee Sanders: "Está a ser uma boa noite para o Presidente. Até agora"

    A secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, acabou de prestar declarações, destacando as vitórias de alguns republicanos no Senado como Mike Braun (Indiana) e Masha Blackburn (Tennessee).
    “Está a ser uma boa noite para o Presidente. Até agora”, declarou Sanders, acrescentando cautelosamente que “ainda há uma longa noite pela frente”.
  • Senado: republicanos roubam senadora democrata no Dacota do Norte

    O republicano vai ser o próximo senador do Dacota do Norte — e assim se fixou mais um prego no caixão dos democratas no Senado. Tudo isto porque a derrotada democrata é Heidi Heitkamp, que procurava a reeleição.
    Trata-se de uma projeção de vários media: CNN, Politico e ABC.
    Ora, ao retiraram mais uma democrata no Senado, os republicanos estão cada vez mais perto de garantir a maioria na câmara alta do legislativo dos EUA.
  • Ponto de situação: democratas perto de ganhar a Câmara dos Representantes, mas falham Senado

    O mais provável é que, no final desta noite, já com todos os votos contados, os democratas retomem o controlo da Câmara dos Representantes e os republicanos mantenham o controlo do Senado.
    A esta hora, estas são as projeções do FiveThirtyEight:
    Câmara: 89,8% de probabilidades de democratas ganharem. Neste momento, basta aos democratas vencerem em 11 distritos que pertençam a republicanos para darem a volta — algo que é plausível, ainda pra mais quando as urnas ainda não fecharam todas no Oeste.
    Senado: 95% de probabilidades de republicanos ganharem. Ao longo da noite, os republicanos têm conseguido manter os seus lugares e até conseguiram dar a volta noutros. Por exemplo, no Indiana, o senador democrata Joe Donnely não conseguiu a reeleição e vai perder o lugar para Mike Braun. Além disso, no Tennessee, onde os democratas tinham esperanças de conseguirem roubar um senador aos republicanos, esse cenário não se confirmou.
    Portanto, é possível que desta noite resulte um senado ainda mais republicano — mas também uma Câmara dos Representantes democrata. É um abanão para Donald Trump? Não, claro que não — ele próprio acabou por admitir este cenário, já nos últimos dias da campanha. Mas, ainda assim, é uma alteração de dinâmica importante para os seus próximos dois anos na Casa Branca.
    Mas, já o dissemos e voltamos a dizer, na maior parte ds casos estamos apenas a lidar com projeções.
  • Governadores: Laura Kelly derrota Kris Kobach, favorito de Trump, no Kansas

    É uma vitória importante para os democratas. Segundo as projeções da CNN, a nova governadora do Kansas é a democrata Laura Kelly, que derrotou Kris Kobach, favorito do Presidente, num estado conservador. O resultado é especialmente relevante porque os dois candidatos estavam a concorrer ao cargo pela primeira vez e o antecessor era republicano.
    No entanto, o resultado pode servir de parco consolo aos democratas — já que o grande objetivo está no controlo do Congresso.
  • Senado: Mitt Romney vai ser senador pelo Utah

    É o comeback possível. Mitt Romney, ex-governador do Massachusetts e candidato presidencial derrotado em 2012 por Obama, será senador pelo Utah. A projeção é da CNN.
  • Senado: democratas seguram Bob Menendez em Nova Jérsia

    Mais uma reeleição crucial para os democratas, e desta vez o partido conseguiu garanti-la. Bob Menendez derrotará o republicano Bob Hugin, de acordo com a projeção da CNN.
    Para alimentar qualquer esperança de virar o Senado, os democratas teriam de virar em 19 estados — começaram a noite com 23. Contudo, poderiam estar mais perto se não tivessem perdido no Indiana, onde Joe Donnelly falhou a reeleição, e no Tennessee, onde o moderado Phil Bredesen não foi moderado o suficiente para convencer este estado do sul.
  • Senado: democratas perdem senador no Indiana e ficam com poucas hipóteses

    A CNN acaba de dar como vencedor no Indiana o republicano Mike Braun. Isto representa uma derrota pesada para os democratas, já que este estado tinha como senador Joe Donelly, que agora perdeu a reeleição. Com este revés, os democratas ficam ainda mais longe de ter o controlo do Senado — um cenário que as sondagens sempre deram como distante.
    Também no Senado, a democrata Tammy Baldwin é dada como vencedora no Wisconsin, conseguindo assim a reeleição.
  • Câmara dos representantes: republicanos lideram nas projeções

    O Partido Republicano vai à frente nas projeções para a Câmara dos Representantes, com 81 congressistas dados como vencedores. Os democratas têm 76.
    Esta era a corrida que, de acordo com as sondagens publicadas até hoje, os democratas tinham mais hipótese de ganhar. No site FiveThirtyEight, a projeção era de 6 em 7 hipóteses de os democratas vencerem a maioria — e, desta forma, tirarem o controlo da Câmara dos Representantes aos republicanos.
    Ora, de acordo com esta projeção, essa tarefa não está assim tão fácil quanto isso.
    Ainda assim, ainda há urnas abertas na costa Oeste, onde os democratas são mais fortes — e estes resultados refletem também a contagem dos estados do Midwest e do Sul, onde os republicanos são mais fortes.
  • Senado: projeções dão derrota a democratas no Tennessee

    Foi um dos estados onde a imigração ocupou mais espaço na campanha e os republicanos parecem ter saído por cima. As projeções da NBC, CNN e do FiveThirtyEight dão o lugar no Senado à republicana Masha Blackburn.
    É uma derrota com peso para os democratas, já que Phil Bredesen é um dos membros mais moderados do partido e estava empatado nas sondagens com a adversária. Os republicanos reforçam assim o seu peso na câmara alta — e tornam mais difícil aos democratas virarem o Senado.
  • Câmara dos Representantes: distrito competitivo no Kentucky, o 6º, vai para os republicanos

    Era um dos poucos distritos eleitorais no Kentucky que os democratas tinham esperança de virar, mas tal não aconteceu. A militar Amy McGrath teve uma campanha competitiva, mas acabou derrotada num distrito onde Donald Trump foi eleito com uma vantagem de 16 pontos percentuais em 2016. O vencedor é Andy Barr.
  • Senado: projeção dá vitória a democrata Joe Manchin na Virgínia Ocidental

    A projeção da cadeia de televisão da NBC dá como garantida a reeleição do senador democrata Joe Manchin na Virgínia Ocidental, derrotando o republicano Patrick Morrisey — e é secundada pelos estudos da CNN. A confirmar-se, a vitória é muito importante para os democratas, já que Manchin, embora estivesse a recandidatar-se, tinha Morrisey a morder-lhe os calcanhares segundo as sondagens.
    A Virgínia Ocidental é um dos estados onde Donald Trump teve uma votação mais expressiva nas presidenciais de 2016: 68,5%.
  • Senado: mais 4 democratas reeleitos

    Outros quatro senadores democratas foram reeleitos: Bob Casey (Pensilvânia), Amy Klobuchar (Minesotta), Nova Iorque (Kristen Gillibrand) e Martin Heinrich (New Mexico).
    Ora, destes, importa reter a vitória democrata na Pensilvânia — um facto que em nada altera a atual dinâmica do Senado, uma vez que Bob Casey já era senador por aquele estado, mas ainda assim um dado positivo para os democratas num estado que em 2016 foi para Donald Trump.
  • Câmara dos Representantes: democratas conquistam lugar em distrito da Florida (27º)

    De acordo com as projeções, democrata Donna Shalala conquistou o lugar na Câmara dos Representantes pelo 27º distrito da Florida, que abrange grande parte da zona de Miami. A vitória é particularmente relevante porque a adversária republicana, Maria Salazar, é cubana-americana — e seria possível que conseguisse captar votos entre a grande comunidade cubana, e latina no geral, de Miami. Aparantemente, não foi o caso.
    No total, quando a contagem de votos começou, os democratas tinham de conquistar 23 lugares na Câmara aos republicanos — e segurar todos os que têm — para virar a Câmara a seu favor. Depois de Jennifer Wexton no 10º distrito da Virgínia, Shalala será a segunda a fazê-lo. Portanto, faltam 21 para o objetivo dos democratas.
  • Conservadora do registo civil que negou casamento a casais gay perdeu a eleição

    A conservadora do registo civil Kim Davis perdeu a eleição no condado de Rowan no Kentucky.
    E porque é que isto é merecedor de menção neste liveblog? Vamos responder por pontos.
    • Nos EUA, os conservadores (aqui, o sentido não é político) do registo civil são eleitos, sim
    • Kim Davis ficou conhecida em todo o país por ter negado dar licenças de casamento a dois casais gay
    https://twitter.com/HLWright/status/1059973159108124677
    De acordo com Will Wright, jornalista do Herald Leader, jornal do Kentucky, Kim David foi derrotada pelo adversário democrata, de apelido Caudill.
  • Donald Trump assiste a eleição com magnata do lóbi israelita

    De acordo com o Hareetz, jornal israelita, Donald Trump está a assistir à noite eleitora com o magnata Sheldon Adelson, que fez fortuna com casinos e é conhecido na política israelita por ser um dos maiores financiadores do lóbi pró-Israel. Só nestas eleições, deu 100 milhões de dólares a candidatos republicanos que se alinharam com a agenda de Israel.
  • Senadora democrata Elizabeth Warren agradece a vitória e deixa promessa: "Ainda agora começámos"

    A senadora democrata Elizabeth Warren, conhecida pelas suas posições à esquerda dentro do partido, agradeceu no Twitter a sua reeleição pelo estado do Massachusetts e deixou uma promessa aos “poderosos interesses”: “Ainda agora começámos.” A mensagem pode ser um piscar de olho para as presidenciais de 2020, já que Warren é falada como possível candidata às primárias do Partido Democrata.
  • Senado: 4 senadores democratas são reeleitos

    As projeções CNN dão reeleição de quatro senadores democratas: Sherrod Brown (Ohio), Chris Murphy (Connecticut), Elizebeth Warren (Massachusetts) e Ben Cardin (Maryland).
    Nestes, importa o primeiro: Sherrod Brown é senador do Ohio, estado que deu a vitória a Donald Trump em 2016. Ainda há pouco a CNN dava a sua vitória como incerta — e, em caso de derrota, as contas dos democratas ficariam ainda mais complicadas no Senado.
    Desta forma, fica tudo na mesma — para já.
  • Câmara dos Representantes: democratas têm 26 lugares, republicanos com 20

    Neste momento, os democratas continuam à frente na Câmara dos Representantes, com 26 lugares projetados. Os republicanos têm 20, de acordo com a projeção da CNN.
    Para dar a volta na Câmara dos Representantes, os democratas precisavam de conquistar 23 lugares aos republicanos. Para já, conseguiram fazê-lo com um, na Virgínia. Estão, por isso, a 22 lugares de dar a volta na câmara baixa.
    Entretanto, faltam 3 minutos para fecharem as próximas urnas.
  • Contagem renhida no 6º distrito do Kentucky. Viragem para os democratas?

    Por enquanto, uma das corridas mais renhidas cuja contagem avança a grande velocidade é o 6º distrito do Kentucky. Numa zona tradicionalmente republicana, a democrata Amy McGrath parece estar a aguentar-se bem contra o republicano Andy Barr: segue à frente com uma margem mínima (49,9% vs. 49,5%) quando esão contados 70% dos votos.
  • Zach Braff adora isto

  • Câmara dos Representantes: democratas tiram um lugar aos republicanos na Virgínia

    A democrata Jennifer Wexton acaba de ser dada como vencedora no 10º distrito da Virgínia, retirando assim um lugar na Câmara dos Representantes que até agora era dos republicanos.
    Este distrito eleitoral tem sido mencionado como um possível barómetro para outras partes do país, já que existe nela uma maioria ténue de republicanos que poderia mudar nestas eleições.
    Para darem a volta na Câmara dos Representantes, os democratas precisavam de tirar 23 lugares aos republicanos. Agora, faltam 22.
  • "Levante-se, vá até ao seu local de voto e fique na fila até votar"

    O apelo é do senador republicano Marco Rubio e já foi retweetado pelo filho de Donald Trump, Donald Trump Jr: “Levante-se, vá até ao seu local de voto e fique na fila até votar”. O tweet, publicado há duas horas, traduz a preocupação dos republicanos sobre a probabilidade de perderem lugares fundamentais nestas eleições — no Congresso e entre os governadores. Rubio explica, aliás, que “a vaga de votos dos democratas de hoje vai tornar a escolha MUITO renhida” no estado da Florida. “Rick Scott [candidato a senador] e RonDeSantis [candidato a governador] não ganharão se você não for votar”, insistiu.
  • Senado: Ohio e Virgínia Ocidental com projeção inconclusiva

    Segundo a projeção da CNN, os resultados para o Senado no Ohio e na Virgínia Ocidental são ainda inconclusivos. Estes dois sítios são muito importantes nestas eleições porque geralmente são republicanos — em 2016 votaram em Donald Trump — mas os dois senadores que neste momento representam aqueles estados são democratas. No Ohio, trata-se de Sherrod Brown. Na Virgínia Ocidental, é Joe Manchin.
    Ora, se os democratas perdem aqui, o Senado fica ainda mais desequilibrado a favor dos republicanos — ou seja, os democratas podem mesmo dizer adeus a uma maioria naquela câmara.
  • Bernie Sanders ganhou no Vermont

  • Indiana, o estado do Rei

    O Indiana é o estado que deverá ter resultados em breve. Está tudo à espera. Indiana, onde fica a cidade de Gary, terra natal de Michael Jackson:
  • Câmara dos Representantes: democratas com 9, republicanos com 6

    Segundo a projeção da CNN, o Partido Democrata já elegeu 9 congressistas e o Partido Republicano vai com 6.
    A maioria dos republicanos já dados como vencedores são do Kentucky e do Indiana, os primeiros estados a fechar as urnas.
    Os democratas são da Flórida e também da Virgínia.
    Duas coisas a sublinhar: primeiro, que isto são apenas projeções e por isso podem falhar; segundo, a noite ainda é uma criança.
  • It's Claire, bit**es

  • Senado: projeções dão vitória a Bernie Sanders, Tim Kaine

    A projeção da CNN está a dar a vitória a Bernie Sanders no Senado, tal como para Tim Kaine, que continuará a ser senador pela Virginia. Se estes dois nomes soam familiares, é porque são. Bernie Sanders foi o grande adversário de Hillary Clinton das eleições primárias democratas em 2016 e Tim Kaine foi o escolhido pela candidata democrata para vice-Presidente.
  • Casa Branca: "Esta noite, podemos continuar no caminho da prosperidade e segurança americanas ou podemos recuar"

    A Casa Branca emitiu entretanto um comunicado onde destaca a ação do Presidente Donald Trump ao longo dos últimos meses, fazendo campanha por vários candidatos republicanos.
    “Ele deixou claro qual é a escolha para o povo americano: esta noite, podemos continuar no caminho da prosperidade e segurança americanas ou podemos recuar. O Presidente e a Primeira-Dama estão ansiosos por acompanhar os resultados com amigos e família na residência da Casa Branca”, termina o comunicado
  • Câmara dos Representantes: irmão de Pence eleito congressista

    Greg Pence está a ser dado como vencedor no 6º distrito do Indiana. Sim, é da família do vice-Presidente, Mike Pence — mais propriamente, é o seu irmão mais velho. Esta é a sua primeira eleição para a Câmara dos Representantes, mas não será o primeiro Pence naquele cargo: o seu irmão já foi congressista por aquele distrito.
  • Candidato a governador da Georgia teve problemas ao votar

    Brian Kemp, o candidato republicano ao cargo de governador da Georgia, teve alguns problemas a votar hoje, tendo o seu cartão sido considerado inicialmente “inválido”. O caso não seria de grande destaque, não se desse o caso de Kemp ter estado no centro de uma polémica sobre autorizações para votar neste campanha.
    Enquanto procurador-geral da Georgia, Kemp não autorizou que cerca de três mil pessoas pudessem votar por questões burocráticas — uma decisão alterada a semana passada por uma juiza, que considerou haver possibilidade de a ação de Kemp ter tido motivações políticas, limitando os direitos de voto a algumas minorias, que seriam favoráveis à adversária — Stacey Abrams que, se for eleita, se tornará a primeira governadora mulher negra dos Estados Unidos.
  • Não querem ouvir mais Kavanaughs como se ouvissem Limp Bizkit? Votem

    Lizzy Goodman, jornalista, autora do recente “Meet me in the Bathroom”, livro que conta a história da cena rock’n’roll de Nova Iorque do início do século XXI (com os Strokes à cabeça), partilhou as palavras de Kathleen Hanna, vocalista da banda punk Bikini Kill: “Ouvir o discurso de Kavanaugh na audiência que protagonizou no congresso foi como ouvir Fred Durst cantar ‘Nookie’ durante 12 horas”. Durst e “Nookie”, vocalista e canção-sucesso dos Limp Bizkit, respetivamente. Nas palavras de Hanna, isto não é um elogio. Foi uma espécie de “se não querem ouvir mais destas coisas, votem”:
  • Câmara dos Representantes: segundo eleito também é republicano

    A CNN está a projetar uma segunda vitória dos republicanos no Indiana, para a Câmara dos Representantes.
    Trata-se de Jim Banks, congressista que terá sido reeleito o 3º distrito do Indiana. Segue assim o caminho de Hal Rogers, congressista pelo 5º distrito do Indiana, que também foi reeleito.
  • Julia Roberts e aquela T-shirt

    Foi feita à mão, não foi? E então? Já agora: Julia Roberts é protagonista numa nova série da Amazon Prime (serviço disponível em Portugal). Chama-se “Homecoming” e é sobre uma antiga funcionária num centro para militares em transição para a vida civil que descobre que há uns quantos segredos por revelar nesses processos. Curioso, isso.
  • Câmara dos Representantes: primeiro eleito é candidato republicano

    A Associated Press acabou de declarar que temos um primeiro candidato eleito: trata-se do republicano Hal Rogers, que já ocupava o lugar de representante pelo 5º distrito do Kentucky. O resultado não surpreende, porque o distrito, situado na Apalachia, é zona segura para o Partido Republicano.
  • Os jovens americanos não querem saber da política? Pode não ser bem assim

    Os millennials são um dos grupos etários que menos vota, sobretudo em eleições intercalares. Só para termos uma noção, em 2014 apenas 23% dos eleitores entre os 18 e os 34 foram votar.
    Nesta eleição, a situação pode ser bem diferente. Segundo um estudo da Kennedy School of Government, da Universidade de Harvard, 40% dos jovens abaixo dos 30 anos inquiridos disseram que iriam votar nesta eleição. E de acordo com outro estudo, este da NextGen, 37% dos jovens abaixo dos 35 anos em seis estados decisivos declararam que contam ir às urnas desta vez.
    Um exemplo dessa motivação é a que está a ser promovida pelos estudantes de Parkland, o liceu na Florida que foi palco de um tiroteio este ano. O BuzzFeed conta que os estudantes, na maioria menores de idade que não podem votar, montaram uma “war room” de onde têm estado a ligar durante todo o dia a eleitores entre os 18 e os 21 anos, impelindo-os a votar e organizando boleias para aqueles que precisam de ajuda a chegar aos locais de voto.
    A mobilização entre os mais jovens pode vir de onde menos se espera. No Tennessee, por exemplo, há relatos de que o voto entre os jovens subiu sete vezes nesta eleição, quando comparado com as de 2014. E aponta uma possível razão: o facto de a cantora Taylor Swift ter, inesperadamente, declarado o seu apoio ao candidato democrata ao Senado, Phil Bredesen.
  • Beyoncé está com Beto

    Beyoncé apoia Beto O’Rourke, candidato democrata a senador pelo estado do Texas, onde nasceu a cantora (na cidade de Houston, em 1981):
  • Elizabeth Moss, a estrela de "Handmaid's Tale"

    A atriz foi uma das personalidades destacadas pela Hulu num post no Instagram de incentivo ao voto. A Hulu é plataforma de produção e streaming de séries e filmes nos EUA responsável por “Handmaid’s Tale”, na qual Moss desempenha o papel principal:
  • "Dónde votar" pesquisado 200 mil vezes no Google

    As primeiras previsões já apontavam para um crescimento do voto latino — uma sondagem da Reuters dizia que 36% dos eleitores hispânicos iria votar “de certeza”, um aumento em relação aos 27% que foram às urnas em 2014. E um dado curioso parece confirmar essa tendência: o Politico conta que “Dónde votar” (em português, “onde votar”) foi uma das frases mais pesquisadas no Google durante esta terça-feira. Segundo o Google Trends, a pergunta foi feita no motor de buscas mais de 200 mil vezes, o que representa um aumento de mais de 3 mil por cento em relação ao habitual.
  • Judd Apatow nas filas de voto

    Argumentista, produtor e realizador, Judd Apatow fez questão de fotografar as filas para votar e de apelar à participação nas eleições:
  • Camila Cabello: cubana, americana e votante

    Camila Cabello, a grande vencedora dos prémios europeus da MTV, entregues na noite do passado domingo, foi uma das personalidades da cultura pop que apelou ao voto nestas eleições. Camila nasceu em Cuba, em 1997, mas tem nacionalidade americana desde 2008:
  • Indiana: Candidato republicano com vantagem no início da contagem

    Com menos de 1% dos votos contados no Indiana (o que é dizer que ainda não foram contados 10 mil votos), o candidato republicano para o Senado, Mike Braun, vai à frente com 59,2% dos votos. Atrás fica o democrata Joe Donelly, com 36,2%.
    Atenção, porque esta procissão ainda vai no adro. Apenas foram contados 1% dos votos — e as sondagens não davam um resultado conclusivo neste estado, que é o do vice-Presidente, Mike Pence.
  • Primeiras urnas fecham no Indiana e no Kentucky

    A esta hora fecham as primeiras urnas, em parte do Indiana e do Kentucky. Contudo, os estados têm dois fusos horários, portanto ainda há quem vote.
    A CNN relembra que a corrida no 6º distrito do Kentucky poderá ser um bom primeiro indicador, já que opõe uma democrata bastante liberal, Amy McGrath, ao republicano Andy Barr. “Será um indicador inicial do ambiente e uma derrota de Barr poderia dar razões aos republicanos para entrar em pânico”, escreve a cadeia de televisão.
  • Sondagens à boca das urnas não contam a história toda

    Depois de as assembleias de voto fecharem, começaremos a ter algumas sondagens à boca das urnas em cada estado. Contudo, como têm relembrado alguns jornalistas norte-americanos, isso não quer dizer que possamos confiar totalmente nelas: em 2016, por exemplo, alguns destes estudos deram a vitória nas presidenciais a Hillary Clinton, o que não se confirmou.
    O melhor, portanto, é mesmo esperar pelos resultados finais. E a que horas será isso? Não sabemos. Mas, como ponto de referência, temos as intercalares de 2014: nessas, recorda o Guardian, o Senado foi dado como garantido para os republicanos às 23h25 (hora local, 4h25 em Portugal). Preparemo-nos para uma noite longa, portanto.
  • O que está na cabeça dos norte-americanos esta terça-feira? Trump, Obamacare e economia

    Ainda antes do fecho das urnas, a CNN avança já uma sondagem à boca das urnas sobre quais os tópicos que mais preocupam os eleitores inquiridos nesta sondagem. Os resultados são claros: dois terços dizem estar a pensar em Donald Trump. O Presidente conta atualmente com uma taxa de aprovação negativa de 42%.
    Para além da ação do Presidente, quatro em cada dez dos eleitores ouvidos consideram o sistema de saúde o principal problema atual do país. Dois em cada dez apontam a economia e a imigração como temas principais — mas a maioria dos inquiridos reconhecem que a situação económica no país está a atravessar uma fase positiva.
  • Boa noite.
    Milhões de norte-americanos já votaram ao longo desta terça-feira, mas muitos podem ainda ir às urnas — em alguns estados, como Nova Iorque, pode votar-se até às 21h locais (2h em Lisboa), por exemplo. Contudo, alguns, como o Indiana, têm assembleias de voto que fecham às 18h locais, o que significa que poderemos contar com as primeiras projeções por volta da meia-noite (hora de Lisboa).
    Ao longo desta madrugada vai ser possível começar a perceber, estado a estado, como se constrói o novo puzzle do Congresso norte-americano. Conseguirão os republicanos segurar a maioria nas duas câmaras ou iremos assistir a uma concretização das sondagens, que preveem maioria vermelha no Senado e domínio democrata na Câmara dos Representantes? Ou, terceira hipótese, assistiremos a uma reviravolta do Partido Democrata, que pode conseguir roubar a maioria no Congresso aos adversários?
    Para já, são vários os estados onde a participação está a ser elevada, o que indica que estas eleições intercalares podem vir a contar com uma abstenção mais baixa do que a habitual numa votação deste tipo. A seu tempo se verá se essa mobilização está a ser motivada por galvanização do Presidente Donald Trump ou se representa uma oposição declarada ao domínio republicano da política do país. A somar a tudo isto, temos vários tópicos que preocupam os norte-americanos e que podem ser decisivos nesta votação a nível local, já que a eleição é de representantes locais.
    Nós estaremos a acompanhar esta noite eleitoral. Fique connosco para não perder todos os resultados, detalhes e análise de umas intercalares decisivas.

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