segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Rússia abre fogo e captura navios da marinha ucraniana


Navios estavam na península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014. A Rússia já admitiu ter capturado as embarcações. Presidente ucraniano Petro Poroshenko vai pedir ao parlamento que aprove lei marcial




A marinha ucraniana acusou neste domingo a Rússia de abrir fogo e apreender três dos seus navios militares no Estreito de Kertch, que liga o mar Negro e o mar Azov, na Crimeia, segundo a BBC. Recorde-se que a tensão em Azov disparou desde que Moscovo construiu, em maio passado, a ponte da Crimeia, que une a península, anexada pela Rússia em 2014, com a parte continental do país.
Seis tripulantes ucranianos ficaram feridos, adiantou ainda a marinha. Alguns órgãos de comunicação dizem tratar-se apenas de três tripulantes. Segundo o comunicado, os navios Berdyansk, Nikopol e Yany Kapu foram atingidos e forçados a parar quando estavam a deixar a área.
A Rússia já admitiu ter usado armas e ter capturado os três navios ucranianos, dizendo que estes estavam a entrar ilegalmente em água territoriais russas no mar Negro e levaram a cabo "manobras perigosas", segundo a RT. O ataque foi levado a cabo por uma embarcação da guarda costeira do Serviço Federal de Segurança (FSB), antiga KGB.
O presidente ucraniano Petro Poroshenko, que já convocou o seu "gabinete de guerra", classificou as ações da Rússia como "sem motivo e loucas" e vai pedir ao parlamento que aprove a declaração da lei marcial, que não é vista desde o conflito de 2014-2015, avança o Kyiv Post. A BBC acrescenta que Poroshenko adianta que tal não significa uma declaração de guerra.
Contudo, a lei marcial pode significar serviço militar obrigatório, restrições nos media e em demonstrações públicas, suspensão das eleições, marcadas para março de 2019, entre outras medidas. O parlamento vai reunir nesta segunda-feira às 16.00 (14.00 em Lisboa).
A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros russo escreveu na sua página de Facebook (em russo), citada pela BBC, que a Ucrânia agiu como um "salteador de estrada" no estreito de Kertch. Primeiro, afirma Maria Zakharova, houve uma "provocação", depois "pressão coerciva" e por fim uma "acusação de agressão".

NATO pede à Rússia que cumpra a lei

O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano Pavlo Klimkin também já reagiu, afirmando que Kiev está em contacto com "amigos e parceiros" para perceber que resposta "conjunta" terá a ação da Rússia. Entre os parceiros do referido contacto estão a NATO e a União Europeia. Ambas já reagiram.
A porta-voz da NATO afirmou que a aliança está a "vigiar de perto" a situação e que apela à "contenção". Oana Lungescu acrescentou ainda que "a NATO apoia completamente a soberania de Ucrânia e a sua integridade territorial, incluindo os seus direitos de navegação nas suas águas territoriais. Pedimos à Rússia para garantir acesso livre aos portos ucranianos no mar Azov, respeitando a lei internacional".

"A UE não reconhecerá a anexação ilegal da Crimeia"

A alta representante da União Europeia para a Política Exterior Frederica Mogheriniexigiu hoje à Rússia que restaure a liberdade de circulação no estreito de Kertch, que separa os mares Negro e Azov, para baixar a tensão na região.
"As tensões no mar de Azov e no estreito de Kertch aumentaram perigosamente hoje", denunciou a porta-voz, referindo-se ao incidente, após o qual as autoridades russas fecharam a navegação na zona.
A representante disse que a construção da ponte de Kertch teve lugar sem o consentimento da Ucrânia e constitui "outra violação da soberania e integridade territorial" daquele país.
"A União Europeia não reconhece e não reconhecerá a anexação ilegal da península da Crimeia por parte da Rússia", frisou, citada pela Lusa.
"Esperamos que a Rússia restaure a liberdade de passagem no estreito de Kertch e apelamos a todos para atuarem com a maior contenção para baixar a tensão imediatamente", indicou a porta-voz de Frederica Mogherini, em comunicado.
Cidadãos ucranianos têm protestado nas últimas horas perante a embaixada da Rússia em Kiev. Começaram por depositar pequenos barcos de papel à entrada, mas a tensão tornou-se maior e explosivos e tochas foram lançados.


O correspondente da BBC em Moscovo, Steve Rosenberg, afirmava neste domingo que não se deve esperar que o presidente russo Vladimir Putin assuma a culpa. "A sua linha de defesa tem sido sempre: 'Não fomos nós que começámos.'" Rosenberg dava os exemplos da guerra Rússia-Geórgia de 2008 e a anexação da península da Crimeia em 2014.
Recorde-se que os russos acusaram recentemente a Ucrânia de entrar ilegalmente nas suas águas, bloqueando o acesso ao Mar de Azov com um navio tanque.
As tensões no mar da península da Coreia, anexada pelos russos em 2014, têm-se tornado cada vez mais frequentes nos últimos meses. Além da anexação da Crimeia, a Rússia é acusada pela Ucrânia de fomentar os separatistas do Leste do país.
Com Lusa

Rui Paulo Fonseca
Parece que aqui os comentadores pró-russos não percebem da violação internacional perpetrada pela Rússia ao anexar territórios de outros países ilegalmente.
Fascista, comunista, socialista seja o que for os governos, e no caso da Ucrânia nada tem haver com fascismo, existe uma clara ilegalidade e violação internacional da integridade territorial da Ucrânia pelos russos.
A Rússia é o maior perigo para a segurança internacional é liderada por um tirano maníaco, ex-KGB, saudosista do soviético que faz bowling com as ex-repúblicas soviéticas para além disso é um pais beligerante, fomenta terroristas e apoiar tiranias pelo mundo fora.
Portugal é membro da EU, e como diz e bem o DN, concordo plenamente como cidadão europeu:
"A União Europeia não reconhece e não reconhecerá a anexação ilegal da península da Crimeia por parte da Rússia",
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Gonçalo Prôa
E quem fala assim não é gago!
Os povos livres da Europa têem de estar unidos, senão seremos comidos pelo "Urso"...
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Jesus Viana
Tudo isso se aplica aos gringos, amigo. Verdadeiros gansters do mundo, violadores de todas (as suas próprias) leis internacionais,
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Jesus Viana
Antes de criticar o de fora veja bem dentro da sua casa. Fique bem com sua União Europeia, governo antidemocrático de oligarcas. Europa não pode dar lições a ninguem.
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Jesus Viana
Não existe "comunidade internacional", desde que alguns paises (com armas nucleares) têm o direito a veto no conselho de segurança na ONU. Sempre foi e sera a lei do mais forte.
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João de Ribeiras
"As tensões no mar da península da Coreia, anexada pelos russos em 2014"???
A Guerra da Coreia e as suas consequências, estão bastante mitigadas com os acordos bilaterais das duas Coreias e quadrilaterais Coreia do Norte, do Sul, China e Estados Unidos!
Não quereria dizer "Criméia"?
Quem escreve, tem que rever o que escreveu, ou dar a terceiros para o fazer!
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Luis Guerra
Parte2 No início da 2ª Guerra Mundial território da USRR incluía Belarus, Ucrânia e Crimeia. Depois da queda do muro da Berlim, a partir de 1991,dissolução da USRR, Ucrânia absorveu Crimeia, por influência da nova ordem na Europa Ocidental. Nos primeiros tempos da crise russa, depois da 1991, a União Europeia (UE) aproveitou esse facto para se expandir para Oriente, especialmente naqueles países que já vinham manifestando a vontade de uma maior abertura aos ideais do Ocidente.
A Ucrânia, em termos geoestratégicos, fica no "pátio" da Rússia, ou seja, funciona como Estado tampão, tanto em termVer Mais
Luis Guerra
Paret1“Para muitos, o retorno da Crimeia foi a restauração da justiça histórica, que em seu significado é equivalente à queda do Muro de Berlim, à reunificação da Alemanha ou ao retorno de Hong Kong e Macau à China”, primeiro-ministro russo Medvedev.
Um pouco da história:
Desde tempos remotos que a região da Crimeia sofreu ocupações de diferentes povos, desde os cimerianos, citas, gregos, godos, hunos, bizantinos, mongóis, italianos (venezianos e genoveses), até à ocupação da península pelos Otomanos em 1475. Os Tártaros, povo asiático de religião islâmica, afluíram à região desde o século XIII e consolidaram-se ainda mais com o domínio turco da Crimeia. A conquista do território pelos russos em 1777, que tornou a Crimeia num protetorado até 1783, quando é definitivamente anexada pela Rússia.
Alexandre Ribas
Mar da Crimeia..nao da Coreia...kkkk
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Virgulino Carapau Seco
Não se ria Alexandre, são os "jornaleiros" do DN a anticipar o proximo acontecimento.
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Pedro Ferreira
Pois. São os Russos...Parece o contrário..., os Ucranianos andam a provocar...Logo, os Russos defendem-se...É Normal que assim seja. Se fosse perto do mar dos EUA, os barcos desapareciam de vez...Enfim!
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Ângelo Reis
É pá, a Rússia já não é comunista, é mais prò fascista. Tens que mudar a agulha.
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Manuel Gonçalves Pereira Barros
Ângelo Reis :seja lá o que a Rússia fôr ainda a vêdes como vosso inimigo...tadinhos, ides ser comidos ao pequeno almoço...
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Francisco Ferreira Amado
ANGELO REIS SABES QUE OS FASCISTAS FORAM TOTALMENTE DERROTADOS PELOS RUSSOS OU NÃO SABES????????? AGORA PARECEM QUE OS FASCISTAS QUEREM LEVAREM OUTRA LIÇÃO NINGUEM DUVEDE QUE SE OS FASCISTAS ENTRAREM EM GUERRA COM A RUSSIA OS FASCISTAS SERÃO ESMAGADOS ISSO MESMO QUE LESTE SERÃO TOTALMENTE ESMASGADOS
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João de Ribeiras
E o acordo de Estaline com Hitler para permitir a este conquistar a Europa, na Guerra 39-45???
Aí não fez mal nenhum?
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Francisco Ferreira Amado
ANGELO REIS POIS QUEM E FASCISTA E A UCRANIA VAI APRENDER E NÃO MINTAS POIS SE OS FASCISTAS CONTINUAR COM PROVOCAÇÕES OS RUSSOS DARAM A RESPETIVA LIÇÃO
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Gonçalo Prôa
Se os Russos dão lições, por que não lhes pede que lhe ensinem, se não a ter boas maneiras, pelo menos a usar pontuação?
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