Confirma-se que os dois cunhados que estavam desaparecidos são duas das vítimas mortais da derrocada da EM 255. A carrinha onde seguiam "estava encaixada entre dois blocos de pedra".
Uma viatura foi retirada da pedreira, em Borba, onde se encontrava submersa na sequência do colapso da Estrada Municipal 255, ao final da manhã desta sexta-feira, confirmou o Observador junto de fonte da Guarda Nacional Republicana (GNR). Lá dentro encontravam-se os corpos de duas vítimas. Falta então recuperar, pelo menos, um corpo e viatura onde seguia.
Foi a equipa de mergulhadores do Grupo de Intervenção, Proteção e Socorro (GIPS) da GNR que localizou a viatura depois de, ao início da tarde desta quinta-feira, um sonar da Marinha ter detetado uma estrutura metálica “a uma profundidade de cerca de 7 metros”que poderia ser uma das viaturas submersas.
A estrutura metálica era então uma carrinha de caixa aberta que já foi retirada ao final da tarde de sexta-feira. Em conferência de imprensa, a Proteção Civil indicou que a viatura “estava encaixada entre dois blocos de pedra” e que o mau estado do veículo impediu que o desencarceramento fosse feito ainda dentro de água. “Foi decidido retirar a viatura para uma plataforma seca e, de seguida, faz a operação de resgate das vítimas”, acrescentou a Proteção Civil.
Tudo indica que os dois corpos serão os dos dois cunhados que seguiam nessa carrinha: José Rocha, conhecido como “Zé Algarvio”, de 53 anos, e Carlos Andrade, de 37, ambos residentes em Bencatel, no concelho de Vila Viçosa. Confirma-se, então, que os dois cunhados que estavam dados como desaparecidos foram arrastados pela derrocada. Confirma-se também que este acidente já provocou, com certeza, quatro vítimas mortais, até ao momento.
Ao que tudo indica resta apenas retirar o corpo de uma pessoa: será o de Fortunato, de 85 anos. Até ao momento, três pessoas estavam dadas como desaparecidas desde 19 de novembro — dia em que aconteceu a derrocada da EM 255 — sendo que os corpos de duas foram retirados esta sexta-feira. O homem de 85 anos, que vivia no Alandroal, terá passado naquela estrada àquela hora, pelo que a mulher acredita que seja uma das vítimas mortais.
As operações de resgate na pedreira de Borba decorrem já há 12 dias. Até ao momento, só tinham sido retirados os corpos dos dois operários da pedreira que trabalhavam no local no momento da derrocada. O corpo de João Xavier, de 58 anos, foi retirado no passado sábado. O de Gualdino Pita, de 49, foi encontrado na retroescavadora e retirado logo no dia seguinte à derrocada.