A FRELIMO venceu a repetição da eleição decorrida na vila municipal de Marromeu com uma diferença de menos de meia centena de votos em relação à RENAMO. Algumas pessoas andam muito nervosas com isso, e com razão.
Mas eu confesso que não estou nervoso. Posso estar indignado, mas, sinceramente, não estou nervoso. Na verdade, não estou surpreso. É que eu conheço essa jogada. É uma jogada antiga. É a mesma jogada.
O que aconteceu em Marromeu, validado pela Cê-Ene-É e, com certeza, será apadrinhado pelo Cê-Cê, é apenas o replay de um golo que já vimos. Um golo em fora de jogo. Um golo saído de uma jogada faltosa que merecia um cartão vermelho.
Na verdade, não foi a jogada que foi faltosa, foi o jogo todo. Nem foi faltoso o jogo, foi criminoso.
Mas, fazer mais como!?! São jogos daqui. Jogos onde o árbitro também joga a favor de uns e contra outros. E são esses "outros" que sempre perdem para esses "uns". São jogos entre filhos e enteados do corpo de juízes.
O replay de Marromeu é o espelho da nossa democracia, mas em câmara lenta. Em apenas 8 mesas, Deus (isso é coisa de Deus, diabo não é assim tão meticuloso) decidiu mostrar-nos como têm sido as nossas eleições desde 1994.
É a mesma jogada.
- Co'licença!
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