23 de Abril 18h39 - 9 Visitas
Mais de três mil habitantes residentes na região de Inhangome zona localidade arredores da cidade de Quelimane estão a viver drama na travessia para Quelimane e vice-versa. A Ponte de cerca de 150 metros feita com recurso a madeira desabou na noite do passado dia 19 comprometendo o decurso normal da vida daquela população que apenas dependia daquela infraestrutura para fazer travessia.
A ponte sobre o Rio Inhangome foi construída em 2013 com fundos do governo do distrito de Quelimane avaliado em pouco mais de sete milhões de meticais mas volvidos quatro anos a infraestrutura não resistiu a força da água salubre.
Abacar Carimo, um dos residentes daquela zona explicou que a situação esta complicada neste momento tudo porque quer os habitantes que pretendem seguir a Quelimane para buscar agua, hospital, entre outros afins não tem como fazer assim como os professores que pretendem atravessar para Inhangome para dar aulas vem o seu trabalho comprometido com a situação.
Neste momento contra todos os riscos a travessia de pessoas e bens esta a ser garantida através de canoas que no entanto para além de conforto não oferece nenhuma segurança. Rosa Carlos uma mulher idosa e camponesa tem a zona de inhagome o local onde desenvolve a sua agricultura, na sequencia do desabamento ela contou que ela e muitas mães não tem como buscar sustento e por isso pedem intervenção de quem de direito.
Uma criança morreu domingo por não ter acesso para o hospital. Com a ponte ora desabada ficou difícil atravessar o rio para ir ao hospital e na sequência o petiz acabou morrendo em casa e enterrado na manhã de ontem segunda-feira.
Edil acusa governo de desvio de fundos
Na sequência do desabamento da ponte o edil de Quelimane Manuel de Araújo visitou o local para estar a par da situação. De Araújo acusou na ocasião o governo de ter feito desvio de aplicação dos sete milhões de meticais no ano de 2013 para construção da ponte ora desabada. De Araújo vai mais longe ao afirmar que o governo nem se quer consultou o conselho municipal na altura para o efeito. Ou seja, segundo o edil a infraestrutura foi construída sem autorização e supervisão do município tal como manda alei.
"Isto é o resultado da mistura de política partidária e administração pública, esta ponte foi construída para pagar a campanha eleitoral da Frelimo e foi gasto um valor que não corresponde aquilo que deveria ser investido aqui. Esta ponte não durou quatro anos e a população deve pagar por este clientelismo político partidário da Frelimo" disse acrescentando que "é por isso que nós dizemos que queremos uma separação do estado e dos partidos políticos, porque quando os partidos começam as imiscuir-se na administração pública o resultado é este".
Governo distrital refuta acusações do edil
O administrador Carlos Carneiro refutou todas as acusações feita por Manuel de Araújo. Carneiro disse que ao invés de acusarmos ou recuar o passado para justificar, o povo precisa apenas de uma ponte e por isso "nós como governo distrital vamos conversar com o município para encontrarmos solução para aliviar o sofrimento do povo".
Quanto a construção da ponte a consulta do Conselho Municipal, o administrador de Quelimane referiu que na altura o conselho municipal foi devidamente informado e porque não tinha dinheiro o governo avançou com a infraestrutura alternativa para aliviar a população.
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