segunda-feira, 6 de março de 2017

ONU revela que mais de 2.1 milhões de moçambicanos passam fome


Insegurança alimentar
Até Novembro de 2016, um milhão e quinhentas pessoas passavam fome no país devido à estiagem. Passou o tempo, a seca também, mais o número de pessoas em insegurança alimentar apenas sobe.
De acordo com os últimos dados apresentados pelo Programa Mundial de Alimentação, houve um aumento de cerca 700 mil pessoas a passarem fome, o que significa que perto de 2.2 milhões ressentem-se da falta de comida. A instituição das Nações Unidas aponta a diminuição das reservas alimentares como causa do aumento da fome, em meio as cheias que tendem a destruir culturas agrícolas, particularmente em Gaza.
Aliás, os dados indicam que Gaza, Inhambane e no norte da província de Maputo são os pontos mais afectados pela fome. “O stock da colheita passada vai diminuindo e no mercado é mais difícil comprar comida, daí o aumento das pessoas afectadas”, explica a representante do Programa Mundial de Alimentação em Moçambique, Karin Manente, citada pela imprensa internacional.
O Programa Mundial de Alimentação presta apoio a mais de 600 mil pessoas no país, através dos seus vários programas.
Fome mata mais de 100 pessoas em menos de dois dias na Somália
Na Somália, 110 pessoas morreram, entre sábado e domingo, por falta de comida. Este é o primeiro balanço de mortes, na sequência da seca, anunciada pelo Governo somali, desde que na terça-feira declarou uma situação de “catástrofe nacional”. Neste país do nordeste de África, cerca de três milhões de pessoas passam fome, de acordo com dados de agências humanitárias.
Milhares de pessoas têm-se deslocado para a capital da Somália, Mogadíscio, em busca de ajuda alimentar. Recentemente, mais de sete mil deslocados chegaram a um centro de fornecimento de alimentos. A seca é a primeira crise que o novo presidente somali, Mohamed Abdullahi Mohamed, tem de enfrentar no país, muito fragilizado devido a secas anteriores e a 25 anos de conflito armado caracterizado por atentados.

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