O clube Boa Esporte perde patrocinadores e enfrenta
contestação após contratar o antigo guarda-redes do Flamengo.
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1.
Bruno
conseguiu entretanto ser libertado, com recurso pendente, depois de os
advogados terem apresentado um pedido de habeas corpus, uma vez que o
sistema legal brasileiro, que consideraram ser lento, não conseguiu decidir
sobre um recurso do jogador durante vários anos, conta o Jornal Globo. No entanto, se o recurso for
negado, o atleta poderá voltar para a prisão antes de regressar aos campos.
Assim que o jogador foi libertado, a indignação
fez-se sentir não só entre os membros da família de Eliza Samudio mas também
entre activistas dos direitos das mulheres e junto de piratas informáticos que
atacaram a página da equipa. O site ficou
inactivo durante várias horas.
Nenhum dos envolvidos questiona os direitos legais de
Bruno. A polémica com a sua libertação, dizem, vem da vontade do clube
desvalorizar o crime que o jogador cometeu. Num evento no Facebook, que convoca
uma vigília em frente ao estádio do Boa Esporte, lê-se:
“Um feminicida não pode continuar a ter uma vida aclamada pelos media. Bruno
deixou de ser apenas um guarda-redes, a sua imagem e a sua fama carregam a
prontidão de se aliviar violência de género, a facilidade de esquecer a vida de
uma mulher em detrimento do trabalho em um desporto reconhecido”.
Já o presidente do Boa Esporte, actual campeão da
Série C do Campeonato Brasileiro, usou a mesma rede social para divulgar um
comunicado sobre o assunto. Na nota, Rildo Moraes referiu que o jogador já
pagou pelo crime que cometeu, e, fazendo várias referências biblícas, diz que
“o criminoso colocado em liberdade” deve poder ter “meios de viver em
sociedade, trabalhando e procurando dignidade em sua vida”. Vários adeptos do
clube concordam com a visão transmitida pelo director.
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