domingo, 9 de setembro de 2012

Eu, Presidente? Só a Frelimo o dirá – Luisa Diogo

Sex, 07 de Setembro de 2012 18:27
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Luisa-diogo-forum-economicoA antiga primeira-ministra de Moçambique Luísa Diogo disse hoje que a Frelimo saberá encontrar uma liderança que corresponda aos desafios do país, recusando assumir-se como candidata à sucessão de Armando Guebuza, que em 2014 termina o seu mandato. 
Luisa Diogo comentava em Lisboa notícias informais que a apontam como sucessora de Armando Guebuza na liderança do partido no poder em Moçambique, a Frelimo, e futura candidata à Presidência da República.
Armando Guebuza termina em 2014 o seu segundo mandato como Presidente da República de Moçambique e de acordo com a Constituição não se poderá recandidatar.
"Durante o processo de transição surgem sempre estas situações. Encaro isso com toda a tranquilidade porque não são os rumores que determinam quem é o Presidente da República. O partido tem os seus mecanismos de organização interna e não são os militantes que se candidatam", disse Luísa Diogo.
"O que a Frelimo faz é olhar para aquilo que são os desafios para os próximos 10 a 15 anos e, na base disso, procura uma liderança que corresponda aos desafios seguintes. Temos acertado nisso. Não é a Luísa Diogo que vai determinar quem é", sublinhou.
Recusando antecipar cenários, Luísa Diogo disse que "não tem que encarar um desafio" que acha que nunca lhe foi colocado, mas não descartou a possibilidade de reflectir sobre o assunto se lhe vier a acontecer.
"Só reflectirei se me colocarem (o assunto). Prefiro não me antecipar porque nunca me coloquei antecipadamente para um cargo. O segredo é trabalhar afincadamente em cada lugar que ocupo, em cada tarefa que me dão e, ao longo do tempo, o próprio partido vai decidindo qual é o próximo passo. Estou tranquila em relação a isso", disse.
Sobre o próximo congresso da Frelimo, que se realizará entre 23 e 28 de setembro em Pemba, província de Cabo Delgado, no norte do país, Luísa Diogo não antecipa grandes surpresas para uma reunião que assinalará os 50 anos do partido.
Armando Guebuza já anunciou a sua recandidatura a presidente da Frelimo, contando com o apoio do comité central do partido.
"Vejo este congresso como um grande momento de celebração, não vejo que seja um congresso de grandes surpresas. Não há dúvidas que a liderança do partido vai continuar a ser a actual, do presidente Armando Guebuza, o que traz uma estabilidade grande ao partido e o país. É uma pessoa que já demonstrou que pode assegurar a transição com toda a tranquilidade", disse.
Quanto aos restantes órgãos do partido, Luísa Diogo adiantou que haverá uma continuidade em 60 por cento dos cargos e renovação em 40 por cento, mostrando-se convicta que as renovações "não vão criar qualquer percalço no desenvolvimento do país ou na linha política que o partido tem estado a seguir", acrescentou.
(RM/Lusa)