sábado, 12 de janeiro de 2013

Abatido piloto francês no Mali

 
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FrenchMali 2449921bUm piloto francês foi morto este sábado no Mali durante um ataque com helicópteros das forças francesas, que combatem islamistas no país, em resposta a um apelo do Presidente Dioncounda Traoré. O ministro da Defesa francês confirmou ainda que outros militares ficaram feridos numa operação em Bamaco, a capital.
Segundo o ministro, Jean-Yves Le Drian, o soldado foi morto durante o raide, na noite passada, "contra uma coluna terrorista" vinda do Norte e que se dirigia para duas cidades do Sul do Mali", depois da captura de Konna, na sexta-feira.
O ataque foi feito "em apoio do Exército maliano, permitindo a destruição de várias unidades terroristas e parando a sua progressão", afirmou este sábado de manhã.
A edição online do jornal Le Point noticiou, entretanto, que outros dois helicópteros "foram igualmente destruídos" pelos rebeldes quando regressavam à base, no vizinho Burkina Faso. A informação não foi confirmada oficialmente.
Jean-Yves Le Drian avançou ainda que prosseguem os ataques aéreos no Mali, bem como as operações para proteger os cidadãos franceses.
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França envia centenas de soldados
Na mesma conferência de imprensa, Drian explicou que as primeiras unidades de combate francesas chegaram sexta-feira à capital maliana “para contribuir para a protecção de Bamako e garantir a segurança dos cidadãos franceses”. Segundo números oficiais, residem no Mali seis mil detentores de passaporte francês e a sua protecção foi a primeira razão invocada por Paris para o envolvimento no conflito na antiga colónia, onde estavam já elementos das forças especiais e helicópteros.
O ministro da Defesa explicou que, perante o agravamento da situação e o pedido de auxílio do Presidente do Mali, o Governo francês decidiu intervir em força, em respeito pelo artigo 51 da Carta das Nações Unidas – que prevê “o natural direito de legítima defesa, individual ou colectiva, no caso de um membro da ONU estar a ser objecto de uma agressão armada” – e pela resolução aprovada em Dezembro pelo Conselho de Segurança, que autorizava o envio de uma força para combater os islamistas que tomaram o controlo do Norte do país.
Assim, aos primeiros militares, vão juntar-se “rapidamente” várias companhias, num dispositivo que, segundo Drian, terá “centenas de soldados franceses”. O contingente envolve também meios aéreos como os que, na última madrugada, entraram em acção em apoio às forças malianas que tentam evitar que os islamistas tomem o controlo das cidades de Mopti e Sévaré, no caminho para Bamako. Esta operação, conclui o ministro, “durará o tempo que for necessário”.
Além das forças francesas, o Exército do Mali confirmou também a presença de soldados da Nigéria e do Senegal. E depois do aval dado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) ao envio de tropas, “outros países amigos” já manifestaram a intenção de ir em auxílio do Governo do Mali, revelou o coronel, Oumar Dao, chefe da operação militar.
Com publico.pt

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