domingo, 5 de agosto de 2018

Tesla cala críticos e vende 14.250 Model 3 em Julho


É certo que a Tesla não é exemplar a concretizar promessas, mas mesmo os eternos críticos da marca têm de começar a dar o braço a torcer. Em Julho vendeu 14.250 Model 3, o máximo atingido por um EV.
O arranque da produção do Model 3 foi, para a Tesla, uma dor de cabeça que demorou quase um ano a passar. Um ano e muitos milhões de dólares, entre as perdas por não vender e os investimentos necessários para resolver os problemas da linha de produção. Mas depois de muitas derrapagens, no final de 2017 Elon Musk prometeu atingir em Junho deste ano a meta de 5.000 carros por semana de produção e, espantem-se, cumpriu.
Como seria de esperar, para quem está hoje a fabricar cerca de 20.000 Model 3 por mês, as vendas teriam de tendencialmente começar a crescer e apontar para valores similares. É bom ter presente que, segundo a Insideevs, o veículo eléctrico que até aqui mais vendeu num só ano, em termos globais, foi o Nissan Leaf, que em 2014 transaccionou 30.200 unidades. Pois bem, ao atingir 14.250 unidades do Model 3 no mês de Julho, a Tesla não só bateu o recorde entre os veículos eléctricos (EV) em 30 dias de comercialização, como se somarmos os Model 3 vendidos nos primeiros sete meses do ano, a marca americana atingiu 38.617 unidades deste modelo, o que a torna no novo recordista, apesar de ainda faltarem cinco meses para o final do ano.
Os mais de 14 mil Model 3 vendidos ainda estão uns milhares abaixo dos 20.000 que a Tesla deverá estar a produzir por mês, mas isso explica o parque de veículos novos armazenados na fábrica de Fremont, à espera de serem expedidos para os clientes. Ao contrário dos restantes construtores, com rede de concessionários convencional, a Tesla recorre a um processo distinto, com algumas Tesla Stores, mas essencialmente a ter uma relação directa com os clientes, sem uma rede de distribuição pelo meio. Isto torna o processo mais lento e obriga a armazenar na fábrica os veículos que, de outra forma, estariam à espera de serem levantados pelos clientes nos concessionários. Em compensação, a marca não tem de suportar as margens absorvidas pela rede, qualquer coisa entre 20 e 30%, restando saber se esta óbvia vantagem para o construtor se traduz igualmente numa vantagem para o cliente, o que sinceramente duvidamos.

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