quarta-feira, 11 de abril de 2018

Governo de Unidade, Reconciliação e Renovação Nacional com um Presidente Independente

UMA ESPÉCIE DE MANIFESTO EM TRÊS TEMPOS
Governo de Unidade, Reconciliação e Renovação Nacional
com um Presidente Independente
Roberto Julio Tibana
10/Abril/2018
1. NÃO VAMOS CONSEGUIR CONSTRUIR O PROGESSSO DO NOSSO PAÍS COM EXTREMISMOS, EXCLUSÃO E SEM RECONCILIAÇÃO
O mapa político atual de Moçambique é tal que apesar das aparências os extremismos enraizaram não somente ao nível das lideranças. Posicionamentos radicais se estenderam como clivagens profundas na sociedade. Alguns segmentos da sociedade fazem do alinhamento político uma questão de vida ou de morte da sua identidade. Existem pessoas hoje que não se sentem moçambicanas senão como membros, simpatizantes ou de algum modo apoiantes da FRELIMO ou da RENAMO. Com todas as suas idiossincrasias, estas duas organizações políticas parece terem-se imposto como definidoras das identidades de uma boa faixa de moçambicanos. Felizmente, não de todos, e quiçás, ultimamente não da maioria de moçambicanos.
Isto tem uma razão de ser e até faz sentido se tomarmos em conta o papel que estas duas organizações desempenharam em momentos cruciais da história contemporânea de Moçambique. A FRELIMO é identificada com a independência nacional, pois é a ela que o acidente histórico da maneira como se realizou a descolonização conferiu o manto de portador do estandarte da independência. A RENAMO é identificada com os direitos e as liberdades democráticas tal como as vivemos hoje (direitos e liberdades de associação, de expressão, de escolha e de ser escolhido por sufrágio universal para o exercício da governação, entre outras) pois é a ela que o acidente histórico conferiu o manto de inviabilizar a ditadura do regime anti-democrático instaurado pela FRELIMO aquando da independência nacional.
Acontece porém que tanto uma como a outra organização (FRELIMO e RENAMO) desempenharam esses papéis que os acidentes históricos lhes conferiram de uma maneira que lhes criou um défice que lhes nega a sua pretensão que hoje têm de serem representantes dos anseios de todos os moçambicanos. A FRELIMO fez uma Guerra de dez anos mas passados quarenta anos de uma governação cheia de erros monstruosos considera que é a única com legitimidade e capacidade de governar moçambique, e de o fazer sozinha. A RENAMO conduziu uma Guerra civil que durou dezasseis anos mas passados mais de vinte anos desde a cessação de hostilidades em que não se construiu como uma alternativa pacífica e viável, considera que é a única com legitimidade de se sentar a mesa com a FRELIMO para dirimir os destinos da nação e eventualmente governar moçambique, e de o fazer sozinha.
Daí este sentimento de desconforto e a ambivalência coletiva dos moçambicanos acerca dos intenções verdadeiras das lideranças dessas organizações. De um lado apreciamos o fim da dominação colonial mas nos sentidos desconformados com a maneira como a Frente e Libertação de Moçambique e o partido FRELIMO suprimiram outros nacionalistas e negaram as liberdades democráticas aos moçambicanos. Também nos cria repulso o abuso do poder e do bem público a que ela preside hoje. De um lado apreciamos a democracia e as liberdades que foram forçadas pela guerra civil, mas nos sentimos desconformados com a falta de sinais claros de liberdades e verdadeira democracia que Resistênca Nacional de Moçambique (RENAMO) denota, bem como a sua incapacidade de apresentar projectosd e governação concretos e convincentes a escala nacional. Repulsa muitos moçambicanos o facto de que as lideranças e os núcleos duros dos militantes destas organizações hoje põem a sua hegemonia politica acima dos interesses de todos os moçambicanos, e recusam-se a ouvir todos os outros que não façam parte das suas hostes. Isto faz-nos duvidar, e mesmo ter a certeza de que o que eles procuram não é o bem-estar de todos os moçambicanos, mas a salvaguarda do seu interesse de grupo restrito.
É assim que apesar de gozarmos dessa independência e dessas liberdades e direitos democráticos, mais de 65% de moçambicanos recenseados (isto é com direito a voto) ultimamente não se dirigem às urnas para exercer o seu direito de escolha dos que os vão governar. As pessoas têm dificuldades de escolher entre alternativas com as quais não se identificam. E a maior parte dos 35% que se fazem aos votos, para além dos poucos cidadãos que por uma ou outra razão acreditam nas narrativas falseadas da nossa história, compõem as faixas mais extremadas dessas formações políticas. Também incluem as faixas mais pobres e por isso vulneráveis e instrumentalizadas da população Moçambicana, bem como aqueles cidadãos que se fazem ao voto porque sujeitos a chantagens, pressões e manipulações do que por escolha consciente e de livre vontade. Dadas a oportunidade de se libertarem dessas amarras, uma boa parte desses cidadãos optariam por essa liberdade. As estatísticas já mostram que em determinadas regiões o número de pessoas que votam a FREELIMO é substancialmente inferior aso militantes que a organização se vangloria ter.
2. VIVEMOS UM MOMENTO CRUCIAL DE ESCOLHA DO NOSSO DESTINO COMOM NAÇAO
Todas as nações passam por um acumular de experiências trágicas que a determinado momento lhes obrigam a fazer uma escolha entre virar para o caminho do progresso ou permanecer no rumo que se provou por demais pernicioso. Este é o momento em que o nosso Moçambique se encontra. Uma encruzilhada critica. Tivemos mais de quarenta anos do mesmo. Se não virarmos a página da história agora, teremos outros quarente anos ou mais do pior. As riquezas nacionais que estão a ser cavadas hoje enriquecerão uma minoria retrógrada e servirão para fortificar o seu poder político e de repressão, e para entronizar no poder os sues desentendes que irão continuar na mesma senda. Ou é agora, ou será para muito mais tarde. E os que no future testemunharão essa mudança, porque ela é historicamente inevitável, nessa altura perguntarão que tipo de pais e avós e bisavós eles tiveram que permitiram que a nação marchasse para trás como o terá feito.
Precisamos de construir um moçambique em que os moçambicanos se vêm como moçambicanos antes de se verem como da ou pela FRELIMO ou RENAMO ou MDM ou qualquer outra formação politica grande ou pequena. Isso passa por uma reconciliação verdadeira entre os moçambicanos, baseada numa leitura desapaixonada da sua história recente, na justiça e no perdão. Tanto a FRELIMO como a RENAMO têm uma responsabilidade importante na promoção dessa reconciliação.
Porém, com as suas posições de intolerância e irredutibilidade elas estão hoje incapazes de assumir essas responsabilidades. Teria sido bom se em 1992 o fim da guerra civil tivesse levado a formação de um governo de unidade nacional e o desencadear de um processo de reconciliação nacional. Tal como em 1974-75, a nação unida foi preterida a favor da hegemonia de um grupo. As narrativas de ambos os lados não permitiam ao resto da sociedade discernir com clareza o que foi a nossa história verdadeira. Hoje o desejo de hegemonia de um grupo em relação ao outro e em relação ao povo inteiro coloca moçambique mais uma vez na iminência de perder uma oportunidade de virar a página da história de tragédias para uma de progresso em conjunto, com todos os moçambicanos de mãos dadas.
É assim que a proposta de uma Conferência Nacional para discutir a paz, reconciliação e desenvolvimento de Moçambique foi recusado pela FRELIMO e pela RENAMO a favor de negociações secretas e excludentes que hoje ameaçam fazer-nos voltar à estaca zero. É assim que hoje corremos o risco de entramos no próximo ciclo eleitoral com o machado de guerra ainda a pairar sobre as nossas cabeças, e com um processo de descentralização mal desenhado e inconclusivo. Porque as duas partes não se conseguem reconciliar e recusam-se a criar um ambiente em que o resto dos moçambicanos se reconciliem com elas e com a sua história e abram uma nova página rumo ao progresso da nação. Teria sido menos mal se a FRELIMO e a RENAMO, em algum momento desde que começaram a digladiar-se, tivessem chegado a acordo sobre a formação de um governo de unidade nacional no qual não só estivessem eles representados, mas também outras forças politicas e sociais de relevo na representação dos grandes interesses nacionais.
Na ausência desse acordo, e perante a recusa deles de abrirem o espaço de deliberação sobre os destinos da nação a outras forças políticas e sociais, essa decisão deve ser tomada pelos moçambicanos eles próprios na única oportunidade que têm de o fazer com legitimidade: o momento das eleições para os seus representantes nos órgãos do poder legislativo e executivo.
3. A CONSTITUIÇAO DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE E AS LEIS ELEITORAIS OFERENCEM AOS MOÇAMBICANOS A POSSIBILIDADE DE TER UM GOVERNO DE UNIDADE NACIONAL EM 2020
Para isso bastaria que em 2019 os moçambicanos elegessem um Presidente Independente que esteja comprometido com esta ideia.
Um PRESINDENTE INDEPENDENTE que possa trabalhar com uma Assembleia da República na qual ele não terá deputados que lhe devam vassalagem nenhuma. Um PRESIDNENTE INDEPPENDENTE dos partidos políticos, que possa formar um governo de membros selecionados na base de mérito e lealdade à pátria, consubstanciada no respeito pela Constituição da República de Moçambique. Um governo em que os ministros são leais em primeiro lugar à Constituição e não ao Presidente ele próprio. Um PERSIDENTE INDEPENDENTE que possa governar guiado por valores de serviço público e integridade, e não de serviço dum partido ou um grupo restrito dentro de um partido. Um PRESIDENTE INDEPENDENGTE que formaria um governo cujos membros poderiam ser qualquer cidadão com mérito para a função, incluindo os que possam existir nesses partidos políticos. Um GOVERNO DE UNIDADE NACIONAL com a tarefa de materializar o programa que o PERSIDENTE INDEPENDENTE terá a incumbência de implementar em virtude do seu compromisso com os eleitores e com todos os moçambicanos independentemente da sua filiação e simpatias partidárias.
Com os partidos políticos representados na Assembleia, e o PRESIDNETE INDEPENDENTE sem deputados que lhe devam vassalagem, estaríamos pela primeira vez em Moçambique a construir um regime verdadeiramente democrático com muitas possibilidade de ter um sistema de pesos e contrapesos a funcionar. E com os poderes que a constituição atual lhe confere, conjugado com os incentivos que os partidos políticos teriam de a reformar (incentivos esses que agora eles não têm porque todos querem governar com base nessa constituição defeituosa que confere poderes imperiais ao Presidente), o PRESIDNENTE INDEPENDENTE iniciaria um programa de reformas constitucionais profundas, em que os partidos políticos teriam que colaborar, pois ele estaria a agora com mandato popular suprapartidário.
O PRESIDNETE INDEPENDENTE teria que se comprometer com uma profunda reforma constitucional que traga uma verdadeira separação de poderes, construa um sistema efetivo de pesos e contrapesos entre os vários poderes, e crie as condições para combater a corrupção e responsabilizar dos que através da gestão dolosa do bem público prejudicam a nação. O PRESIDENTE INDEPENDENTE teria que se comprometer com uma profunda reforma da gestão da economia para promover um rápido crescimento do em prego e rendimentos da maioria da população, e para salvaguardar as riquezas nacionais que agora estão ser entregues ao desbarato por uma minoria predadora em troca de benefícios para eles próprios e em detrimento da nação e das gerações futuras.
Quem não quer isso?
Compatriotas, podemos fazer história 2019!
RJT
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18 comentários
Comentários
Paulo Soares É uma Assembleia Constituinte, que esta, com tantos remendos, já está velha.
Não serve para renovar, mesmo nada!
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Paulo Soares Mas concordo que isso que é proposto, urge, para bem de todos!
Os beligerantes, entretanto, já se habituaram a viver em Guerra.
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John Wetela Dificil ser ouvido pelo regime
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Serafim Alfredo Mavale Eu quero um Presidente com esses atributos de total independência e integralmente representando os Moçambicanos. Mas, quem será o candidato verdadeiro do Povo?
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Paulo Soares Tem de ser eleito...
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Serafim Alfredo Mavale Haja coragem noo tal candidato!!
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Roberto Julio Tibana A resposta a essa pergunta importante (QUEM!) poderia ser objecto de um quarto tempo! Precisamos PRIMEIRO de um acordo sobre os três primeiros tempos, porque seja QUEM for ele vai ter que ter a certeza de que quando for agarrar o touro pelos cornos outros haverá que o irão agarrar pelo rabo!
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Serafim Alfredo Mavale Vamos procurar de entre os vários membros das sociedades civíl, o candidato verdadeiramente do Povo.
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Roberto Julio Tibana Caro Serafim Alfredo Mavale, e na altura procure-se o indivíduo em todos os cantos, rmas antes de distrair as pessoas com nomes importa debater a IDEIA e como viabiliza-la. Senão já estou a ver o cenário: pega-se numa pessoa e atira-se o fardo sobre ela depois o resto do maralhal fica a assistir! Pior ainda, vai-se à dita sociedade civil e de lá através de esquemas já ensaiados enfia-se-nos um "pau mandado" que fala bonito e faz "crítica autorizada" para nos enganar. Nada disso. Aquí não se vai brincar a esse jogo as escondidas. O PRESIDENTE INDEPENDENTE NÃO TEM QUE SER ELEITO PELA DITA "SOCIEDADE CIVIL". ELE VAI SER ELEITO PELOS ELEITOTES DE ACORDO COM AS REGRAS ESTABELECIDAD PELA CONSTITUIÇÃO E PELA LEI ELEITORAL. E eu já disse: A PESSOA QUE VAI AGARRAR O BOI PELOS CORNOS VAI PRECISAR DE TER A CERTEZA QUE HAVERÁ OUTROS A AGARRAREM-NO PELO RABO. Isto não pode ser jogo às escondidas! Não! Vamos lá falar dessa IDEIA e deixar de distrair as pessoas com discussões de nomes. Qualquer um que julgar que tem atributos para pôr a ideia em prática poderá depois pôr o seu nome e procurar a aprovação dos outros. Não se esqueçam que as regras exigem um mínimo de 10, 000 assinaturas reconhecidas de apoiantes!
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Jorge Silva Não fiquemos pelas palavras. Há que agir. Mobilizar a sociedade civil não comprometida. A Nação está à espera de uma nova aurora.
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Armando Nenane Todo o político sabe muito bem que as regras de jogo impostas pelo sistema eleitoral determinam a conversão dos votos em mandatos ou em poder político. Os que já têm poder não estão para reformar nada, muito pelo contrário: tudo fazem para nos fazerem recuar no tempo, até matam. A minha pergunta é: como isso se consegue sem armas?
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2 dia(s)
Roberto Julio Tibana Caro Armando Nenane, temos mais de quinze milhões de moçambicanos bem armados prontos para usarem essa arma se assim forem organazados e orientados. MAS NÃO SE ENGANE QUE EU NÃO ESTOU A FALAR DESSAS ARMAS DE PÓLVORA. ESTOU A FALAR DO PODER DO VOTO QUE CADA UM DESSES QUINZE MILHÕES TEM. Vamos desarmar as mentes da violência armada e mobilizar a arma pacífica do voto! Temos que quebrar com o ciclo da violência e do poder das armas para atingir e exercer poder político. É uma tarefa hercúlea mas não impossível.
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1 dia(s)
Armando Nenane De resto temos as nossas mentes desarmadas com armas apontadas nas nossas cabeças. Todo o raciocínio que apresenta é lógico, sobretudo porque nos propõe acabar com um sistema político opressor. Esse sistema já provou com a lei da bala que não está para ser mexido nem debatido. Nestes dias a corrida armamentista regressou com o debate descentralizacao vs desarmamento. Quando começarem a andar aos tiros voltaremos a estaca zero. Nem os 15 milhões de eleitores difíceis mas não impossíveis os conseguiremos mobilizar. Não estou a discordar com o Dr no pensamento, de resto estamos no mesmo diapasão enquanto pensadores independentes. No final do dia, às armas comandam as ideias. Em política, a moral não conta o que conta são os interesses. Infelizmente, os que detém as armas pensam assim. Para eles, onde a palavra não entra a bala fura. Veja o medo que se instalou em todo o lado...
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Domingos Mazivila Ecos de instituições livres para servir o vasto Moçambique sem freios político-partidários. Reflexão oportuna Roberto Julio Tibana.

Urge assegurar o sucesso do recenseamento eleitoral para que dele saiam votos qualitativos, espelhando este desiderato da Unidade, Reconciliação, Renovação / (Progresso).


A vitória prepara-se!
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Miro Guarda Uma tarefa herculea essa Professor, mas que pode se fazer. Urge nos mobilizarmos...
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Gitandra Valoyi Prezado Roberto Julio Tibana,
Podemos, sim, fazer a história, bastando, para isso, que sejamos corajosos, e tu estás a fazer – e a fazer bem – a tua parte.
Diz um ditado africano que um rebanho unido obriga o leão a dormir com fome.

Tenho estado a pensar no mesmo, com a diferença de eu trabalhar com o que já existe.
Eis o que tenho deixado por escrito:
1. O Presidente da República deve ser ultrapartidário. Isto significa que, mesmo que concorra pelo partido político, deve ter garantias constitucionais, que determinem que, enquanto Presidente da República, suspenda a sua filiação partidária e, enquanto garante da Constituição, seja Presidente-mor de todos os partidos políticos e de todos os moçambicanos.
2. A Constituição da República deve avançar a figura de Vice-presidente da República, que deve ser o segundo candidato mais votado. Neste caso, a constituição do governo será conduzida pelos dois mais votados, sendo que o primeiro mais votado seria responsável por determinar 60% dos membros do governo, e o segundo, 40%. A acontecer isto, onde o ministro proceder de um, o vice-ministro procederá de outro. Isto deve ser clarificado na Constituição e deve ser extensivo aos governos provinciais e distritais.
3. A Assembleia da República deve estar constituída, unicamente, por três bancadas: duas, em representação de partidos políticos, que se podem coligar, dependentemente dos interesses a defender, a disputar 60% de assentos, e uma, em representação dos moçambicanos comprovadamente não filiados em partidos políticos, que concorram nominalmente, a preencher 40% de assentos. Em tal imaginação, o presidente da Assembleia da República procederia dos 40% não filiados em partidos políticos, e deveriam existir dois vice-presidentes, em representação das outras duas bancadas. Este pensamento seria extensivo às assembleias provinciais, distritais e municipais. Avancei, no passado (07.03.2016), que, no caso das assembleias provinciais, de onde nasceriam os governadores provinciais, enquanto o presidente procederia dos 40%, o governador procederia da bancada partidária maioritária. Assim, ninguém teria o poder absoluto e as instituições não seriam partidarizadas.
Inspiro-me sempre no homem que, em oposição à diabolização dos meios de comunicação social, preferiu usá-los como veículo do Evangelho. Assim ele procedeu por perceber que, tendo vindo para ficar, lutar contra eles seria o mesmo que procurar travar o vento com recurso às mãos.
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1 dia(s)Editado
Roberto Julio Tibana Caro Gitandra Valoyi, muito obrigado pot estes subsídios. Estamos juntos na procura de alternativas governativas que sirvam e satisfaçam a maioria dos moçambicanos. E tenho a certeza que muitas mais pessoas terão ideias coincidentes, diferentes e até contrárias, que devem ser debatidas em forum organizado até se chegar a consenso. O NOSSO GRANDE PROBLEMA AGORA É QUE TEMOS UMA QUESTÃO PRÉVIA QUE RESULTA DO FACTO DE QUE OS PODERES DOMINANTES E OS QUE OS CONTESTAM NA OPOSIÇÃO FORMAL NÃO ACEITAM ABRIR ESPAÇO PARA ESSE DEBATE. É por isso que eu acho que primeiro devemos abrir esse ESPAÇO elegendo um PRESIDENTE INDEPENDENTE EM 2019 sue possa formar um GOVERNO INCLUSIVO BASEADO NO MÉRITO E LEALDADE À PÁTRIA E À CONSTITUÇÃO DA REPÚBLICA, mas que também no processo de eleger esse PRESIDENTE ele seja constrangido a comprometer-se a iniciar o processor da ASSEMBLRIA VONSITUINTE que vai derimir todas essas questões de govenação e outras com a partcipação de TODOS. O quadro legal actual permite isso. Ele teria que ter no mínimo dez mil assinaturas de apoio reconhcidamente válidas, e é no processo dessa "pré capanha" que ele teria que se compometer com isso. Tenha um bom dia!
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Ver Tradução1 dia(s)
Jorge Ferreira Não concordo que nomei Governos...primeiro -ministro sim e, este escolhe seu Governo...todas as Instituições devem ter seus nrs 1 por eleição ...nada de nomeações...excepção para a Defesa , Segurança e Interior e ainda Embaixadores..
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1 dia(s)
Roberto Julio Tibana Caro Jorge Ferreira, concorde ou não isso são as comptências do Presidente da República de acordo com a Constituição vigente. O PRESIDENTE INDEPENDENTE seria eleito na base dessa Constituição, porque os actuais governantes e seus opositores uniram-se na recusa a uma reforma constitutional profunda através de um processo em que você e muitos outros que não concordam com o modelo actual teriam a oportunidade de exprimir essa opinião e ver se passa. Neste momento tem duas opções: votar por um desses partidos que the negaram essa oportunidade; ou 2) votar por um PRESIDENTE INDEPENDENTE (pelos memos isto a actual zConstituição the permite) e se você se juntar a muitos outros esses partidos não terão como lhe negar isso embora vá custar muito eles aceitarem a derrota nas urnas. Se decidir pela opção 2, a única coisa que terá que garantir é que o PRESIDENTE INDEPENDENTE para QUEM vote será um indivíduo que tenha no seu programa essa ASSEMBLEIA CONSTITUINTE que vai fazer essa reforma que o senhor quer, e que no processo dessa escolha não deixe que the enfiem um "pau mandado" que depois chega lá e esquece o compromisso! Difícil mas realizável. A escolha é sua!
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Lélio Piloto Já é tempo de mudança inshalla
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Jose Majasse Dombe Quem te ouvirá?
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1 dia(s)
Lélio Piloto Deus todo poderoso , Amém 🙏
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1 dia(s)
Cornelio Quivela Roberto Julio Tibana,uma das enfermidades politicas de Mocambique,os seus brilhantes filhos sao hesitantes,os seus pensamentos nao sao estruturados em debates visiveis,espero que nao seja mais um caso desses.
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1 dia(s)
Roberto Julio Tibana Se tem dúvidas é seu direito e até tem razão depois do que passou nestes últimos 40 anos. Nesse caso, é só esperar para ver. Não se precipite!
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1 dia(s)
Beny Maria Pequenino Bravo meu caro Roberto Julio Tibana
Este manifesto esta bem colocado mas peca por não atingir o grupo alvo por maioria. Se não vejamos:
Maior número do potencial eleitor não tem direio a informação em que este manifesto é um exemplo concreto. Pois qu
e, nós a minoria que entramos nesta rede social é que o lemos. Mas temos aqueles que estão em Nipepe, em Moamba, em Memba, e tantos cantos e recantos deste vasto Moçambique que mesmo para recensearem se estar ser muito cumplicado e quem apenas pode chegar la, são os agentes do regime que infelizmente não se predispõem em mudar o cenário. 
A pergunta que se coloca é: 
Como mobilizar esses, atendendo que maior parte são iletrados e os letrados não atingem uma fasquia considerável para contradizer a outra parte dos letrados que estão noutra margem a comer com o sistema?
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1 dia(s)
Roberto Julio Tibana Boa pergunta! Teremos que sair do Facebook e ir lá ter com esses nossos compatriotas nas aldeias e vilas mais distantes. E esse será o verdadeiro primeiro teste da nossa determinação de fazer vingar a nossa vontade. Teremos que fazer isso a título voluntário e unindo os parcos recursos que cada um de nós tem. E teremos que agir "fora da caixa" para mobilizar os recursos e energias dos mais pobres para eles investirem na sua própria libertação. Signigica sair da cidade e ir ficar lá e dormir lá na palhota, beber água do poço com ele é conversar à luz da fogueira a noite. Isto não será uma batalha de sofá com televisão a tilintar e café ao lado! E no terreno em alguns lugares teremos que ser muito verenos porque haverá muito arruaceiro plantado para gerar violência. Não teremos a rádio e alguns jornais que e televisões que são amordaçados pelo regime. nada disto. Nós teremos que fazer o nosso "trabalho sujo" contando connosco próprios!
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1 dia(s)
Armando Nenane Agora Dr. eu percebi melhor. Haverá muito arruaceiro plantado para gerar violência. Esse arruaceiro está na polícia, no sise, no tribunal, na cne, no partido, etc. Carlos Jeque foi o primeiro e único candidato independente no país. Interessantes história de mobilização que gostaria de ouvir dele!
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1 dia(s)
Serafim Alfredo Mavale Quando vamos começar?
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1 dia(s)
Issufo Issufo Este cenário politico que se desenha parece mais um jogo Solteiros/ Casados que em vez de usarem a "Pila" usam as armas, balas, o pé de cabra, ou alguns cabroes vendidos por meia tigela de muxuxo. Chega !!!!
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1 dia(s)
Nylton Filho de General Palavras que já estavam instaladas na minha garganta.

Resta organizarmos para por em práctica ainda cedo,pois é necessário que haja um governo independente capaz de ouvir o seu povo,na troca de ideias por ai...


Mas quem pode ser essa pessoa?
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17 h
Mandzamako Lopes Fogo na baía!
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16 h
Carmelo Pontes Muito interessante Dr Roberto gostei do manifesto. Mas o nosso povo precisa é de saúde transporte segurança educação trabalho e mais importante dignidade no viver
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7 h
Jorge Ferreira Isso devia ter sido iniciado há 20 anos...não é tarde , mas vai demorar mais 20 até que o nosso Povo menos informado e/ou escolarizado entenda...
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