domingo, 1 de abril de 2018

A VOZ DO JORNAL DE ANGOLA


Isabel dos Santos, um destes dias, choramingava nas redes sociais por causa da nova direcção do Jornal de Angola, liderada por Victor Silva, afirmando que este mais parecia um jornal da oposição, pelo modo como acolhia as críticas contra a sua pessoa.
É óbvio que o modelo de imprensa perfeito para Isabel seria o do Pravda, dirigido por Lev Mekhlis nos anos 1930, na União Soviética. Nessa época, havia apenas uma única verdade: aquela que Estaline ditava a Mekhlis e que este transcrevia obedientemente no jornal, iniciando, muitas vezes por aí, as purgas e os assassinatos políticos.
Angola também teve o seu Lev Mekhlis, incarnado na pena rebarbativa de José Ribeiro, director do Jornal de Angola entre 2007 e 2017.
Ribeiro foi demitido na onda exoneratória de João Lourenço, mas, aparentemente, foi-lhe prometido, como prémio pelos leais serviços ao partido MPLA, a prebenda de uma nomeação como adido de imprensa na missão de Angola em Nova Iorque.
Contudo, parece que o nosso Mekhlis tropical se encontra envolvido em demasiadas peripécias financeiras, pelo que começará a ser difícil apanhar o avião para Nova Iorque. É mais provável que se auto-exile no país que adorava insultar e espezinhar, e onde agora passa mais tempo: Portugal. Caso esteja em Angola, poderá passar os próximos tempos entre a Rua Amílcar Cabral, onde se situa o Tribunal Cível, que cobra dívidas, e a Cadeia de Kakila ou a do Calomboloca, que esperam a chegada dos prevaricadores financeiros.
José Ribeiro tem uma grande dívida contraída junto de variados credores: ultrapassa os 15 milhões de dólares. Parte dessa dívida resulta da compra de uma impressora rotativa com 15 anos de uso por quatro milhões de dólares. Os fornecedores deram-lhe dez dias para pagar 320 mil dólares da dívida.
Todavia, a situação mais grave prende-se com as averiguações em curso no Tribunal de Contas, que foi confrontado com a falta de justificação para movimentos financeiros no valor de 12 milhões de dólares na empresa proprietária do Jornal de Angola, as Edições Novembro. Para simplificar, digamos que foi encontrado um “buraco” financeiro na gestão de José Ribeiro na ordem de muitos milhões de dólares. Outros administradores que participaram na gestão de José Ribeiro já confessaram às nossas fontes a sua angústia e preocupação por terem de responder pela gestão perdulária de Ribeiro.
Diante de tantas e tão graves desventuras, José Ribeiro resolveu ignorar todos os pedidos de explicação, e não atende o telefone a ninguém que pretenda obter as satisfações adequadas.
E, agora, João de Melo procura encontrar uma saída para evitar a nomeação de José Ribeiro como adido de imprensa em Nova Iorque.
No entanto, a verdade é que Nova Iorque não é pouso seguro para nenhum dos antigos colaboradores de José Eduardo dos Santos, a partir do momento em que os norte-americanos accionem os meios legais à sua disposição para responsabilizar aqueles que participaram em actividades de corrupção ou abusos de direitos humanos. Ora, os 12 milhões de dólares desaparecidos pesarão sobre a cabeça de José Ribeiro em qualquer parte do mundo.
Também pode acontecer que todo este barulho que se ouve contra a corrupção e os desvios financeiros dos protegidos do antigo presidente da República José Eduardo dos Santos seja fogo de vista. Isto é, muito barulho para nada… ou apenas para “convencer” JES a abandonar a presidência do MPLA e a entregar todo o poder a João Lourenço. Assim, todos continuarão com a sua vidinha.
Neste caso, José Ribeiro acabará mesmo por tomar o avião para Nova Iorque… Veremos!

Paulo Guimarães
Curioso o destino!!! Este José Ribeiro que durante tantos anos foi um dos principais responsáveis por "azedar" as relações entre Angola e Portugal, escrevendo editoriais cheios de mentira e irresponsabilidade, vem agora esconder-se em Portugal da justiça angolana. Ainda por cima numa altura em que as relações entre os dois países atravessam tempos muito complicados precisamente por problemas que o abutre José Ribeiro ajudou a acicatar.
Só espero que o governo português tome a iniciativa de o convocar e de lhe transmitir que não é bem vindo a Portugal, país que aliás ele tanto detesta.
José Ribeiro · 
Trabalha na Empresa Imobili 1000
Sr. Paulo Guimarães, sou Angolano, vivo em Angola, não em Portugal. Quem sempre procurou envenenar e destruir as relações entre os dois povos foram portugueses. Lembra-se do apoio a Savimbi e as declarações inflamadas de João Soares? Apenas fizemos uso do Direito de Resposta, sabe o que isso é?
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Paulo Guimarães
Sr. José Ribeiro, muito obrigado por responder ao meu comentário.
Até que enfim consigo dialogar consigo livremente, porque durante todos os anos que esteve à frente do Jornal de Angola e de cada vez que resolvia investir contra Portugal e os portugueses, o seu jornal não permitia um comentário, uma opinião contrária o contraditório, lembra-se? Invoca o direito de resposta. Acho muito bem, mas onde e quando algum dia permitiu o direito de resposta ou sequer uma opinião no seu jornal, diga-me lá SFF? Na ficha técnica do seu jornal nem sequer um endereço de e-mail havia, não fosse algum leitor resolver escrever para o jornal, também se recorda desta situação?
Invoca João Soares e algumas pessoas que apoiaram abertamente Savimbi em Portugal.
Sabe uma coisa Sr. José Ribeiro, embora pessoalmente não concorde nem siga a ideologia política de João Soares, em Portugal vive-se em democracia desde 1974 e qualquer pessoa e qualquer jornal são livres de divulgar as suas opiniões. Não confunda João Soares com Portugal.
Os seus editoriais foram sempre de uma violência desmesurada para Portugal, quer quando falava de João Soares ou de outros assuntos que envolviam Portugal.
O Sr. prestou um mau serviço às relações entre os dois países e vai ficar na história com essa marca extremamente negativa. Os seus escritos muitas vezes roçaram o mau gosto e incitou muitas vezes ao racismo.
Hoje aproveita a imprensa livre para exercer aquilo que nunca permitiu na sua terra e no seu jornal, o contraditório e o direito de resposta, marcas essenciais da democracia.
Não tenho qualquer dúvida da quanto à sua nacionalidade. Eu como português, gosto que os angolanos se sintam bem em portugal. Quanto a si, não é bem vindo ao meu país, não faz cá falta nenhuma!!!
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Mestre Vaz · 
Sr. José Ribeiro, com todo o respeito, Portugal só vos convém quando se trata de comprarem casas para passarem o resto da vossa vida, reforma, para saúde, escola dos filhos e netos e lavar dinheiro. Quando Portugal seguia as obrigações institucionais vigentes na comunidade europeia, você era o primeiro a reclamar sobre a soberania angolana. Deixemo-nos de chauvinismos oportunistas, mesmo porque acredito que o senhor tenha dupla nacionalidade. Aproveite a sua aposentadoria milionária em Nova York e pague o que deve ao país, mesmo porque acredito que o senhor investiu mais em Portugal do que em Angola.
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Michelle Castanheira
Nzinda Mazanga ninguém acha que Angola é de ninguém. Angola actualmente é dos chineses e nem dos angolanos é infelizmente. Existe essa mania que queremos Angola. Angola é extremamente pobre. Um país rico em petróleo e minérios não é sinónimo de país rico e com economia forte. Basta olhares para a actual Venezuela. Olha à tua volta e ve a extrema pobreza.
Antonio Catenda · 
Trabalha na Empresa Bollore Africa Logistics
Ai minha Angola,cadê o que se diz,vamos fazer de Angola um País bom para se viver?ate quando minha querida Pátria seus filhos morreram de fome?onde esta o amor a Pátria e ao próximo?cadê o mais importante è resolver o problema do povo?Deus vele por nós.
Beatriz Cassule · 
Trabalha na Empresa Ministério da Agricultura
A mensagem de João Lourenço é clara, para todos aqueles que cometeram crimes de prevaricação e peculato contra o estado, que a justiça caia sobre eles.
José Ribeiro · 
Trabalha na Empresa Imobili 1000
Crime é meter nas empresas do Estado aqueles que falharam no sector privado e querem cobrir os seus buracos com o OGE. Isso, sim, é crime.
Lina Epalanga · 
issooooo, vamos ver coisas e coisas
José Ribeiro · 
Trabalha na Empresa Imobili 1000
Alguma coisa está errada, Sr. Moiani Matondo. Então, em 2016 eram 30 milhões de dólares, agora, em 2018, são 15 milhões? A cobardia é muito atrevida. Quem quiser esclarecer seja o que for comigo, sabe onde encontrar-me aqui em Luanda. Os meus contactos são conhecidos de toda a gente. Não preciso de esconder-me. Eu, pelo menos, não cometi qualquer crime. Se você quiser falar comigo, aqui tem o meu número de telemóvel: 925773433. Os administradores e as suas fontes também têm esse número, apesar de o terem tentado cortar, por pura cobardia. Têm de fazer bem as contas e deixarem de me querer ver pelas costas para mostrarem força. Aqui estarei sempre! Aguardemos, Sr. Matondo, aguardemos!

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