domingo, 1 de abril de 2018

Moçambique perderá parte do seu território para o novo Continente

O continente africano vai mesmo dividir-se em dois

A fissura que se abriu no Quénia

Fenómeno Jangada de Pedra vai deixar a costa leste africana isolada no oceano Índico
Os indícios de que a África vai ver parte do seu território tornar-se um pequeno continente autónomo são cada vez mais nítidos, defendem vários investigadores e geólogos. E a fissura que se abriu no Quénia, e que foi notícia há cerca de uma semana, só vem comprovar isso, garantem.
Lucia Perez Diaz, investigadora de pós-doutoramento do Grupo de Investigação das Dinâmicas das Falhas Tectónicas, da Faculdade Royal Holloway da Universidade de Londres, é um dos peritos que defendem essa tese.
Num artigo publicado este sábado pelo Daily Mail, a investigadora avança que, tal como aconteceu há 138 milhões de anos entre os continentes americano e africano, também a placa leste africana deverá acabar por se separar.
A divisão só deverá ocorrer, no mínimo, daqui a 10 milhões de anos. Quando tal acontecer, cinco países - a Somália, metade da Etiópia, o Quénia, a Tanzânia e o norte de Moçambique - deverão ficar num continente isolado (a que para já os geólogos chamam a Placa Somali) criando-se uma nova bacia oceânica.
A separação deverá acontecer ao longo do Rift Valley, ou Vale da Grande Fenda, no leste de África, que se estende ao longo de 3.000km, desde o Golfo de Áden, na costa somali, a norte, até Moçambique, a sul.
Segundo cálculos de Lucia Perez Diaz, a fissura do Quénia começou há 30 milhões de anos na região de Afra, no norte deste país, e tem vindo a propagar-se para sul à velocidade de 2,5cm a 5cm por ano.
A investigadora diz que a fissura agora posta em evidência por recentes movimentos tectónicos - que abriu uma fenda de cerca de 20m de largura e 50m de profundidade no Quénia e destruiu um troço de autoestrada - são "a fase inicial de uma desagregação continental".
Assim, o panorama ficcional que José Saramago criou, em 1986, em a Jangada de Pedra, poderá mesmo verificar-se, só que em vez de ser na Península Ibérica, será na Costa Leste de África.

Fissura gigante no Vale do Rift, no Quénia

Uma imagem do vídeo publicado pelo site Daily Nation
No Quénia uma fenda de 50 metros de profundidade e 50 de largura destrói autoestrada. Famílias são retiradas da zona por segurança
Uma enorme fenda no chão está a dividir o Quénia. O Vale do Rift, também conhecido como Vale da Grande Fenda, no Quénia, faz agora jus ao nome.
Uma fissura de 15 metros de profundidade e 20 de largura abriu no chão destruindo um troço da autoestrada que liga Nairobi a Narok, no sudoeste do país.
O fenómeno deve-se às últimas chuvas e aos eventos sísmicos ocorridos na passada segunda-feira na placa tectónica Somali, que segue ao longo do Rift da África Oriental.
Várias famílias foram retiradas da zona de Suswa por motivos de segurança
Veja o vídeo e descubra o fenómeno que para alguns geólogos indicia que daqui a 50 milhões de anos África possa estar dividida em duas, com a deslocação da placa Somali.
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José F. Carvalho
Autoestradas afectadas? Não, simples estradas na maioria de segunda ou mesmo terceira categoria. Como piada: os povos a oeste do Rift Valley, já que não conseguem fazer eleger Presidente o seu líder (Raila Odinga), estão a separar-se fisicamente do domínio político e económico de Nairobi. A Catalunha tem algo a aprender com este caso...
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José F. Carvalho
Chandler John Já diziam os romanos (e antes deles os gregos): " Ex Africa Semper Aliquid Novi".
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Viviane Brites
Pelo menos podem dizer que o País não pára de crescer...

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