Segundo a agência Yonhap, foram mobilizados cerca de 800 polícias para
junto do palácio para evitar possíveis atos de violência
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Presidente da Coreia do Sul destituída por corrupção
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A presidente sul-coreana, Park Geun-Hye, deixou hoje o palácio
presidencial, dois dias depois de ter sido destituída pelo Tribunal
Constitucional devido a um escândalo de corrupção, noticia a agência de
notícias Yonhap.
Park Geun-hye foi destituída pelo Tribunal Constitucional, que ratificou
a decisão do parlamento tomada a 09 de dezembro, por suspeita de
envolvimento num caso de corrupção e tráfico de influências que envolve
uma amiga confidente.
A presidente destituída deixou a Casa Azul às 10:00 de hoje e partiu
para a sua residência privada no sul de Seul, onde centenas de
simpatizantes se reuniram para protestar contra a decisão do tribunal,
adianta a agência de notícias sul-coreana.
Park Geun-hye, a primeira presidente eleita democraticamente a ser
destituída, esteve enclausurado na Casa Azul, da presidência
sul-coreana, até hoje.
Segundo a Yonhap, foram mobilizados cerca de 800 polícias para junto do
palácio para evitar possíveis atos de violência.
Com a destituição, Park perdeu a imunidade e a Coreia do Sul tem que
realizar eleições presidenciais no prazo inferior a 60 dias. A imprensa
local aponta o dia 09 de maio como a data mais provável para a votação.
Os deputados da Coreia do Sul aprovaram, a 09 de dezembro, a destituição
da Presidente do país, Park Geun-hye, mas a decisão tinha de ser
ratificada pelo Tribunal Constitucional para ser definitiva.
O escândalo “Choi Soon-sil Gate” reduziu a taxa de aprovação da
Presidente a 5%, o valor mais baixo alguma vez alcançado por um chefe de
Estado na Coreia do Sul desde que o país alcançou a democracia no final
da década de 1980.
Uma equipa independente de procuradores tornou públicas esta semana as
suas conclusões da investigação de mais de três meses sobre o caso de
corrupção que envolve a amiga Choi Soon-sil e na qual se volta a referir
a Presidente como suspeita de vários crimes.
Os investigadores consideram que Park e Choi se puseram de acordo para
pressionar a Samsung e outros grandes conglomerados empresariais
sul-coreanos para que fizessem doações a organizações relacionadas com a
amiga da chefe de Estado, em troca de um tratamento favorável das
autoridades, afirmaram em comunicado.
A investigação conclui também que a Presidente estava a par da criação
de uma lista negra de quase 10.000 artistas e profissionais do mundo da
cultura críticos do Governo, concebida com o objetivo de cortar as sus
vias de financiamento público e privado.
A Procuradoria da Coreia do Sul revelou que a Presidente teve um papel
“considerável” no caso e acusou formalmente Choi Soon-sil e dois antigos
assessores presidenciais, indicando que Park cooperou com a amiga e os
outros dois ex-colaboradores, que são suspeitos de terem pressionado
mais de 50 empresas do país a doar 65,7 milhões de dólares (62 milhões
de euros) a duas fundações.
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