sexta-feira, 3 de março de 2017

A repetição de um filme antigo de Machel.


Quem quiser engolir essas passeatas do INAE e do Nyusi que as engula. Fazem recordar os momentos mais tenebrosos e de crise, no governo de Samora Machel. Fechavam-se as casas de pastos, bar, etc, com as mesmas alegações. Samora visitava empresas estatais e aparecia em parangonas nos jornais como descobridor de toneladas de comida apodrecida, de situações de nepotismo, desleixo e incúria. Mozirmão a tarefa do governo é governar e não sair à busca de parangonas, para desviar as nossas atenções sobre quem são realmente os responsáveis do estado moribundo em que se encontra a economia nacional.
A mim essas passeastas de caça às "bruxas" são apenas bode expiatório para encontrar culpados, fazer rolar cabeças, onde sabemos que pretende-se produzir paliativos, para distrair o povo.
Alguns lambe-botas estão muito activos a destilar e ampliar os resultados dessas passeatas para intoxicar o povo, sabido servirão de lavagem de imagem deste regime, cuja imagem está muito embaixo, para vencer eleições com "esmagadora maioria" e "maioria absoluta".

Elisioísmo II
Uma coisa que me espanta é a falta de vontade de aprender do passado. O original da Ofensiva Política e Organizacional nunca foi para pôr ordem no Estado. Foi, primeiro,para arranjar uma desculpa para continuar a justificar o papel dirigente do Partido, segundo, para arranjar um bode expiatório para o falhanço total dum modelo político, terceiro, para ter motivos para aumentar a repressão. E, claro, não resultou porque o problema principal de ausência total de ideia de Estado viável persistiu. Só que o povo gosta de gestos messiânicos e daquela ideia de que quando a máquina emperra a responsabilidade não é de quem colocou as pessoas nesses lugares, mas sim das pessoas elas próprias. Daqui a mais duas ou três décadas vamos consumir discursos do empregado do povo a exortar os dirigentes a se ocuparem enquanto reclamamos os mesmos problemas de sempre. Impressiona a forma como resistimos ao simples acto de aprender da história... se calhar é por ser ocupação, coisa que não queremos! Irmãos, ocupemos-nos.

1 comentário:

Personagem disse...

Deixando a politica a parte. Aqueles ratos em restaurantes e padarias forao la postos por quem?