quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Ébola. Teresa curou-se e os médicos não sabem como


Depois de um mês de internamento, a auxiliar de enfermagem espanhola Teresa Romero abandonou o hospital madrileno Carlos III. "Não sabemos o que a curou", afirmam os médicos.
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Javier Limon beija a mulher durante a conferência de imprensa que a enfermeira espanhola deu antes de abandonar o hospital em Madrid, após um mês de internamento em que chegou a temer-se pela sua vida
Javier Limon beija a mulher durante a conferência de imprensa que a enfermeira espanhola deu antes de abandonar o hospital em Madrid, após um mês de internamento em que chegou a temer-se pela sua vida /  Pablo Blazquez Dominguez/Getty Images
A auxiliar de enfermagem espanhola Teresa Romero, que contraiu o vírus do ébola em Espanha durante o tratamento de uma outra vítima, deixou esta quarta-feira o Hospital Carlos III, em Madrid, após 30 dias de internamento.
"Se o meu caso servir para conhecer melhor a doença e ajudar a descobrir uma vacina, se o meu sangue servir para curar outras pessoas, estou aqui", afirmou Teresa Romero, numa declaração à imprensa.
Os responsáveis hospitalares asseguraram, por sua vez, que não há risco de contágio, não sabendo precisar o que curou a paciente.
"Finalmente uma grande notícia. Demos alta a Teresa Romero depois de um mês muito complicado para todos", anunciou  o diretor do hospitalar,  Rafael Pérez-Santamaria, citado pelo "El País".
Segundo José Ramón Arribas, médico responsável pela unidade de doenças infeciosas do hospital, há "risco zero de contágio", podendo Teresa Romero fazer uma "vida completamente normal". Realça, porém, que será necessário tempo para a "recuperação integral" da doente.
Questionado sobre a cura, José Ramón Arribas explicou que a auxiliar de enfermagem foi tratada com o antiviral Favipiravir e o plasma de uma paciente curada. "No entanto, não sabemos o que a curou", garantiu. O sistema imunitário da doente também foi "essencial" para a recuperação, acrescentou.
Teresa Romero deverá também doar parte do seu plasma para poder contribuir para a cura de outros infetados com ébola. Os médicos dizem, contudo, que se desconhece ainda qual será o momento mais indicado para fazer a recolha.
A auxiliar de enfermagem já fez saber que irá fazer a recuperação na casa da sua mãe, na Galiza, uma vez que a sua habitação está ainda a ser alvo de uma desinfestação.
No passado dia 21 de outubro, o segundo exame efetuado a Teresa Romero confirmou que o seu organismo estava livre do vírus. Nessa altura, a auxiliar de enfermagem deixou o isolamento e foi transferida para outra unidade do hospital Carlos III. O seu marido, que esteve internado por precaução embora nunca tenha sido contaminado, também já tinha tido alta hospitalar.
Teresa Romero foi infetada pelo vírus do ébola quando tratou de dois missionários espanhóis em agosto e setembro, que chegaram da África Ocidental.


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