08.04.2019 às 10h25
Laleh Shahravesh e a sua filha adolescente foram presas no aeroporto do Dubai em março, quando se deslocaram ao emirado por causa do funeral do ex-marido e pai, que morreu de ataque cardíaco no início do mês. Os posts, escritos há dois anos no Reino Unido, teriam linguagem depreciativa em relação à nova companheira do ex-marido
Chama-se Laleh Shahravesh, tem 55 anos, é londrina e arrisca-se a dois anos de prisão no Dubai e a uma multa de 50 mil libras (mais de 58 mil euros). É acusada da publicação de dois posts sobre a nova esposa do ex-marido, que escreveu no Facebook, em 2016, quando estava no Reino Unido. A informação é avançada pela organização Detained in Dubai, que reúne especialistas em justiça civil e criminal dos Emirados Árabes Unidos.
Laleh e a sua filha adolescente, de 14 anos, foram presas no aeroporto do Dubai em março quando se deslocaram ao emirado por causa do funeral do ex-marido e pai, que morreu de ataque cardíaco no início do mês. A filha foi posteriormente autorizada a voar sozinha para casa e está a viver com familiares.
Casados há 18 anos, Laleh e o então marido viveram no Dubai durante um período de oito meses. Ela voltou para Londres com a filha, enquanto o marido ficou nos Emirados, juntando-se a elas mais tarde. No entanto, alguns meses depois, Laleh recebeu os papéis para o divórcio.
LIBERTADA SOB FIANÇA MAS COM PASSAPORTE CONFISCADO
Ao perceber através de fotografias no Facebook que o marido tinha voltado a casar, terá escrito dois comentários em farsi, insultando o antigo companheiro e fazendo uma observação depreciativa sobre a sua nova esposa.
A fundadora e CEO da Detained in Dubai, Radha Stirling, representa Laleh e disse que a experiência tem sido “devastadora” para a família da sua cliente. “Estão todos extremamente abalados pelo que aconteceu e antevejo um longo processo de recuperação psicológica”, acrescentou.
Laleh foi libertada sob fiança e está atualmente hospedada num hotel depois de o passaporte lhe ter sido confiscado, revela a BBC. A sua filha vai enviar uma carta ao monarca do Dubai e ao primeiro-ministro dos Emirados Árabes Unidos apelando à libertação da mãe.
Um porta-voz do Ministério britânico das Relações Exteriores disse que está a acompanhar o caso.
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