terça-feira, 13 de novembro de 2018

O projecto dos partidos da oposição acabou por não se realizar, 24 horas apenas, após a assinatura do acordo de Genebra.

RDC: Líderes da oposição rasgam acordo de Genebra

mediaFélix Tshisekedi (esquerda) e Vital Kamerhe (direita) rasgaram o acordo de Genebra.Fotomontagem/RFI
Na RDC, a oposição já não tem um candidato único para as eleições presidenciais. O projecto dos partidos da oposição acabou por não se realizar, 24 horas apenas, após a assinatura do acordo de Genebra.
Martin Fayulu, líder do Movimento pela Cidadania e Desenvolvimento, já não é o candidato único da oposição para as eleições presidenciais, isto após Félix Tshisekedi da União para a Democracia e o Progresso Social e Vital Kamerhe da União para a Nação Congolesa terem rasgado o Acordo de Genebra.
Os dois líderes não concordaram com a designação de Martin Fayulu, como candidato único para defrontar o ex-ministro do Interior, Emmanuel Ramazani Shadary, o candidato do Presidente da RDC, Joseph Kabila.
No entanto no caso de Félix Tshisekedi, o líder da UDPS acabou por ceder à pressão dos seus apoiantes que não estavam satisfeitos com a decisão tomada pelo seu dirigente.
A dez dias da Presidencial, a oposição teve um duro golpe sem dois apoios de peso. Emmanuel Ramazani Shadary, o candidato do Presidente da RDC, já reagiu pedindo aqueles que estão decepcionados com a oposição, que votei na sua candidatura.

RDC: Exemplo para a Oposição Nacional!
Por Adelino Buque
Os opositores do Presidente Joseph Kabila, na Republica Democrática do Congo, decidiram fazer um retiro na Suíça, Genebra, para decidirem sobre quem deveria avançar como candidato da oposição nas eleições de Dezembro, trata-se de Jean-Pierre Bemba, Félix Tshisekedi, Martin Fayulu, Vital Kamerhe, Adolphe Muzito e Moisés Katumbi, destes, são mais conhecidos o Jean-Pierre Bemba, um opositor que esteve preso pelo Tribunal Penal Internacional acusado de genocídio e Félix Tshisekedi como ferrenho opositores ao regime da RDC, no entanto, para candidato único da oposição, foi escolhido Martin Madidi Fayulu, uma nota importante, Bemba consta dos que não podem concorrer, apesar de arrastar multidões.
A escolha de Martin Fayulu, mostra que, os sete lideres dos partidos de oposição partiram de uma base de igualdade, sem as teorias do mais forte ou mais fraco mas, unidos em um único objectivo, o alcance do poder, derrotando o candidato da posição Emmanuel Ramazani Shadary, a 23 de Dezembro próximo, acredito que, Félix Tshisekedi terá muita dificuldade de convencer a sua ala juvenil, sobre a sua não candidatura, ate porque é um dos homens fortes da oposição na RDC, enquanto isso, Bemba, apesar de arrastar multidões, é impedido por lei.
Este é, na minha opinião, um caso de estudo pelos partidos políticos Moçambicanos, sobretudo da oposição, mas não só, o partido Governamental também pode fazer aproximações com outros partidos que apresentam perfil mais próximos e suscetível de “baralhar” os eleitores nas urnas, os homens comprometidos agem e não ficam pelas lamentações e, Moçambique carece de ação e de consciência sobre o que se é capaz e o que não é, saber ceder a outro que se ache mais preparado para o contexto e o momento.
Tenho serias dúvidas que, no meu pais, os partidos políticos possam pensar e materializar tais ideias, o Senhor Yacub Sibindy farta-se de escrever em vão, mesmo os partidos da mesma dimensão que o seu partido não colaboram, o exemplo foram as autarquias de 10 de Outubro, Renamo, que me parece a força política sobre a qual se devem aglutinar, sofre de “complexo de superioridade” e, no lugar de unir destrói os outros partidos, o caso do MDM é o paradigmático, se bem que, o próprio MDM parece não possuir cultura de negociação!
A receita não é perfeita, longe disso, mas pode medir a capacidade real da oposição e, criar alguns calafrios a posição, nessa perspetiva, ganha a sociedade que, por via disso, será bem servida, qualquer Governo em contexto das democracias, precisa de uma oposição forte, as vitorias “retumbantes” são inimigas de uma democracia efetiva e, para o caso de Moçambique, a democracia efetiva surgira de união de esforços entre a oposição e quiçá, do partido no poder ter uma ligação com outro ou outros partidos de cuja filosofia não decorre de libertação e de luta armada.
Deve-se entender esta reflexão como de cidadania, não ee reflexão de um membro de qualquer que seja partido politico, na verdade, qualquer membro de partido luta pelo sucesso do seu partido, aqui e nesta reflexão, procuro contribuir para aquilo que poderá ser útil para o Moçambique, haverá coragem de unir a Renamo, PIMO, MDM, PAHUMO, Trabalhistas e outros e, dessa união sair alguém com capacidade de ombrear com o candidato da Frelimo! Um desafio a cidadania, fiz a minha parte.
Adelino Buque

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