sábado, 17 de novembro de 2018

Coreia do Norte testa arma “ultramoderna e recém-desenvolvida” em evento supervisionado por Kim Jong-un


O líder norte-coreano, Kim Jong-un, assiste ao lançamento de um míssil com capacidade nuclear, numa foto divulgada em setembro de 2017
KCNA / REUTERS

Esta é a primeira vez que o líder da Coreia do Norte assiste publicamente a um evento declaradamente militar desde as cimeiras com os Presidentes sul-coreano e dos EUA. Sabe-se muito pouco sobre a arma ou mesmo se ela é nova mas o teste é o mais recente sinal de que Pyongyang está disposta a voltar a uma relação mais militarista com Washington

Além da pouca informação sobre o dispositivo, a KCNA também não forneceu detalhes sobre a localização do teste, referindo apenas que a arma foi encomendada “pessoalmente” por Kim Jong-il, pai e antecessor do atual líder norte-coreano. Segundo a agência estatal, Kim Jong-un disse que, ao ver “o grande sucesso do teste” do que apelidou uma “arma póstuma”, “sentiu muito a falta” do pai.
Esta é a primeira vez que o líder da Coreia do Norte assiste publicamente a um evento declaradamente militar desde as cimeiras com o Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e o Presidente dos EUA, Donald Trump, em abril e junho, respetivamente. Os líderes das Coreias voltaram a encontrar-se em maio e setembro. O segundo encontro entre Kim e Trump, sucessivamente adiado, deverá acontecer no início do próximo ano.
A informação foi avançada esta sexta-feira pela agência de notícias estatal KCNA. Sabe-se muito pouco sobre a arma ou mesmo se ela é nova mas o teste é o mais recente sinal de que Pyongyang está disposta a voltar a uma relação mais militarista com Washington.

EUA CEDEM, COREIA DO SUL DESVALORIZA

Na quinta-feira, o vice-presidente norte-americano, Mike Pence, disse que os EUA já não fariam depender uma segunda cimeira Kim-Trump da disponibilização de uma lista completa dos locais nucleares e de mísseis por parte de Pyongyang. A 5 de novembro, uma fonte do Ministério norte-coreano das Relações Exteriores ameaçou que, se Washington não começar a retirar as sanções contra Pyongyang, Kim poderá recomeçar “a desenvolver forças nucleares”.
Em declarações esta sexta-feira após o anúncio do teste, a porta-voz adjunta do Ministério sul-coreano da Unificação desvalorizou a importância do evento, dizendo que Kim tem continuado as suas inspeções no setor militar “de forma intermitente”.

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