Missa dos seis meses da morte de Afonso Dhlakama foi muito concorrida.
. ___ A família Residente e não só, fez faltar espaço em Mangunde. Só para vos dar uma idéia: Mangunde é uma localidade situada bem no interior do distrito de Chibabava em Sofala. O regulado de Mangunde situa-se no recanto, bem lá para os confins, dentro. Para chegar a Mangunde, você entra de um pequeno povoado, deixando a EN1, chamado CASA NOVA ( isto para quem sai de Muxungue em direção a Inchope, à esquerda), e precisas percorrer distâncias, distâncias e mais distâncias, numa estrada esburacada entre subidas de montanhas e descidas. Para piorar, a estrada tem pedras e covas para além das montanhas acentuadas. É uma região desnivelada totalmente. Para fazer face à viagem sem causar-te grandes problemas, você tem que usar uma viatura Todo-Terreno. Mas nem com isso o povo se deixou levar por medo de enfrentar aquelas priores adversidades que a estrada oferece. A missa em memória de Afonso Dhlakama esteve repleta de gente de diversas origens dentro e fora do país. Foi um grande homem, obviamente, porque o povo não mede esforços para rever a sua tumba. Obrigado família, obrigado Resistentes, obrigado público interessado por mais uma vez terem se dado tempo para visitar a campa onde descansa eternamente o nosso herói que deixa uma marca registrada nos nossos corações e nossas vidas. Afonso Dhlakama morreu de forma mais humilde possível, numa palhota precária, coberto de trapos de um lençol, dentro de uma mata fechada, sem acesso a quase nada e muito menos a uma assistência médica, passando todas as adversidades. Dhlakama tinha todos os direitos à luz da lei para viver mordomias em condições de um verdadeiro príncipe, mas negou tudo porque o povo moçambicano ainda não tinha democracia plena para a qual Renamo sob sua liderança lutou.
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