sexta-feira, 6 de abril de 2018

Provou-se: o juiz é tolo

Ontem, o tribunal alemão soltou Carles Puigdemont e negou a sua extradição para Espanha. Até agora, a maior vitória do separatismo da Catalunha
Foi há uma dúzia de dias, o líder separatista catalão Carles Puigdemont foi preso na Alemanha. As autoridades cumpriam um mandado internacional de prisão assinado pelo juiz do Supremo Tribunal espanhol Pablo Llarena. O juiz espanhol passou o mandado e as autoridades alemãs detiveram Puigdemont. Tudo normal. Como mandam as regras de convivência entre dois países aliados (na União Europeia) e como seria de prever entre dois países amigos cujas autoridades se respeitam mutuamente, dos magistrados aos polícias.
Pouco antes de ser preso, Puigdemont ia de automóvel, sem infração que se visse e, certamente, sem velocidade a mais (não há limites nas autoestradas alemãs). Inocente, pois, o catalão do ponto de vista rodoviário. Entrou numa estação de serviço e não atestou fugindo sem pagar; e não consta que tenha roubado no balcão uma salsicha Bratwurst com chucrute. E, no entanto, Carles Puigdemont foi detido. Detalhei as circunstâncias, e talvez tenha inventado aqui e ali, mas para que fique claro: ele foi preso por causa do pedido do juiz Llarena.
Foi uma detenção feita pelos alemães, para extraditar o preso para o país que o reclamava, Espanha. A ser julgado pelos alemães, seria para saber se ele podia ser extraditado, não para saber se ele merecia purgar pena em cadeia alemã. O crime de que era acusado Carles Puigdemont era por alegadas atividades para separar de Espanha um território espanhol. Essas atividades em Espanha são ilegais. Na Alemanha, também, mas Puigdemont nunca fora visto a tentar separar o Baden-Württemberg ou a Renânia do mando de Berlim. Tivesse ele feito um referendo pela independência desses estados ou desviasse bens públicos alemães para esse fim separatista, seria preso, detido, condenado e, porque estrangeiro, expulso. Mas não. Germanicamente falando, em questão de separatismo, Carles Puigdemont é uma pomba.
Os países são muito melindrosos sobre o retalhar do território, da população e da história - mas só dos seus. O separatismo é dos raros interditos que costumam ficar consignados na Constituição. Isso, para que minorias não tenham tentações. Tocar na unidade nacional é tabu. No essencial, em Espanha é assim e na Alemanha também. Mas cada uma pensando em si - nos separatismos da outra já não é bem assim.
Em Espanha, o governo do PP, com o acordo tácito de dois outros grandes partidos, o PSOE e o Ciudadanos, tem impedido que os parlamentares catalães, apesar da maioria independentista destes, consigam eleger uma candidato à presidência da Generalitat, o governo da Catalunha. Tem bastado a Madrid invocar razões jurídicas para negar ao Parlamento catalão o uso político da maioria para aquele fim separatista. O impasse de governar a Catalunha deixa esta sob tutela do governo central espanhol, o que a acontecer até 22 de maio obrigará a novas eleições. Ao repetirem-se os resultados, Madrid confia ganhar pela paciência ao provável esmorecer do entusiasmo independentista... O essencial deste parágrafo escrevi-o já, aqui, pouco depois da prisão de Carles Puigdemont na Alemanha. À crónica intitulei-a "O juiz tolo", e era dedicada ao tal Pablo Llarena, o do mandado de captura que fez que o catalão fosse preso no estrangeiro. O tolo que colocou um caso político de separatismo espanhol nas mãos jurídicas alemãs.
Eu escrevi, então, que a exportação das medidas jurídicas que permitiam em Espanha - legitimamente, porque eram medidas justificadas pela lei - contrariar as intenções ilegais dos separatistas teria efeitos contrários aos pretendidos pelo juiz. Fora do seu meio natural - a Espanha política -, essa exportação para o estrangeiro (no caso, calhou a Alemanha) não seria lida como em Espanha o era. O juiz Pablo Llarena, ao ativar o mandado internacional que fez prender Puigdemont, agiu como se pouco lhe importassem as leituras políticas. Errou, o tolo. Até então, tinha bastado à Alemanha acantonar-se na posição de apoio a Espanha - até porque, como vimos, também lá, na Alemanha, a sedição é ilegal. Mas, quando o governo alemão ficou com um líder político estrangeiro nas mãos, ganhou um debate político interno.
Fosse Puigdemont pelo separatismo de uma região alemã, a opinião pública alemã perceberia a gravidade do problema. Gravidade que levou a sua Constituição a tratar o problema alemão gravemente: separatismos não, e acabou. Mas não, o separatista Puigdemont era longínquo e os argumentos jurídicos passaram a ser difusos. A moldura já não era Espanha, um caso político e fundo. Passou a ser coisa na Alemanha, mas de um assunto distante. Coisa destinada a interpretações, como a discussão de ter havido ou não encosto para grande penalidade. Foi Carles Puigdemont assim tão brutalmente separatista ou cometeu só um suave independentismo?
Voltando às consequências da prisão de há uma dúzia de dias, ocasionada pelo imprudente mandado internacional de detenção - medida tola para a qual eu previa uma surpresa desagradável para o juiz. Os primeiros sinais apareceram nos jornais alemães. Um colunista do Der Spiegel pediu "asilo político" para Puigdemont. A revista Stern disse haver "violação dos direitos humanos." O Süddeutsche Zeitung titulou: "Alemanha tem o seu primeiro prisioneiro político"... Ontem, o tribunal alemão soltou Carles Puigdemont e negou a sua extradição para Espanha. Até agora, a maior vitória do separatismo da Catalunha.
Esta minha crónica é quase uma total repetição da já citada e escrita aqui. Essa, de há uma dúzia de dias, foi escrita quando dirigentes políticos espanhóis que são contra a independência da Catalunha louvavam a "firmeza" do juiz Pablo Llarena. Então, escrevi o que era uma opinião: "Quanto ao juiz espanholista, não será julgado pelo apoio involuntário que deu aos independentistas. Ao contrário da sedição, a tolice não é proibida em Espanha"... Agora que o tribunal alemão se pronunciou, repito as duas frases sobre o juiz tolo. Mas agora já não o digo como opinião, noticio-o como um facto.

Jose Mario Franco
O que queda em evidencia é que as Justiças Europeias näo alinham em acusaçöes falsas, baseadas no ódio e na vingança, ditadas por uma "justiça" espanhola, anteriormente advertida pelo Conselho da Europa por pouco independente. Em Espanha perseguem-se implacavelmente políticos pelas suas ideias. Digam o que disserem em Espanha, - hoje em 2018, - há presos políticos. Inadmissivel também o silêncio da Uniäo Europeia em tudo isto.
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Zé Maria
Andam todos preocupados com o Brasil e a "perseguição" a políticos condenados em tribunal.
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Rui Lima · 
No seu comentário ha um erro de simpatia a dislexia também leva a troca da ordem das palavras,onde está escrito :
“ há presos políticos “ deve-se ler “ há políticos presos “
Não necessita de agradecer o meu cuidado .
Cumprimentos
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Nuno Santiago · 
Trabalha na Empresa Trabalhador(a) independente
Rui Lima ,diria políticos presos por razões políticas. O assunto foi tratado de forma a que isto acontecesse.Tivesse Rajoy tido um mínimo de bom senso a coisa resolvia-se.
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Gonçalo Semedo · 
O que queda em evidência é que a justica da generalidade dos países está cada vez mais politizada, ao ignorar a lei apenas porque apareceram uns artigos politicos nos jornais. Isso acaba por colocar em causa toda a base da democracia, que é a independência da justiça.

Mesmo o seu comentário, dizendo que é uma acusação falsa o que é uma evidência. O Sr Puigedmont cometeu o que em Espanha é crime ao declarar a independência da Catalunha, nem sequer ele ou os seus apoiantes o negam, como é que isso é uma acusação falsa? é um facto e ele continua a dizer que o fez. também é um facto que declarar essa independencia é ilegal aos olhos da constituição Espanhola (também escrita e votada pela Catalunha.
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Gonçalo Semedo · 
Nuno Santiago , politicos presos por razões politicas é uma deturpação, tanto que ele já defendia a independência há vários anos, dizendo-o publicamente e no parlamento e nunca foi preso por isso. Apenas seria preso por declarar a independência que é ilegal pela constituição de Espanha.

Para fazer as coisas de forma correcta e legal, teria de juntar apoios para mudar a constituição e, apenas depois disso, declarar a independência.
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Jose Mario Franco
Rui Lima Curiosamente o seu argumento dos "políticos presos em vez de presos políticos" é coincidendente com o do sr. M. Rajoy e do seu partido. Partido que com 800 e tal casos de políticos corruptos na justiça, continua a ter muito poucos políticos presos. E esses sim provocaram um rombo no herário público de calcula-se 9.000 milhöes de euros.
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Rui Lima · 
Jose Mario Franco o meu argumento não é curioso é justo na Europa podemos defender tudo , pedir independências , mesmo queimar Reis e Presidentes em foto e nada acontece , podemos ser terrorista estrangeiro sem risco de deportação como decretou está semana o tribunal europeu baseado no artigo 3 da convenção dos direitos h. .. e a Bélgica vão ter de ficar com esse senhor de nacionalidade marroquina ‘

Agora diferente é comentar crimes objectivos e palpáveis como utilizar dinheiros públicos para brincar aos referendos .,
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Aline Martins · 
Jose Mario Franco, Permita-me que o alerte para o "h" de erário!
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José Ramos · 
Qual seria a sua posição se Marco de Canavezes ou Serpa decretassem as suas independências?
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Ricardo Silva
José Ramos , comparação totalmente desprovidade de nexo e você se andou (ou anda) na FCUL devia revelar mais inteligência.

Marco de Canavezes e Serpa são habitadas por pessoas que falam PORTUGUÊS sem ser POR IMPOSIÇÃO.

Na zona da Península Ibérica que está fora do território português (não posso chamar "Espanha", porque isso não existe), falam-se VÁRIAS LÍNGUAS que são relegadas para segundo plano por IMPOSIÇÃO da DITADURA de Madrid.

A DITADURA de Madrid é assim: a lingua e cultura deles deve impor-se a todas as outras. Até em Olivença o Português foi PROÍBIDO quando o território foi ILEGALMENTE OCUPADO.

Se houvesse em Portugal algum território que falasse a sua própria língua e a mesma fosse interdita, então teriam todo o direito a ser independentes.

Mas isso não acontece por uma razão: Portugal tem as suas fronteiras estáveis há quase 900 anos e a nossa cultura é homogénea para toda a população.

Um natural de Lisboa, um do Porto, um de Melgaço, um de Vila Real de Santo António, um do Funchal e um de Ponta Delgada, têm todos a mesma cultura.

Um natural da Galiza, um de Madrid, um Basco e um Catalão, têm todos culturas diferentes.

O exemplo que deu é completamente absurdo !

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Maria Rebeca
Ricardo Silva e Miranda do Douro? Cultura e língua próprias! Vamos lá dar independência a Miranda do Douro! Esqueceu-se foi, ou não convém à sua teoria?
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José Ramos · 
Ricardo Silva , no entanto, a Catalunha NUNCA foi um Estado. Já se questionou por quê?
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Jose Saraiva
O grande equívoco fernandista prossegue. Ele acha que os catalães são espanhóis, e pronto. Que muitos catalães não se sintam como tal e que exista uma verdadeira cultura e cidadania catalã não lhe importa. A Espanha é una, sacra e indivisível! Aliás, Portugal até deve ser uma aberração histórica. E Olivença? Ninguém sabe onde fica Olivença...
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Matateu Jagodes
Os votos das últimas eleições legislativas na Catalunha, num referendo, davam vitória aos não independentistas. Não esqueça isso. O Trump tb. é presidente com menos votos do que a Clinton. Coisa democráticas. A lei eleitoral catalã permite esta situação. Os catalães independentistas são fascistas e racistas. Junqueras escreveu que são mais inteligentes do que qualquer povo ibérico, seriam parecidos com os franceses!!! Ramón y Cajal, há muito tempo, demonstrou que não existia o «cérebro catalão». Hitler tb. dizia que havia uma raça ariana. Por aqui me fico.
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Zé Maria
Matateu Jagodes MENTIRA!!! Os seus comentários são próprios de intoxicação. Aliás, não é de estranhar que o seu perfil FB seja completamente vazio, não é? (como de costume)

Mas... informemos os inocentes: as eleições na Catalunha incluem o direito a voto de imensos espanhóis que lá vivem. É aí que está a base de apoio de coisas como o PP e o Cidadãos. Se retirarmos os votos espanhóis, o independentismo tem cerca de 60 a 70% dos catalães ao seu lado!
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Jose Saraiva
Matateu Jagodes OS catalães são fascistas? E os espanhóis, são o quê? Generalização por generalização, assim vamos.
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Gonçalo Semedo · 
Zé Maria , isso é que é inventar para conseguir fingir ter alguma razão...
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Gonçalo Semedo · 
grande equivoco o seu, visto que nas eleições, houve mais votos expressos por partidos pró-integração, do que independentistas. Ou nesse caso a democracia já não lhe interessa.
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Maria Rebeca
UAU! Há muito tempo que não aparecia por aqui um rol de comentadores tão alinhados! Isto só pode significar que FF terá alguma razão no que diz! Só acho estranho que não assinale que o querido Carles saiu sob fiança ... Afinal, se o homem saiu sob fiança alguma deve ter feito...Não me digam que ousou comer uma Bratwurst vegetariana... Foi isso? Ai que esta gente é mesmo fundamentalista! Onde já se viu??????
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Zé Maria
A fiança tem a ver com a questão da utilização de dinheiros públicos para fazer o referendo, pá! Tão simples, não é?
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Maria Rebeca
Zé Maria coisa pouca, como sabemos, pá, essa da utilização de dinheiros públicos para defender uma causa pessoal, pá. Nada mais fácil, pá, uma pessoa vai à caixa, abre a gaveta e prontos, pá , o que é meu é meu e o que é teu é nosso! Afinal, pensando bem, antes do referendo ele já sabia qual iria ser o resultado, pelo que o dinheiro público já era da causa, pá!
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Jose Saraiva
Maria Rebeca O que é meu é meu, o que é teu é nosso? Estará a falar da cáfila dos banqueiros portugueses? Parece...
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Maria Rebeca
Jose Saraiva também dos banqueiros, sim! E também do meu vizinho do 3ºesq. que insiste em colocar monos no espaço comum da garagem! E também do grupo de miúdos que insiste em ocupar os lugares na cafetaria quando não pretende consumir, obrigando muita gente a ficar com o tabuleiro na mão e a sopa a arrefecer enquanto não vaga um lugar! E também da senhora do prédio ao fundo da rua que deixa o seu boby esporcalhar a rua comum! E também das Finanças que, sem me prestarem contas claras e transparentes, usa e abusa do saque às minhas! E também dos governos que optam por estratégias performativas para me esclarecer que o que é meu é dos "desfavorecidos" que votam neles! Pode concluir com mais casos, que estarei, provavelmente, de acordo.
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Gualter Cabral Cabral · 
Jose Saraiva Quando se começa a generalizar, e como diz Maria Rebeca, poderemos chegar a observações absurdas. É como eu dizer que os meus "tin-tins", por vezes, também estorvam.
A Constituição Espanhola não permite referendos que visem a divisão do seu territorio, tal como em Portugal e, julgo, que em todo o mundo.
É evidente que no caso, emergente, não faz sentido -agora - que estamos inseridos numa UE esta reenvidicação a despropósito já que o reino não é só composto por catalães.
A haver referendo sobre a matéria, o mesmo não pode ser "à lá gardere", há que respeitar os demais interesses.
Assim sendo, e voltamos ao início da conversa, por exemplo, o Alentejo votava um referendo dentro do País, morava os seus limites e cobrava taxa aos que iam para o Algarve e vice-versa.
Tá bem tá, pá!
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Nuno Santiago · 
Trabalha na Empresa Trabalhador(a) independente
Zé Maria Um mero detalhe. E que não deve invalidar a causa. Deve é claro responder por isso.
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Daniel Carr
Maria Rebeca Um referendum é uma causa pessoal? Não sabia.
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Aline Martins · 
Maria Rebeca, idiotas diplomados confundem agiotagem, criminalidade e macarronasse com Nação detentora de Língua e Cultura próprias como a Catalunha com direito à independência.
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Maria Rebeca
Daniel Carr poderá por favor transcrever a frase onde digo que "Um referendum é uma causa pessoal"? É que não encontro... Obrigada.
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Maria Rebeca
Aline Martins Não sei o que é "macarronasse", pelo que não lhe posso responder.
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José Ramos · 
Maria Rebeca está hoje imparável e esplêndida. Mais esplêndida ainda do que (quase) sempre. Bravíssima Rebeca!
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José Ramos · 
Aline Martins , precisamente. Pelo menos parece...
A propósito, que é feito a independência de Cabinda que, de jure, NUNCA FEZ parte de Angola?
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Maria Rebeca
José Ramos e Miranda do Douro? Vamos lá dar independência a Miranda do Douro, detentora de Língua e Cultura próprias!!!!!!
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José Ramos · 
Maria Rebeca , ainda por cima, se é que não estou enganado, o Mirandês é um dialecto do Leonês e não do Castelhano.
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Antonio Salgueiro
José Ramos k macarronasse kkkkkkk
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Ricardo Silva
A melhor coisa que Puigdemont fez foi não se ter refugiado em Portugal.

Se o tivesse feito, o "nacional-servilismo" da nossa classe política, que "baixa as calças" a tudo o que é estrangeiro, tê-lo-ía imediatamente recambiado para Madrid.

Mas Puigdemont, que deve conhecer bem a (falta de) "coluna vertebral" da nossa classe política, resolveu (e bem) ir para países que pensam pelas suas próprias cabeças.

Provou-se: Puigdemont NÃO é tolo.

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Jose Mario Franco
A partida para o estrangeiro de varios líderes independentistas, obedeceu a uma estratégia bem delineada e näo, como alguns saudaram, a puras "fugas", actos de cobardia, etc, etc. O resultado está à vista. Quando se trata de DEMOCRACIA, o regime espanhol e a sua justiça franquista, ficam sós na Europa.
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Maria Alves Morais
Não é bem assim, sr. Ricardo Silva. Se Portugal "baixasse as calças a tudo", como refere, teria andado ao sabor da corrente europeia e expulsado todos os diplomatas russos. Não o fez sem primeiro pensar e eu louvo Portugal.
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Zé Maria
Maria Alves Morais Isso tem a ver com negócio! Nós não queremos estar sujeitos a "sanções" russas às nossas exportações.
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Jose Ganhao
Mau, mau!!! Não deiem dicas aos independentistas e monarquicos portugueses, senão vamos importar as conclusões Catalâns. Não esquecer que Portugal anexou o Algarve, por D. Afonso Henriques.
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Agostinho Almeida · 
Português de lei e uma observação genericamente acertada: a judicialização da politica comporta riscos politicos de monta... Madrid tem tratado com os pés a “Questão Catalã”...
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Renam Maner · 
Pensei que a subida à direcção do jornal lhe trouxesse mais lucidez sobre este assunto. Mas não continua a repetir-se. O que está em causa não é a decisão ou as palvras de um juíz (que não é dono na verdade nem da lei, apesar de o senhor pensar que sim!). O que está em causa é uma luta democrática de um povo pela autodeterminação. Se o devem ou não fazer é lá com eles. No entanto, nunca esqueça que foram partidos legais com o seu programa aprovado pelas cortes castelhanas (onde constam as suas intenções!!!) que foram sufragados maioritariamente pelos cidadãos da Catalunha. E não é juís nenhum, nem Rajoy, nem rei, nem FF, ou outro qualquer que pode evitar a vontade dos interessados. Acabe lá com a "ázia" e comece a pensar e comparar com os exemplos acontecidos nesta Europa ainda não há assim tanto tempo.
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Zé Maria
E também se prova que o FF (agora, diretor do DN), mente!

O Puidgemont foi libertado porque "rebelião" implica "violência"! E não houve violência por parte dos catalães. E até há um relatório da Guardia Civil dizendo, preto no branco, que não existiu incitamento à violência.

E é por isso que tudo isto cheira a podre! Porque a Espanha está a passar por cima das próprias leis para perseguir os independentistas (em Espanha "rebelião" também implica "violência").

E não é só a Alemanha que deu um coice nos interesses dos teus amigos, ó FF: foi a Bélgica (repetidamente!) e foi, agora, a Suíça!!!

Três países democráticos e desenvolvidos que não alinham contigo ó FF, nem lá com os teus amigalhaços. E ainda se acrescenta a Dinamarca e a Finlândia (que permitiram a ida do Puidgemont aos seus territórios).

Percebes, FF? Os verdadeiros tolos, aqui, são aqueles que ainda vão nas tuas patranhas e se deixam manipular por esta "máquina" espanholeca feita de cronistas, jornalistas e diretores de jornais que se desdobram a defender os pontos de vista espanhóis ao mesmo tempo que "secam" quem pense de forma diferente.

Mas, tal como a tourada acabou na Catalunha (para tua grande tristeza, FF), também o "teu" regime irá acabar e nascerá uma nação democrática, livre e independente chamada Catalunha! Olé!
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Carlos Rego · 
Não percebeu nada do texto de FF
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Jorge Rocha Barreira
Crónica bem articulada e que expõe o ridiculo de uma incapacidade para aceitar os factos tais como são. O governo espanhol, na sua "azia" não se enxerga
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Matateu Jagodes
O Puigdemont saiu sob caução de 75.000 euros, não foi ainda ilibado das duas acusações, só da de rebelião, não da de mau gasto dos dinheiros públicos. Esta continua no ar, foi aceite pelo tribunal alemão, que também disse que Puigdemont não está a ser perseguido politicamente, não é, pera este tribunal, um foragido político. Está em liberdade sob fiança. Deverá ir a julgamento. A menos que se ponha a andar. O que penso que fará, tem de cumprir o seu destino... Ele quando declarou pela primeira vez comprometeu-se a não fugir se não o prendessem. Vamos ver.
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João Abreu · 
"(não há limites nas autoestradas alemãs)...
Nada mais falso. Claro que há ! Agora que há troços d'autoestrada onde o limite é o da viatura, tb é verdade...
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Rui Lima · 
Espero que Ferreira Fernandes se esforce e faça uma bela crônica sobre Park Geun-hye , lembro que a antiga presidente da Coreia do Sul foi condenada a 24 anos é a justiça rápida e justa , dizem que no máximo haverá condenações em 2028 de um caso semelhante em Portugal .

Como lá os crimes de corrupção dão penas justas e rápidas o povo agradece e ha progresso.

Obs: a Espanha é um grande democracia não há presos políticos há é políticos presos se esse senhor nada deve nada deve temer .
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Victor Ribeiro · 
O erro é seu, eles são Presos Politicos Politicos presos tem outra conotação, p-ex. Socrates quando esteve preso
É muito diferente e a sua corecção procura desvalorizar o caso da Catalunha em relação à Espanha é essencialmente e exclusivamente Politica
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Maria Alva
Não falta tolice é no colunista, mais que conhecido pela sua arrogância e parcialidade.
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Roberto Roberto Fonseca · 
espero bem que a catalunha se torne independente. todos temos o direito á independencia. Agora, também toda a gente gosta de ter a patinha por cima.
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Antonio Castro
O recentamente promovido jornalista bem podia não ter escrito este artigo logo nos primeiros dias de exercício da suas novas funções pelas quais, aliás, o felicito. Mas não foi capaz disso, pelos vistos. Esta prosa não lhe é nada abonatória , é pena , apenas se verifica que não teve o cuidado de procurar aprofundar a questão em consideração, preferindo , ingenuamente , misturar confusamente legislações nacionais diversas com algumas fontes literário-jornalísticas, e concluir em consequência .Já agora, talvez valha a pena ter em conta o seguinte dado : a possibilidade de Puigdemont ser extraditado para Espanha mantém-se, a única coisa que neste momento mudou foi a razão pela qual ,a verificar-se, tal extradição terá lugar : em vez de ser a rebelião, será o peculato. Olho lá para fora, e vejo que cai a chuva popularmente designada por «molha-tolos» : há mais tolos do que se pensa , e os que mais o são nem mesmo se dão conta de tal. Deixo um pedido-sugestão final: continue a divertir-nos com as suas crónicas coloridas e cultas .E com a sua fantasia normalmente oportuna.
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Antonio Salgueiro
Aceitável comentário, razoável, logo credível e compreensível, não fora a 'pérola do desencanto', que Castro, qual meteorito desgarrado, deixa descer sobre a cabeça do distraído leitor : " Deixo um pedido-sugestão final : continue a divertir-nos com as suas crónicas coloridas e cultas. E com a sua "fantasia" normalmente oportuna." Sim, também sou dos que acho que o azul, sombreado a preto e branco, empresta outra tonalidade ao nosso céu luminoso e alto. Sim, sim. Também sou dos que acho que sem certo 'fervor' histórico o Tempo, o país e a sociedade portuguesa tinham ficado lá atrás envoltos na pneumónica, no raquitismo da subnutrição e no caos nacional inultrapassável. Também sou dos que aprecio pessoas que fazem bem aquilo que sabem fazer. Não pela visibilidade da medalhística, mas pela intrínseca natureza do bem, que é em si mesmo o seu real valor. Aprecio Ronaldo que faz bem aquilo que sabe fazer, que é jogar á bola. Aprecio FêFê, que faz bem aquilo que sabe fazer, que é escrever crónicas para a gente ler. Aprecio Rebeca, Ramos e Lima, que não brincam em serviço e que sabem fazer bem aquilo que fazem, que é não brincar em serviço... Bem, mas, isso sou eu, que sou um pobre comentador, um sem-cara, (uma espécie de sem-abrigo da sofisticada tecnologia), e um quase omnívora, na senda de Leonardo Coimbra, pois que ainda ontem à noite li J. Cordeiro sem o menor constrangimento e sem ponta de soveladas na boca do estômago. Mas isso sou eu... um velho acarinhador das palavras perdidas. Perdidas e não só. Maltratadas também. Em boa verdade... permitam-me que exercite por um instante a tendência 'profetética' atributo cultural ( corta que isso não interessa...) ... há mais castros nas paisagens pedrogosas do universo comentado que puigdemonts aquém e além-pirineus...
Corrijam-me, por favor, se estiver errado. Excelente crónica, FêFê. Parabéns!
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Katyon Nak
Juiz espanholista.

Nada mais deve ser dito.
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Nuno Santiago · 
Trabalha na Empresa Trabalhador(a) independente
Prefiro parvo a tolo.
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João Barreto · 
BRAVO!
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