MAIS UMA VEZ O PRESIDENTE DA REPÚBLICA ESQUIVA-SE DOS SEUS PATRÕES:
Filipe Nyusi não vai receber o grupo de jornalistas que solicitou audiência
No dia 29 de Março, um grupo de dez Jornalistas e “activistas” de Direitos Humanos, pediu uma audiência com o Presidente da República, Filipe Nyusi, e com a Procuradora-Geral da República, Beatriz Buchili, para abordarem o rapto e espancamento do jornalista Ericino de Salema, e todo o clima de medo que se instalou com os sucessivos raptos e assassinatos de cidadãos moçambicanos, regra geral com opiniões contrárias ao regime do dia.
As pessoas que pretendem encontrar-se com Filipe Nyusi, fazem parte de uma organização que foi criada em princípios de 2016, a mesma é denominada “Comité de Emergência para Defesa da Liberdade de Imprensa e de Expressão”. A organização em apreço, pediu encontro com o Chefe do Estado, pois, mostra-se “preocupada com o actual clima de intimidação e insegurança”, instalado em Moçambique.
A procuradora-geral da República, Beatriz Buchili respondeu ao pedido e recebeu os jornalistas, na passada segunda-feira (16/04), mas, do encontro, não houve grandes novidades, senão um conjunto de limitações e lamentações, sendo que a PGR não tem um posicionamento formal sobre o esclarecimento dos casos de raptos e espaçamento que tem dominado o país. Li a partir do diário do Canal Moz, que os Jornalistas não se calarão “enquanto a liberdade de imprensa e de expressão não forem efectivas”.
Ora, para o azar deste Comité de Emergência, segundo consta na edição de hoje, (Canal Moz), Filipe Nyusi não vai receber o grupo de jornalistas que solicitou audiência para abordar os ataques seletivos contra cidadãos com opiniões contrárias ao pensamento imposto pelo sistema, deste modo, e instruiu o ministro da Justiça, Isaac Chande, para recebê-los, e o encontro está marcado para a próxima segunda-feira (23/04), segundo foi informado. Os jornalistas e "ativistas" dos Direitos Humanos não se calarão “enquanto a liberdade de imprensa e de expressão não forem efetivas”.
Ora, para o azar deste Comité de Emergência, segundo consta na edição de hoje, (Canal Moz), Filipe Nyusi não vai receber o grupo de jornalistas que solicitou audiência para abordar os ataques seletivos contra cidadãos com opiniões contrárias ao pensamento imposto pelo sistema, deste modo, instruiu o ministro da Justiça, Isaac Chande, para recebê-los, e o encontro está marcado para a próxima segunda-feira (23/04), segundo foi informado.
Pessoalmente penso que a resposta do chefe do Estado mostra algum um desprezo aos moçambicanos e em particular ao grupo de jornalistas e ativistas de Direitos Humanos. Se a primeira hipótese não for provável, então, o chefe do Estado tem maus assessores, sobretudo, o assessor de imprensa (adido). Isto não faz sentido. Uma coisa é adiar e outra é delegar outrem.
Pessoalmente penso que a resposta do chefe do Estado mostra algum um desprezo aos moçambicanos e em particular ao grupo de jornalistas e ativistas de Direitos Humanos. Se a primeira hipótese não for provável, então, o chefe do Estado tem maus assessores, sobretudo, o assessor de imprensa (adido). Isto não faz sentido. Uma coisa é adiar e outra é delegar outrem.
VAMOS REFLECTIR JUNTOS: Se durante esta semana o Presidente da Republica conseguiu falar em Londres sobre Salema e da situação da liberdade de imprensa expressão no País, como é que mostra-se indisponível para tratar o mesmo assunto com a classe competente? Aliás, é aqui onde residem os seus próprios patrões e por sinal vítimas diretos e indiretos destas atrocidades. Porque não consegue abordar o assunto aqui?
Em países normais, quando a Classe jornalística ou ordem dos Advogados, e outros grupos associados pedem uma audiência com o Chefe do Estado. O presidente deste mesmo país, carrega o sentimento de Estado e mostra-se disponível para ouvir e possivelmente responder de forma pratica a cada um dos pontos arrolados (inquietações). Desta vez não precisamos de trazer exemplos de longe. Isto, acontece aqui na vizinha na RSA, tem se repetido em Botswana, e é frequente em Cabo Verde. Mas aqui não. Será que estamos na Ilha e não sabemos? Definitivamente, o nosso governo sofre de crise comunicacional.
Alias, associado a este problema isolado, verifica-se igualmente que Filipe Nyusi tem serias dificuldades de abordar assuntos sensíveis sobre a nação aos seus PATRÕES. O mau destaque vai para fragilidade em termos de gestão comunicativa em relação ao Dossier sobre dívidas ilegais e questões ligadas a Direitos Humanos, entre outros casos que mexem com a sensibilidade de todos moçambicanos. Infelizmente, esses casos são tratados de forma detalhada no estrangeiro. A pergunta que não cala é: afinal, quem são os verdadeiros patrões de Nyusi? Os moçambicanos ou ocidente? Se forem os moçambicanos, porque é que o chefe do Estado nunca se da tempo de abordar isto com diferentes grupos locais?
NÃO É PARA MENOS, é que com o pedido de audiência enviado ao gabinete da presidência, entende-se claramente que o Comité de Emergência para Defesa da Liberdade de Imprensa e de Expressão, queria abordar o assunto ao mais alto nível tendo em conta a frequência das barbaridades e a falta de esclarecimento.
Ademais, Isac Chande participa em vários fóruns e já deve ter cansado de ouvir reclamações de jornalistas e outros atores sobre isto. Previsivelmente, o encontro com Chande, será, em princípio, mais um igual aos outros. E mais, Isac, não dirá nada de especial e acredito que nem será fiel na transmissão do que será discutido na mesa.
Pessoalmente, SUGIRO QUE O COMITÉ DE EMERGÊNCIA, BOICOTE A TAL AUDIÊNCIA com Chande. Que mostre firmeza esperando pelo dia que o presidente estará disponível, ou então não terão feito quase nada.
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