O Banco de Moçambique aplicou multas a 15 instituições financeiras que violaram as leis das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras e de prevenção e combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo.
A maior multa foi imposta ao Banco Único e é avaliada em 32 milhões de meticais e 800 mil meticais. As outras instituições multadas foram BCI, em 24 milhões e 200 mil meticais, Moza Banco, BIM e Barclays em 24 milhões de meticais cada, Banco Mais multado em 12 milhões e 300 mil meticais, UBA em 12 milhões, Capital Bank em três milhões e duzentos, Banco Oportunidade de Moçambique multado em 800 mil meticais, Ecobank em 700 mil meticais, Letsego em 150 mil meticais, Vodacom M-Pesa, Carteira Móvel e Cooperativa de Poupança e Crédito dos Produtores do Limpopo em 100 mil meticais e Banc ABC foi multado em 40 mil meticais.
As multas estão orçadas num valor de 158 milhões e 490 mil meticais e, de acordo com um comunicado do Banco de Moçambique, são referentes ao período de 201 a 2017.
Na descrição das contravenções que constam do comunicado do Banco de Moçambique o Banco Único, Moza Banco, BCI, BIM, Barclays, Banco Mais, UBA, Capital Bank e Banco Oportunidade infringiram a Lei de prevenção e combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo.
Já o Ecobank, Letsego, Vodacom M-Pesa, Carteira Móvel, Cooperativa de Poupança e Crédito dos Produtores do Limpopo infringiram a lei das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, a par do Banco Único, BCI e Banco Mais já multadas por outra infracção.
O Banco de Moçambique multou 15 instituições financeiras, entre as quais bancos de capital português, por violações a legislação do setor, anunciou hoje em comunicado.
De acordo com a listagem que a instituição publicou na Internet, as multas ascendem no total a 158 milhões de meticais (cerca de dois milhões de euros) e visam sancionar sobretudo infrações à lei de prevenção e combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo.
Há uma parcela residual (dois milhões e meio de meticais) relativa a outro tipo de incumprimentos.
No comunicado e respetiva tabela, o banco central não detalha os motivos de cada uma das penas, referindo apenas que dizem respeito quase na totalidade aos exercícios de 2015 e 2016.
O maior valor em multas foi aplicado ao Banco Único, num total de 32,8 milhões de meticais (436 mil euros).
O Banco Único é controlado pelo banco sul-africano Nedbank, com 50% mais uma ação do capital, e o segundo maior acionista (30,23%) é a Gevisar SGPS, parceria entre as portuguesas Visabeira e Corticeira Amorim.
Entre os dois maiores bancos de Moçambique, o BCI foi multado em 24,2 milhões de meticais (321 mil euros) e o Millennium Bim foi sancionado com 24 milhões de meticais (319 mil euros).
O BCI é detido a 51% pela Caixa Geral de Depósitos e a 30% pelo BPI, enquanto o Millennium Bim é detido a 66,6% pelo BCP.
O Banco de Moçambique aplicou também ao Moza Banco e Barclays multas de 24 milhões de meticais (319 mil euros) a cada um.
O Banco Mais e UBA foram sancionados com 12 milhões de meticais (159 mil euros) cada.
O banco central puniu ainda o Capital Bank em 3,2 milhões de meticais (42 mil euros) e o Banco Oportunidade em 800 mil meticais (10 mil euros).
Um conjunto de seis instituições (Ecobank, Banco Letshego, Vodacom M Pesa, Carteira Móvel, Cooperativa do Limpopo, BancABC) foi multada por outros incumprimentos com um total de sanções a rondar um milhão de meticais (cerca de 16 mil euros).
É a primeira vez que o banco central de Moçambique publica uma lista de instituições financeiras infratoras e das multas a pagar por cada uma, nota a Agência de Informação de Moçambique (AIM).
LUSA – 09.04.2018
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