quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Polícia diz ter “dados importantes ” sobre ataques em Mocímboa da Praia


Ilídio Miguel, que respondia a uma pergunta feita por jornalistas na manhã desta terça-feira, rejeitou, entretanto, dar detalhes das referidas informações, alegadamente porque do ponto de visa de investigação não era prudente avançar, publicamente, informações objectivas.
O Director do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), Ilídio José Miguel, disse, esta terça-feira, que a instituição por ele dirigido está já na posse de “dados” importantes em relação a investigação dos acontecimentos que tem estado a perturbar o dia-a-dia do distrito da Mocímboa da Praia, província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.
Ilídio Miguel, que respondia a uma pergunta feita por jornalistas na manhã desta terça-feira, rejeitou, entretanto, dar detalhes das referidas informações, alegadamente porque do ponto de visa de investigação não era prudente avançar, publicamente, informações objectivas.
“Existem dados que não podem ser avançados ainda” , anotou IlídioMiguel, citado hoje pelo “Mediafax”.
Falando por ocasião do primeiro aniversário do SERNIC, o dirigente prometeu que uma informação cabal e completa seria, nos próximos tempos, partilhada com os jornalistas em torno das incidências da Mocímboa da Praia.
Desde os primeiros ataques, em Outubro último, protagonizados por um grupo aparentemente desconhecido, as autoridades moçambicanas têm estado a tentar compreender o fenómeno, mais particularmente as razões e os objectivos que o grupo atacante persegue.
Durante os ataques, o bando armado tem como alvos preferenciais, as unidades e postos das Forças de Defesa e Segurança (FDS) e instituições do Estado e do poder local, realidade que é interpretada como uma guerra, não contra a população, mas sim contra o poder do Estado e do Governo. Aliás, alguns atacantes capturados confessaram e deram indicações de que a sua luta tem a ver com o não reconhecimento do poder estatuído pelo Estado e pelo Governo.
A isto se acresce o facto de o grupo mostrar um comportamento inspirado no radicalismo islâmico que, actualmente, representa a maior preocupação mundial do ponto de vista de ordem e segurança.
No terreno, segundo o “Mediafax”, a situação continua a mostrar-se bastante volátil, com ataques esporádicos do grupo a unidades das FDS, assim como contra os líderes locais que, publicamente, se posicionam e mobilizam a população contra as ações do grupo.
AIM – 10.01.2018

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