Ano passado andou por aqui uma pleiade de criticos de pautas em que certos professores universitários (desculpem, docentes, doutores, ohhh) reprovaram quase na totalidade turmas de 40 estudantes ou mais.
Para tais analistas - que entendidos nos problemas do sistema de educação - o professor-reprovador devia sentir vergonha, se retratar na pauta, pois aquilo ilustrava também o seu desempenho profissional. Para muitos desses mesmos criticos, o maior argumento era de que o problema daquelas pautas vermelhas residia naquele que ensina sem entender didácticas, pedagogias, ética, sobretudo numa situação em que muitos "doutores" são "turbos", que se não tem tempo para endireitar a camisa suja, tao pouco tempo teriam planificar as aulas, e outros etc.
Fora esses estudiosos das pedagogias, haviam os especialistas em criminalistica e ética, que asseveravam que "os estudantes nao soltaram guita para o teacher".
Para tais analistas - que entendidos nos problemas do sistema de educação - o professor-reprovador devia sentir vergonha, se retratar na pauta, pois aquilo ilustrava também o seu desempenho profissional. Para muitos desses mesmos criticos, o maior argumento era de que o problema daquelas pautas vermelhas residia naquele que ensina sem entender didácticas, pedagogias, ética, sobretudo numa situação em que muitos "doutores" são "turbos", que se não tem tempo para endireitar a camisa suja, tao pouco tempo teriam planificar as aulas, e outros etc.
Fora esses estudiosos das pedagogias, haviam os especialistas em criminalistica e ética, que asseveravam que "os estudantes nao soltaram guita para o teacher".
Estamos a falar de anos passados. Condenamos os professores anos passados. Categorizamos minimalisticamente os professores, sem no minimo atendermos que o pressuposto da reprovação é que o estudante (ou melhor, digo, discente!) não satisfez as condições fundamentais de avaliação - qualificativa e quantificativa - definidas nas competências/ objectivos/ conteúdos da disciplina.
Esta semana, as IES publicas começaram a publicar resultados de exames de admissão. Repetiu-se a mesma miséria dos anos transactos: candidatos a "doutores" a admitirem à universidade com nota média 2. (já vi admitidos com média 0.9). O meu problema nem está aí. O que me inquieta é que agora estamos todos a endereçar "parabéns pela admissao" com 2, e no final do semestre todos vamos abusar do nosso direito a amnesia selectiva... que síndrome colectiva.
Hoje são poucos os que questionam "são esses que admitem com 1 que devem ter 10 para transitar na faculdade?". Vejamos que esta pessoa só se preparou para ir fazer 2 exames, e a nota máxima que teve foi 2, e na faculdade vai ter um mínimo de 6 cadeiras que requerem nota 10 (salvo excepções, se houver) para transitar. São 6 "professores carrascos, que não entendem de pedagogia, anti-eticos, corruptos" e outras categorizacoes típicas nossas que usamos para servir de eufemismo aos nossos fracassos.
Assim, nós analistas do facebook vamos no final do semestre dizer "esse professor nem ele próprio entende de estatística, pois calculou mal a média dos estudantes", ou que "esse professor pensa que neste país só ele sabe disto", blablabla, e nos esquecemos que o professor tem nas suas turmas esses candidatos admitidos com nota 2 que hoje endereçamos os merecidos PARABÉNS PELA ADMISSÃO.
_______
Eu tenho saudades dos tempos em que o exame de admissão era de admissão mesmo. Aquele tempo em que nota 10 (dez) era a condução, se não conseguisse na primeira, tinha a 2a. epoca para ir se defender. Aquele tempo em que o exame era escrito, dissertativo-argumentativo, e não essa coisa de múltipla escola. (Nada contra a múltipla-escolha, mas heishhhhhhhhh, é tão prima daquelas famigeradas passagens automáticas).
_______
Eu tenho saudades dos tempos em que o exame de admissão era de admissão mesmo. Aquele tempo em que nota 10 (dez) era a condução, se não conseguisse na primeira, tinha a 2a. epoca para ir se defender. Aquele tempo em que o exame era escrito, dissertativo-argumentativo, e não essa coisa de múltipla escola. (Nada contra a múltipla-escolha, mas heishhhhhhhhh, é tão prima daquelas famigeradas passagens automáticas).
Meter o bico em todos assuntos é normal - eu também o faço - mas ainda acho que se cada um fizesse análise sobre aquilo que entende mais-ou-menos, talvez houvesse um pouco de justiça e menos prostituição intelectual... pelo menos no Facebook.
Sem comentários:
Enviar um comentário